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Poesias-->SUSPIROS DO POETA -- 24/08/2003 - 18:00 (TANCREDO A. P. FILHO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Um velho costume

que ainda tenho, é de durante a noite,

olhar para o céu profundo,

pesquisando com o olhar, aquele

longínquo mundo - estrelas de Deus

obras de seu maravilhoso engenho.

E naquela contemplação sincera,

em que ponho todo meu empenho,

as vezes sinto-me tristonho e pensando,

muitas vezes, iracundo:

- não sou mais um vagabundo

na vã e inutil tentativa a que venho.

Olho-as todas, tristemente enamorado.

Por que não tenho asas ligeiras,

para alcançar todo céu estrelado?

E ao longe, muito longe

em imensa reta, estrelas são

musas alvissareiras, mas nunca

ouvem, os triste suspiros

do poeta!





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