Sou revolto e insondado oceano
De pensamentos desconexos,
Que me fazem questionar Deus de perto:
- Que faço eu neste mundo insano?
Quero saber porque assim fui feita,
Se sou obra-prima ou erro que se ajeita
Neste planeta emergido do nada
Para viver em cela carnal aprisionada
Cumprindo fados de vidas passadas
Com os quais me apenaram a alma.
Embora vivendo em aparente calma
Sinto, dentro de mim, atropeladas
As questões visando entender
A eterna antítese do viver/ morrer
E se depois deste, há outro lugar,
Onde eu possa viver sem chorar.
17/06/03.
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