Pôr-do-Sol
Octávio Caúmo Serrano*
Fui ver o anoitecer no Jacaré,
A praia fluvial de Cabedelo,
Onde há o pôr –de-sol. Pode-se vê-lo,
Escutando o bolero de Ravel!
Na sax, Jurandir toca-de-pé,
Ao astro, que se exibe com desvelo,
Num barco, enquanto o povo, ao recebe-lo,
Nem lembra como o mundo anda sem fé.
O espetáculo é de rara beleza...
Um show que, ali, oferece a natureza,
Na simbiose do astro e da canção!
Diariamente, há o mesmo ritual
E o que aparenta ser algo normal,
Transforma-se, no arroubo, em oração!
(*) Poeta e escritor paulista, radicado em João Pessoa-Pb.; editor do jornal alternativo Tribuna Literária.
|