O QUERER
Não sei o quero,
Ou sei e escondo.
Tenho receio,
Do que o meu coração sente,
Do que o meu corpo pede,
E vago...
O querer é tão presente,
Chega-me fortemente,
E me assusta...
E me atropela...
E então... Eu recuo.
Ficando na espera.
Perguntas acumulam,
Onde estarão as respostas?
E vago...
A procura...
A entender...
O que realmente quero!
Será só um momento?
Tantas coisas acontecem,
Tantos sentimentos afloram,
Tantos adormecem...
Do futuro incerto,
Tenho medo, me apavoro!
O querer é simples,
Deixando acontecer,
Sem perecer,
Sem nada querer saber.
Destrancando o coração,
Deixando o corpo receber.
Então qual o meu medo?
O de querer tanto...
Mas, sentir o meu corpo.;
Suspenso no ar,
Ninguém nele tocar.
E meu coração machucado,
Ninguém a ele destrancar.
Cleide Yamamoto.
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