Vejo no telejornal que na Bahia, uns estelionatários da hora, conseguiram trocar títulos do começo do século passado, sem o menor valor, por liberação de alienações de veículos e também já para “pagamento” de hipotecas de terras.
O que chama a atenção em tal fato é que mais uma vez estão envolvidos
advogados e juizes, que expediam a ordem para os bancos, sendo os mesmos obrigados a cumprir a determinação judicial.
Agora o TJ da Bahia corre atrás do prejuízo e já expediu vários mandatos de busca e apreensão dos referidos veículos que foram “liberados” para comercialização. Ocorre que na maioria dos casos os veículos já foram comercializados e estão em mãos de terceiros, que nada têm a ver com esta confusão criada pela “justiça”.
Como se fosse pouco, a mesma reportagem informa: um latifundiário local conseguiu comprar dois títulos podres de um corretor de imóveis pelo valor de aproximadamente R$ 8.000,00 e com este valor conseguiu, através de uma ordem judicial resgatar as hipotecas de varias terras de sua propriedade, repassando-as posteriormente, para vários parentes, com a clara intenção de ludibriar a mesma justiça.
O juiz responsável pela sentença acima, que obrigou os bancos envolvidos a fazer o negocio, não quis dar entrevista, certamente por não ter nada a declarar. Deve se sentir acima da lei, com um deus que tudo pode.
Estes fatos provam que o grande mal do Brasil, como já foi tão falado, e parece chover no molhado, é a impunidade generalizada que se alastra como praga e devora não só a cidadania, como a justiça e o poder.
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