Os bons velhos tempos em que a Usina não tinha compromissos com os números. A fogueira da vaidade não ardia com tanta quentura. É o meu estilo escrever contos engraçados e com ironia, falando certas coisas que o mundo precisa escutar, derrubando alguns conceitos ou mitos, de maneira absurda e cômica. Havia escrito esse conto originalmente para Blocos e achei que cabia livremente, como gosto de pensar, na seção de cartas. Já deu pano pras mangas. Recebi muitas mensagens com flores e alguns tomates - ou seriam pedras? - em praça pública. Recebi algumas condolências para o meu eu poético, quando ele resolveu se castrar - uma imagem forte que utilizei para mostrar a que ponto pode chegar "as mãos do Estado" que você pincela muito bem no seu bom artigo sobre o assunto. Mas aliviei a situação e dei o revés no final com a compra de um hímen complascente que ajudará a manter a eterna virgindade, tirando assim forças para enfrentar outros atos impostos que servirão de motivos para novos textos.
Receba o carinho de sempre.
F.
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Para o Fernando Tanajura -- 08/12/2002 - 01:57 (Maria Georgina Albuquerque)
Fernando,
Adorei o seu texto! Adoravelmente engraçado e irônico...Essa sim, é a Usina alegre, inteligente e descomprometida que eu conheci um dia...