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Poesias-->8. VERSOS DE IMPROVISO -- 12/04/2003 - 08:09 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não vá querer apressar,

Pois iremos devagar,

Na medida do possível.

Sabemos do compromisso,

Mas, por honra do serviço,

Nada haverá imperdível.



Saibamos desconfiar

Que, por sairmos ao mar,

Há perigo de naufrágio.

O que importará, então,

É manter o coração

Bem longe do mau presságio.



Estes versos de improviso

Significam bom aviso

De que a turma está atenta.

Fica a aula preparada,

De certo modo, sustada,

Enquanto a alma se assenta.



Falaríamos de Deus,

Mas vamos dizendo adeus

Às trovas que preparamos.

O tempo ficou mais curto

E dá para um simples surto:

Há frutos verdes nos ramos.



A hora passa depressa,

Pois cumprimos a promessa

De seguirmos devagar.

Quase tudo o que fizemos

Foi dar com os nossos remos,

Na imensidão deste mar.



Treinamento valioso,

A promover simples gozo,

Perante as rimas do dia,

Valeu a pena compor,

Pois foi tudo com amor

Que se imprimiu na poesia.



Lição de simplicidade

Que imitar sempre se há-de,

No desejo de escrever.

As grandes alegorias

Se tornaram alegrias

E se cumpriu o dever.



Ao ir nosso irmão embora,

Não irá fora de hora

E, assim mesmo, irá contente,

Pois não nos deixou na mão,

Ruminando a opinião

De não ter ninguém presente.



Trabalhando com carinho,

Vê a rosa, não o espinho,

E nos segue intimorato.

Pode tropeçar, às vezes,

Mas não faz versos soezes,

Nem é dado a espalhafato.



Concentração, sobretudo,

P’ra dar forma ao conteúdo

Que lhe desperta a memória.

Na repetição da rima,

Percebe aí nossa estima:

Nós vamos contar vitória!



Não correu nem meia hora

E o verso mais se aprimora

Nas sextilhas que se fazem.

É a décima primeira,

De todas a mais faceira,

Mas algum bem todas trazem.



Surpreende-se o mediador,

Pois sabe que existe ardor

Nesta corrente magnética.

Talvez quisesse algo mais

Dentre os temas principais,

Feitos justos, nesta estética.



Devagar, dissemos antes,

Mas nos parecem flagrantes

Os versos que se disparam.

Talvez digam ser mentira

Este improviso caipira,

Nas formas que se mascaram.



Qual a meta desta gente?

Um trabalho permanente,

Junto ao médium que nos serve,

Sem qualquer obsessão,

Pois, para nós, a missão

É fazer que não se enerve.



Se alcançarmos vinte estrofes,

Conteremos os maus bofes

Dos que querem sempre mais.

A nossa alusão persiste.;

Fica o médium muito triste,

Mas sem razão p’ros seus ais.



Se a alusão for brincadeira

De uma poesia maneira,

A tristeza se despede,

“Dá adeus e vai embora”,

Pois chegou fora de hora,

Querendo que o verso azede.



Vamos mudar o ambiente,

Dando seriedade à gente,

Neste arremesso final,

Que o nosso tempo é sagrado,

Para ser posto de lado,

Num exercício banal.



Atender ao expediente

Demonstra ser bem valente

Quem se atreve a versejar,

Mas há que seguir a regra,

Pois a rima desintegra,

Se não se vem devagar.



Aguardamos por Jesus,

Que sempre nos traz a luz

P’ra iluminar nossos versos.

Fazê-los na escuridão

É trocar nossa missão

Apenas por sons perversos.



Unida a turma à “Escolinha”,

Numa estrofe que se alinha

Ao tema desta jornada,

Agradeçamos ao Pai,

Que o poeta agora vai,

Pois já não resta mais nada.



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