– Em setembro, no Play Center
nossa escola foi brincar.
Foram tantas brincadeiras
fazendo a gente vibrar...
Ah! Como adoramos ver
um mamífero do mar!
CRIANÇAS:
– Vimos a baleia orca
com sua brancona barriga.
– No dorso, o negro da noite.
(No ar, uma canção antiga.)
Vimos sua boca gigante
beijando as moças, amigas.
– A baleia dançou tanto
uma música alemã.
Às vezes jogava bola
na água cor de hortelã.
(Havia mais uma orca.
Pareciam ser irmãs.)
– Êta baleia sabida!
Como é que agüentava
pular, dançar toda a tarde
quando se apresentava?
Parecia ser de vento,
pois nunca se machucava!
PROFESSORA:
– Seria a orca uma baleia
que não cresceu o bastante?
“Aimeudeus”! Virgem! Caramba!
É de um modo estonteante
que o dicionário me diz:
é um golfinho gigante!
MENINA:
– Essa baleia malhada
possui uma força divina.
Sai pulando que nem cabra
pela água, tão traquinas!
Se só mata pra comer,
não é baleia assassina!
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(Do livro Poesia Animal, de Sidnei Olívio e Paulo Robson de Souza. Editora UFMS e Sterna Edições Ambientais, 2003. Ver release em “Artigos” desta página.
Pedidos: vendas.sterna@terra.com.br)