Você já parou pra pensar no significado das novelas em sua vida? Já parou pra pensar sobre o que elas te acrescentam? Já parou pra pensar na sua vida? Já parou pra pensar no que VOCÊ poderia estar FAZENDO ou VIVENDO enquanto assiste uma novela? Pois bem, se você perder quatro horas do seu dia assistindo novela, ao final de uma semana, serão vinte e quatro horas perdidas; ao final de um mês, serão noventa e seis; ao término de um ano, serão mil cento e cinquenta e duas horas, o que equivale a QUARENTA E OITO DIAS POR ANO.
Levando em consideração que a expectativa de vida de um cidadão brasileiro é da ordem de setenta anos, isto significa dizer que ao longo da sua curtíssima existência você perderia três mil trezentos e sessenta dias, o que corresponde a aproximadamente DEZ ANOS da sua ligeira passagem pela terra. Sem considerar ainda que cerca um terço da sua vida você passa dormindo (cerca de vinte e cinco anos), e que trinta anos você passa trabalhando. Nessa lógica, restariam pra você exatos quinze anos: dez assistindo novela e cinco cuidando dos problemas de saúde inerentes à velhice. E o que sobra pra você: os dez anos que você perdeu assistindo novela, sendo refém de ilusões, de personagens, de mentiras, de fantasias, e de propagandas comerciais.
Agora, cá pra nós, já parou pra pensar na quantidade de coisas que você poderia ter feito ao longo desses dez anos? Você poderia ter encontrado com muitas pessoas queridas e especiais, poderia ter aprendido a tocar um instrumento musical, poderia ter escrito alguns livros, poderia ter namorado bastante, poderia ter gozado algumas milhares de vezes, poderia ter se aperfeiçoado intelectualmente, poderia ter viajado mais, amado mais, se divertido mais; enfim, poderia ter vivido a TUA vida!
Há uma diferença enorme entre viver a vida e ser um mero espectador dela. Viver a vida é usufruir e gozar de tudo que ela te proporciona, é experimentar a sua doçura e também o seu fel. Ser seu expectador, por sua vez, é contentar-se com o prazer alheio, é ver um bolo na vitrine sem poder prová-lo, é ver os outros mastigarem sem saber o gosto, é uma contemplação vazia e lacunosa. Que triste!
Na condição de expectador de novelas, você, sem se dar conta, acaba se transformando em zumbi de um sistema cujo arquiteto não foi você, e cujos interesses não levam em consideração se você está ou não desperdiçando seu tempo, ou melhor, sua vida. É necessário compreender que aquilo que se passa na novela não é a TUA vida, NÃO É A TUA REALIDADE. Ademais, não repercute em nada no seu cotidiano. Aliás, repercute sim. Você já observou o comportamento das crianças logo após assistirem um filme de super-herói? Basta que você que as dê uma roupa de super-homem e muito em breve elas irão se aproximar da janela do seu apartamento. Será que elas conseguem voar com aquela capa? Risos.
Assistir novelas tem um efeito similar no seu subconsciente. Você corre o risco de se transformar numa pessoa dramática, ou numa pessoa triste (por compartilhar da dor dos personagens), ou numa pessoa vingativa (basta se identificar com aquele personagem cheio de ódio no coração). As mensagens subliminares e as ideias implícitas de uma novela são uma tortura para a mente humana. Afora que nos intervalos comerciais você é bombardeado por ideologias consumistas, as quais sempre querem dizer a mesma coisa: que você precisa daquele bem pra ser feliz! Fala sério! Quanta mentira!
Em se tratando de uma criança, pode influenciar até mesmo na formação de sua personalidade. E isso é um perigo, tanto para a família, quanto para a sociedade. Você pode perder um filho para as drogas ou para o crime por causa de uma novela. Seu filho pode se transformar numa pessoa violenta e infeliz por causa dela. Você pode ter um ataque cardíaco.Os valores familiares podem se perder. Vidas podem ser perdidas.
Aquelas fantasias ali expostas são um poderoso instrumento nas mãos de governos e de políticos corruptos (ainda mais quando a emissora é refém do governo). Muito se oculta ao desviar a atenção de um povo para os episódios de uma novela. Dita-se tendências de consumo e de comportamento; dita-se preferências musicais e artísticas; dita-se, inclusive, e subliminarmente, ideologias e preferências partidárias. MUITO CUIDADO COM AS NOVELAS!
