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Artigos-->MEMÓRIA INSURGENTE -- 01/11/2018 - 09:37 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


                                    MEMÓRIA INSURGENTE



 



              Francisco Miguel de Moura, escritor, membro da Academia Piauiense de Letras



 



            Há livros que passam muito tempo, em nossa estante, sem que tenhamos vontade de lê-los. Mas há outros que, insistentemente, nos chamam para abri-los e começar a ler e saber do que se trata, se o estilo é bom, se nos interesssa pelo assunto. Entre esses últimos, caiu-me na mão, por presente de minha confrade da APL, professora Maria do Socoro Magalhães, um de nome “Memória Insurgente”. Para ter certeza do que seria a palavra “insurgente”, fui ao dicionário: “revoltado, rebelde, insubordinado”.



            Pelo conjunto de histórias e anedotas contadas, vejo que é um grande título, de mestre.



            O autor do livro, até agora não mencionado, Joaquim Ribeiro Magalhães, não é ninguém desconhecido da maioria de meus leitores e dos leitores deste jornal. Ele nasceu em Piracuruca, PI, no dia 13 de novembro de 1927, filho  de José Firmino Magalhães e Maria Ribeiro Magalhães. É formado pela Faculdade Católica de Filosofia do Piauí, em três licenciaturas: História, Geografia e Estudos Sociais. Teve várias profissões, mas destacou-se mesmo foi como professor de História em vários colégios desta Teresina, até na Escola Técnica Federal do Piauí (hoje IEPI-Instituto Federal do Piauí).



             Quem melhor traça um perfil da personalidade do velho Joaquim Ribeiro Magalhães é sua filha Reia Silva Rios Magalhães. Assim resume, entrando logo por sua arte de contar e de escrever histórias curtas e engraçadas: “Seus contos, suas crônicas e poemas retratam sentimentos, revelam experiências, anseios, devaneios e desejos guardados nas suas lembranças, que dizem do presente teimando em virar passado. O futuro, porém, que é agora, que é meu pai, homem de alma sensível, coração aberto e comportamente irreverente. Admirado pelos familiares e amigos pela forma inteligente e criativa de saber fazer e refazer histórias. Histórias que deixam marcas, que dão exemplos, que nos mostram o caminho e nos revelam a grandeza da existência e a importância do amor”.



            Que belo, comovente e verdadeiro depoimento!



            Pelo pouco que conheço, confirmo. E o que conheço é o que a maioria dos piauienses e especialmente teresinenses conhecem, nos encontros de praças e ruas, especialmente nas rodas do “Teresina Shopping”, num cantinho mais conhecido como “Senadinho”, focado por ele em algumas historinhas e anedotas, visto que outras vêm de Piracuruca, na sua lembrança de menino e nas histórias contadas pelos piracuruquenses – por alguns maldosos ditos de mentirosos –  engraçados, irreverentes e de fina inteligência. Eu, pessoalmente, e também por notícias, livros e informações,



não conheço nenhum “Magalhães” que não tenha  a maioria das qualidades apontadas por sua filha, sobressaindo-se, em primeiro lugar, a vivacidade na palavra e a rapidez nos atos, todos dentro de bons costumes, civilidade e de honradez.



            Não posso deixar de citar o escritor – também de contos –  o Des. José Magalhães da Costa, meu grande amigo desde que cheguei a Teresina.  Grande amigo e grande escritor. Seus contos mais trabalhados, de profissional, fazem parte da nossa literaatura e se iguala aos que praticam o gênero no Brasil.



            Pelo que conheço pessoalmente e de ouvir dizer, Joaquim Ribeiro Magalhães não tem a vaidade de ser um grande escritor. O que ele quis mesmo foi deixar registrado em livro suas memórias irreverentes, tanto de Piracuruca quanto da época de Teresina, para rir e “gozar” os casos engraçados, que muitas vezes parecem ridículos, provocando verdadeiras risadas. Não se trata de um livro didático, nem teve pretensão para isto. Mas mesmo um leitor comum, que o leia, pode abeberar-se de algumas verdades históricas daqui e dalém. Portanto, apontando para minha lembrança, dos contos que li me ficaram aqueles de “A Casa Lima” (pg.115), “Gregório, o Mártir “ (pg. 134) e “O Plano B” (pg.136). Cito-os só por citar, mas o livro é leve, uno e, dentro do seu propósito e da sua linguagem desabrida, gostoso.



            Parabéns ao escritor Joaquim Ribeiro Magalhães, na sua humildade de contador de histórias, só para consumo e diversão dos amigos e conhecidos, parentes e aderentes.  Sua leitura valeu a pena.



 


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