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Contos-->NO CARNAVAL, DESENGANO -- 25/02/2003 - 22:38 (Sardemberg Guabyroba) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Naquele Carnaval, eu decidi sair fantasiado. Fui até uma loja especializada em fantasias e comprei uma de MACACO. Não sei se vocês já brincaram em Carnaval de rua. A fantasia de macaco, do tipo bem cheia de pelos pretos, com máscara horripilante, é (ou era, sei lá o que está acontecendo com a porra deste país que continua perdendo o romantismo e o sexo pelo sexo) uma das que mais aparecem (apareciam) na folia. Fui lá e comprei a minha com a certeza de que dentro dela e com o sol na moleira, encararia uma temperatura de 60 graus Celsius ou mais (aprende esta: grau Celsius é o que usamos aqui no Brasil para medir a temperatura. Nem todo grau centígrado é Celsius, mas grau Celsius certamente é centígrado).

No sábado, já fui metendo a fantasia para aproveitá-la o máximo possível, tentando justificar um pouco o desembolso que fiz para comprar aquela merda (acho que era trauma de infância, sei lá! Só sei que comprei e gastei uma nota preta). Saí pelas ruas e a garotada já começou a querer sacanear. Mexiam comigo dali, mexiam comigo de lá e eu fazendo o papel de macaco babaca que me era de direito naquele momento. Alguns filhinhos da puta até me espirravam o famigerado "Sangue do Diabo" (aprenda mais esta: "Sangue do Diabo" é uma mistura de hidróxido de amônio, fnolftaleína e água. A fnolftaleína é um indicador de ácidos e bases. Quando na presença de uma base a fnolftaleína fica vermelha. O hidróxido de amônio é uma base forte, porém a amônia nela presente evapora-se rapidamente, fazendo com que o líquido vermelho torne-se incolor em minutos por perder a sua basicidade - puta que patiu! Fui fundo!). Porém, além daqueles filhinhos da puta, algumas adolescentes gostosas também começaram mexer com o macacão, talvez por alguma atração fatal selvagem que as mulheres nessa idade têm sem ter consciência disto.

Foi aí que aconteceu. Uma daquelas gostosinhas ficou se assanhando tanto pro meu lado, que eu acabei arrastando-a para uma pracinha deserta e comecei a tirar uns sarros. A menina, aparentava ser frágil, mas sabia manipular bananas com muito mais habilidade do que macacos. E começou a me agarrar e a lamber a fantasia. Os poucos que passavam por ali viam aquela cena patética de uma garota esfregando-se num macacaço e o macacaço completamente excitado segurando a gata e deixando-a deslizar sobre seu pênis.

A mulher não quis nem saber. Decidiu que iria transar comigo ali mesmo. Abriu o zíper da fantasia, entrou nela e ficamos nós lá, fazendo sacanagem num sol de fazer até areia do deserto suar. Quem passava, naquele momento, via só um macaco esquisofrênico se batendo todo e gritando "vaaaai! Vaaai! Booota! Vou te arrebentaaaar!", às vezes com voz de homem, às vezes com voz de menina-mocetão.

Quase no final do coito, o macaco se partiu em dois: cabeça e metade do tronco de um lado, a outra metade do tronco e pernas pro outro. E nós dois peladinhos da silva e lambuzados estávamos lá, como se tivéssemos sido paridos. Quando nos desvencilhamos do macaco foi que pudemos ver que já havia uma enorme platéia, que ria de nós. Os filhinhos da puta, outra vez presentes, começaram a jogar pedra e "Sangue do Diabo" em nós. Os adultos gritavam "ô macaco fudedor!" "Tarzan tá comendo a chita!" "Fiuico!" (este último é uma onomatopéia de assobio).

Mas quer saber de uma coisa? Não me arrependi. Foi a melhor transa que tive em todos os Carnavais da minha vida. Tô até pensando em sair de "Caveira" no próximo Carnaval. Já ouvi falar que as meninhas adolescentes também gostam de levar um fêmur de caveira no meio do sacro-ilíaco no período em que ocorre essa festividade.

Mulher é um bicho que gosta tanto do exótico que é capaz de aceitar umas espiroquetas pensando que é órgão sexual masculino.

Ha! Ha! Ha! Ha!
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