Então, chegou alguém com mais poder
E perguntou ao gajo se queria
Sair a espairecer, durante o dia,
Que os ares do hospital, estando quentes,
Causavam as tais dores tão freqüentes,
A ponto de o sofrer ser muito intenso.
Como resposta o pobre, simplesmente,
Pediu que o tal remédio fosse dado,
Carente como estava e preocupado,
Pois tudo que pensava sem afeto,
Em iras, punha o grupo circunspeto
E a cura já sentia um contra-senso.
Porém, não foi levado de carrinho
Que a dose dum calmante o fez melhor.
Mesquinho, disse estar muito pior,
Querendo a regalia dum agrado,
Mas pôs a rispidez logo de lado,
Que a turma não estava p’ra conversa.
E foi a pé na busca das muralhas,
Que o seu abrigo tinha protetores.
As falhas dos projetos superiores
Não poderiam vir de quem planeja,
Mas, se jogasse mal a tal peleja,
Faria a triste sina mais perversa.
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