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Artigos-->CONSERVATÓRIO DE MÚSICA: ÀS VÉSPERAS DO CENTENÁRIO -- 19/10/2015 - 11:18 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

                                                                                                                                       CONSERVATÓRIO DE MÚSICA: ÀS VÉSPERAS DO CENTENÁRIO                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          L. C. Vinholes



E meados de setembro os pelotenses comemoram mais um aniversário do seu Conservatório de Música. São contados 97 anos de muito trabalho, muita dedicação e de resultados gratificantes, graças não apenas ao empenho e esforços dos seus professores e a aplicação dos que passaram pelo seu corpo discente, mas também do apoio da comunidade e das autoridades municipais. A história do Conservatório muito deve ao seu primeiro diretor Milton de Lemos e aos que o precederam, cada um procurando realizar o que se apresentava viável e que, muitas vezes, resultava de contatos e projetos de tornês de artistas de renome internacional que incluiam Pelotas no roteiro que começava no Rio de Janeiro e terminava em Buenos Aires.



Nos primeiros anos de sua história, como acontecia em todo o Brasil, predominavam os programas incluindo apenas obras de compositores do clássico e do romântismo europeu e, muitas vezes, dos brasileiros iniciados nas instituições locais e com formação complementada por passagem pelos conservatórios mais famosos do Velho Mundo. Hoje, seguindo as correntes que surgiram nas décadas de 1940 e 1950, quando o nacionalismo predominante foi enfrentado pelos que abraçaram as novas correstes estéticas e filosóficas do que era novo e moderno naquelas décadas, ao lado da “música de concerto", as vezes chamada de “música séria”, também a “música popular” de qualidade deixou de ser ausente dos eventos mais sofisticados e passou a figurar do repertório de interpretes jovens e de programas apreciados por um público acolhedor e menos conservador, permitindo a inclusão de obras de compositores das classes até então periféricas. Por isto é salutar ver, nas recentes audições de alunos do final do ano letivo ou de comemoração de eventos especiais, jovens artistas, de todas as origens, interpretando inclusive obras consagradas da música popular brasileira, nas vozes de instrumentos antes marginalizados. Por outro lado, é penoso saber que, por razões de ordem administrativa, certamente justificáveis, ainda não tenha sido vislumbrada uma solução para dar fim às tratativas feitas até agora para que elas não resultem improdutivas, permitindo que o Conservatório de Música de Pelotas possa permanecer onde está, como sempre esteve, e ali continuar a escrever sua rica e singular história, em prol arte e da música praticadas na Princeza do Sul.



É indispensável e premente reconhecer a simbiose consolidada entre o Conservatório e o prédio que o abriga na Rua Félix da Cunha, prédio de 180 anos, formalmente reconhecido como Patrimônio Histórico de Pelotas e do Rio Grande do Sul. Decorridos apenas mais três anos Pelotas comemorará o Centenário da instituição que abrigou e formou dezenas de músicos pelotenses, reconhecidos em casa, no Brasil e no exterior, e seria um momento áureo se a comemoração dos seus cem anos de atividades pudesse ver superado o que, agora, pode até parecer um impasse, mas que, sem dúvida, encontrará a solução tão esperada, resultante do entendimento, boa vontade e habilidade política daqueles que estão envolvidos nas indispensáveis negociações há anos em curso.


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