Tão alegre, momentos felizes,
É ver a algazarra das meninas
Entre os canteiros de boninas
Correndo atrás das borboletas.
Da janela, meus olhos invejosos,
Desejam a lepidez dessas gazelas divinas
Que bebem em águas peregrinas
O néctar da vida que as faz fogosas.
Se eu pudesse, porventura,
Roubar-lhes um grão de vitalidade
Para ser a verde folha derradeira
Do galho da árvore da maturidade.
Ser flor de verão, em jardim hibernal,
Conservando eterna a mocidade.
31/05/03.
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