As folhas secas caminham, e caminham sobre o asfalto.O sol desce em meio a escuridão das nuvens, enquanto o vento sacode a poeira.Faz dançar mangueiras, figueiras, castanheiras e tantas e tantas árvores que assinam-se no anonimato.
Há uma estrada sem fronteiras correndo pra um rio que valsa canoa,há pássaros por todos os lados, há o vicejar de tantas vidas, há uma breve escuridão, um tom refogado, aos poucos rompido pelos apelos da orquestra, que a chuva, enfim faz nascer.
É um pingo, uma algazara de pássaros subindo e descendo. São vidas vivendo,são vidas assistindo, são vidas...
É a chuva que desrriça sobre a pele molestada da terra deserta e mal cuidada. É a chuva que samba nas calçadas,que bate em qualquer janela,porta ou telhado.
É a chuva,
É o alarido dos pássaros, meio que sussurados. É a noite que vem adornando de silêncio a luz, a voz e os lagos.
É a chuva, que ainda cai, mesmo sem muito esmero, sem muito fogo,mas anda pelos alpedres e nos cerrados.
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