ATALHOS
ATÉ VOCÊ
Quantos atalhos foram pegos,
No escuro da noite,
Nada encontrando para
O desassossego.
Quantas ruas vazias,
Quantas portas fechadas,
Quantos dias sombrios.
Quantos atalhos percorridos
A procura de um ruído,
De um corpo morno,
De um olhar perdido.
Quanto silêncio num quarto,
Sentido a falta de um gemido,
Em tantos sonhos aflitos.
Quantos atalhos encontrados,
Num tempo fingido,
Numa música triste,
Num sorriso sem jeito,
Quantas paixões sonhadas,
Num coração semi-aberto,
Numa alma cálida.
Quantos! Quantos atalhos...
Para em enfim achar o caminho,
Que os atalhos me levaram.
Achei a verdade,
Encontrei a serenidade,
De querer viver a eternidade
Somente te amando
Na minha realidade.
Cleide Yamamoto.
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