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Contos-->Encontro Fatal -- 11/02/2003 - 16:08 (Renato Rosatti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Foi numa fria noite de inverno, debaixo de uma forte tempestade repleta de estrondosos trovões, que ecoavam rusticamente na imensidão daquelas trevas desoladoras. Um cenário da mais pura depressão, onde no alto de uma colina extensa, se encontrava uma mansão de arquitetura tétrica e sinistra, com grande quantidade de aposentos e janelas e portas enormes, parecendo um imenso mausoléu de descanso eterno dos mortos.

Lá ele finalmente chegou, e adentrou no castelo de traços góticos, sendo rapidamente recepcionado e encaminhado ao seu destino: o quarto onde estava aprisionada a criatura, algo que um dia foi uma mulher, acorrentada à sua cama, devido ao seu comportamento violento. E cujas feições retorcidas e o corpo recoberto de vergões e feridas pútridas, asquerosas e nauseantes, lembravam um horrendo ser quase indizível do pior dos pesadelos da insanidade humana. O cheiro de carne podre e sangue coagulado quase lhe tirou os sentidos.

- Eu estava aguardando a sua visita - grosnou a criatura para ele, numa voz gutural, rouca, que parecia estremecer as paredes do casarão macabro.

- O que você quer de mim? - retrucou o homem misterioso, com firmeza e demonstrando completa frieza diante daquela situação do mais puro horror, parecendo até já saber com o que iria se deparar.

- Conheci o inferno. Em meus pesadelos, naveguei por rios de sangue sem fim, com destino ao eterno nada. Senti o sofrimento, a agonia e o desespero em seu estado absoluto - vômitos gosmentos eram ejaculados espontaneamente da boca fétida da criatura, enquanto proferia suas malditas palavras, e vermes corrosivos passeavam em torno de seus orifícios gangrenados. O monstro continuou pausadamente o seu discurso insano: - Você me estuprou, humilhou e acabou com a minha vida. E eu matei o inocente ser do meu ventre. Abandonei a minha existência, e apodreci lentamente... Mas... o inferno é muito grande para nós dois...

A partir daí, a criatura começou a estremecer violentamente, seus olhos reviraram-se nas órbitas, sangue espirrava de suas feridas. Após alguns segundos de uma frenética convulsão terminal, a cabeça do monstruoso ser que um dia foi uma mulher, explodiu numa cena dantesca, e sangue misturado à pedaços de cérebro espalharam-se para todos os lados, jorrando miolos, nervos e fragmentos de ossos no rosto agora apavorado do homem à beira da cama.

Ele tentou limpar sua visão, recoberta de sangue, e antes mesmo de esboçar qualquer reação, sua cabeça começou a estremecer também convulsivamente, e após alguns breves instantes de profunda dor, explodiu ferozmente, arremessando seu cérebro despedaçado ao seu redor.

Pai e filha agora jaziam inertes... e passariam a vagar nos mais obscuros confins do inferno...
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