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Artigos-->Chorando pela Argentina -- 24/04/2002 - 20:25 (Magno Antonio Correia de Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Os que, dinossauros impertinentes, ainda acreditamos na viabilidade do socialismo somos sempre convidados a examinar os exemplos históricos que demonstram, na visão dos críticos mais empedernidos, o caráter utópico desse sistema econômico. Cuba, Rússia, Polônia, Bulgária, Nicarágua, Coréia do Norte, são vários os exemplos que insistem em nos esfregar na testa, sempre com um indescritível ar de superioridade e sempre com a empáfia injustificável dos que sentem ter escapado de um engodo.

Sem nenhuma satisfação, venho me sentindo, até certo ponto, vingado pelos acontecimentos que gradativamente reduzem a pó o que ainda restava da Argentina. O país vizinho está sendo vitimado, de maneira que nunca aconteceu antes, pela absoluta crueldade que caracteriza, a mais não ver, o capitalismo.

Afirmo isso porque não se deve, na crise argentina, identificar todos os agentes econômicos como prejudicados pelos trágicos acontecimentos. O trabalhador que não terá o suor de seu rosto recompensado ao fim do mês, porque faltam bancos e, quando eles reabrirem, faltará dinheiro, vê sua situação agravada ao perceber que, ao contrário dele, o capital sequer correu riscos, o capital fugiu tão logo viu a coisa preta.

À miséria da classe média e da classe baixa, esta última cada vez mais numerosa, vem se contrapondo a tranqüilidade dos ricos. Evasões de divisas não só ocorreram a rodo como foram até estimuladas pela livre conversibilidade a que tanto tempo submeteram a moeda argentina. Especuladores foram protegidos e o povo jogado ao mais sórdido esquecimento. Agora, a lógica cobra a conta e não se sabe ou se antevê de onde virão os que pagarão a fatura – afinal, onde estão mesmo, meu Deus, os caixas eletrônicos?

Enfim, se havia mesmo alguma superioridade no sistema capitalista, já se pode, com toda certeza, afirmar qual é ela: o capitalismo é superior ao socialismo só, e exclusivamente, na perversidade insana de seus métodos. Outra não poderia ser a conclusão acerca de um sistema que dá ao homem menos valor do que concede ao dinheiro.





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