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Cronicas-->O poeta Dante , água e terra. -- 27/11/2002 - 16:43 (Jose Angelo Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O poeta procura provar em tese que o nivel em nenhum ponto do globo, a água supera o da terra em altura. Cabe indagar por que Dante , já poeta consagrado , sentiu necessidade de enfrentar o rigor dos examinadores para discutir um tema filosófico-cientifico. Vale lembrar porém, que na Divina Comédia ele não se intimidava diante de questões cientificas. Mas este meu trabalho, como poeta, contista, traz uma pequena demostração da Literatura mundial, uma idéia, para você leitor da era da informática. Como eu dizia Dante não se intimidava, basta examinarmos o primeiro canto do Paraíso em que se discute amplamente a levitação do viajante Dante, corpo e alma, pelo céu. Arte e ciência , filosofia e fisico-quimica não se searavam para um poeta medieval cultíssimo como Dante. Católico e mistiço, para quem certamente a vida humana na terra era somente preparação para verdadeira vida após a morte, ele impunha limites ao conhecimento dos homens. Tal qual Ulisses, que ele transforma num sábio navegador no canto 26 do inferno, o homem possui barreiras ao conhecimento que não pode não pode em hipótese alguma ultrapassar. Leonardo da Vinci , nos seus apontamentos, reunidos num único livro publicado na Itália, com o titulo de Scritti Letterari, critica os homens de ciência da idade média que para demonstrar idéias supostamente cientificas baseavam-se nos textos antigos, sobretudo de Aristóteles, ou em dogmas religiosos. Leonardo da Vinci foi , então, o primeiro a tirar conclusões cientificas por meio da observação direta da natureza e dos seres humanos. No entanto, o autor de A Mona Lisa e de A Santa Ceia, não constitui, na opinião de insignes estudiosos de filosofia da ciência, uma verdadeira ciência. É inegável, porém, o impulso que Leonardo, com as suas observações e desenhos, deu ao desenvolvimento cientifico. Dante, sob certos aspectos, se encaixaria perfeitamente no perfil de poeta-filósofo e cientista repudiado por Leonardo da Vinci. A Questão da água e da terra, advêm sobretudo das fontes naturais ou partem dos dogmas cristão, ele procura observar em certos momentos os fenómenos naturais, como o fluxo das marés, por exemplo. Os preceitos da teologia cristã já aparecia na Divina Comédia, no paraíso. Teologia e verdades cientificas não se separam no Paraíso. Isso explica provavelmente por que Dante, um ano antes da morte, decide enfrentar questões cientificas complexas para época.. Nesta Quaestio, publicada apenas em 1508 e escita obviamente em latim, língua oficial da ciência pelo menos até Galileo Galilei, vale a pena acompanhar o árduo raciocínio empregado pelo poeta para chegar às conclusões esperadas. Dante penitencia-se por ter se deixado levar pelo amor à verdade, por te incorporado momentaneamente seu personagem Ulisses, e volta a investir-se da alta missão que acredita ter na Divina Comédia : ensinar à humanidade o caminho da salvação, que consiste basicamente na renúncia total aos bens falsos, numa contastante preparação à vida eterna, pós morte. A mitologia pagã e toda a sabedoria dos pensadores e poetas greco-romano ganham importància na Comédia, mas surgem submissas a verdade cristã, Virgilio por exemplo, logo no primeiro encontro, declara ao discípulo ter vivido na época dos deuses falsos e mentirosos. Na questão da água e terra, o desejo de conhecimento arrefece-se nas conclusões finais e a tese perde o fólego. Esse teste final a que o poeta se submete pouco antes da morte insere-se no messianismo que norteia a Divina Comédia, pois reflete a preocupação de Dante em legar verdades à posteridade, morais mas também cientificas.Todas as profecias da obra-prima de Dante apontavam para um messias, possuidor de todas as virtudes cristãs e conhecedor da verdade dos homens. O poeta prevê de certo modo o inevitável desenvolvimento do conhecimento humano. -José Angelo Cardoso.- Poeta, contista, artista plástico Presidente-fundador da Academia Guairense de letras.
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