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Cartas-->Ao namorado de Vanessa -- 13/05/2001 - 14:53 (Diogo Luiz de S. B. F. Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caro amigo,

Olha, eu vou ser bem franco, gosto muito das coisas que eu faço, uma delas é escrever. Escrevo p/ amigos, p/ minha mãe, p/ minhas paixões...
E acho que se a arte não é mostrada ela simplesmente morre(deixa de se eternizar). Então vou te adiantar uma coisa, não vou deixar de mandar as minhas poesias p/ Vanessa, eu não fiz mais nenhuma, mas se der vontade, eu vou fazer e enviar. A única condição p/ que eu pare de enviar as mensagens é que ela me peça, se ela me pedir eu nunca mais vou mandar. :) Ok?
Se você quiser realmente falar comigo é só ir la no colégio, aí a gente conversa, afinal, somos pessoas civilizadas. Não quero que ache que estou dando em cima dela, até porque a gente se fala muito pouco, ela deixou claro que tinha um namorado e eu recuei.
Não entendo porque você aparenta tanta insegurança. Não confia em você mesmo, ou não confia nela?
Afinal, que mal podem fazer algumas palavras via internet? Elas são apenas símbolos num fundo branco, somente nós podemos dar valor a elas.
Nos sentimentos ninguém governa. O ato de criação, e não sou eu que digo, acontece na espontaneidade do sentimento, vai além dos processos racionais que estamos tão acostumados. As poesias e tudo mais que somos capazes de produzir não nos pertence, são inerentes e ultrapassam em muito o próprio artista. Dão sentido ao mundo e a vida. Não sei porque sentimentos tão puros podem causar mal a alguém. Desculpe se lhe fiz mal, se minha poesias foram inconvenientes. Minha intenção é poder partilhar com o mundo minha alegria de estar vivo. E porque não partilhar, justamente, com a pessoa que me inspira? Qual o motivo para parar? Porque, aliás, não compreendi muito bem a natureza do seu AVISO, da sua mensagem.
Não acha que está valorizando demais minhas "babaquices"? E se são tão babacas o "tempo" irá dizer... Talvez você devesse ficar orgulhoso por ter alguém tão interessante do seu lado. Saiba que a acho uma menina muito fascinante, impossível controlar emoções. Desculpe-me, mais uma vez.
Com tudo isso, acabei de descobrir outra coisa surpreendente nela, sua capacidade de ser transparente na vida.
Para finalizar, gostaria de dizer mais uma ou duas palavrinhas. Preciso de sua paciência pois o assunto agora é sobre o TEMPO. Mais uma vez peço-lhe desculpas, mas como disse no início desta mensagem, adoro escrever. Comunicar-me. Mas o tempo é uma coisa que nem existe em si. Conceito mais do que relativizado pela física quântica e pela teoria da relatividade (Einsteiniana). Invenções do homem para controlar o incontrolável. O tempo não pode ser visto, não pode ser tocado. Se resume em acúmulos de acontecimentos. Nasce e morre o sol, todos os dias. O relógio nada, ou quase nada, tem a ver com isso!

Dito isso (e com toda relatividade declamada pela física), sobre o meu tempo "pessoal" entendo eu. Sem querer ofender: Faço dele o que quiser, e como disse antes adoro escrever, inclusive, agora, eu estou usando o meu "tempo", nesse momento, com você. Não me arrependo e nem acho que perco "tempo" mas, ao contrário, está sendo um exercício muito interesante e está me ajudando a pensar mais e melhor sobre as reflexões do que fiz, do que faço e sobre as conseqüências que minhas atitudes podem causar as pessoas.

Tenho mais uma revelação para fazer, talvez seja até mesmo um defeito, ou um pecado, e por "Deus" eu sofro por isso: Sou um ser apaixonado pelas pessoas, simplesmente as amo demais, algumas almas mais sensíveis me tocam mais profundamente, como foi o caso de Vanessa.

Vou repetir, não quis magoá-lo, feri-lo ou agredi-lo.

Um abraço,

Diogo Luiz
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