CORPO FRÁGIL
Não encontrei hoje,
A minha inspiração
Procurei, busquei,
Vasculhei...
Mas ela se foi
E tem uma razão.
Olhei o céu, olhei o sol,
Mas nem eles me fizeram
Escrever em emoção.
Hoje não quero escrever,
Tenho medo, que o meu mundo,
Venha de encontro ao chão.
E eu sei a razão...
Procuro no Universo,
O único que pode me estender à mão,
Dando-me a esperança,
Ouvindo minha oração.
Ele conhece da minha agonia,
Das minhas aflições.
Somente Ele pode,
Trazer de volta, a minha inspiração.
Não quero hoje escrever,
Assim como eu estou.
Não dê muita atenção,
Ao que você, aqui ler.
São apenas desabafos,
São dores da existência,
De agora ser um corpo frágil.
Podendo durar, só um momento,
Na vida de um poeta.
Que perdeu hoje sua inspiração,
Mas amanhã poderá renascer,
Com mais força e perfeição.
Cleide Yamamoto.
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