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Poesias-->O confronto entre o dia e a noite -- 06/05/2003 - 14:41 (Edio de oliveira junior) |
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É a hora do desespero
Da tragédia imortal,
É a hora do sol surgindo, iluminando os prédios,
Despertando pessoas ambíguas, determinadas ou vazias...
É a hora dos motores se aquecendo, das famílias,
De todas as famílias, da brisa poluída, da ebulição dos corpos.
É a hora do desespero,
A hora de tudo tomar seu destino,
É a hora dos homens nos escritórios, dos políticos nos gabinetes,
Das prostitutas em sono profundo.
É a hora de esquecermos que existe amor, arte ou beleza...
É a hora de lembrarmos do ouro escondido
No caminho que não trilhamos,
Do ouro no caminho dos estranhos
Do sucesso no caminho dos estranhos...
Para mim é a hora do silêncio
É a hora da “matinal-perda-no-mundo-imaginário”.
Eu busco o ouro de engrandecer o espírito
E meu caminho é essencialmente solitário e confuso.
Tudo!
Tudo que busco é o que remanesce
De uma espécie praticamente findada
Mas que deseja perpetuar-se. “além-posse”
E minha busca é sem fim.
Todos os dias espero na maior das ânsias o cair da noite,
O silenciar dos homens, o esfriar dos carros, o desaparecer dos egos.
Toda noite flui do universo como uma salvação
Para mostrar que há beleza no mundo ainda,
E para provar que o silêncio é boa medida.
A noite é a hora da calmaria, da ebulição da alma,
De sabermos mais de nós mesmos.
... de sabermos o quanto tudo é belo, mesmo que parcialmente,
e de quanto tudo ainda vale a pena...
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