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Artigos-->João Goulart promoveu a indisciplina -- 27/03/2014 - 11:52 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Folha de S. Paulo - 27/03/2014



 



ARMANDO PAIVA CHAVES - TENDÊNCIAS/DEBATES





O ASSUNTO É: A DITADURA MILITAR EM DEBATE





MEIO SÉCULO



João Goulart promoveu a indisciplina. Foi a gota que faltava para transbordar o

cálice de fel acumulado com tantos desmandos





Trinta e um de março de 1964 é uma data histórica. Interpretá-la cabe a historiadores,

em pesquisa isenta, incluindo-se os testemunhos de quem a viveu. Como eu.


 



O povo enfrentava carestia. Havia ameaças à propriedade privada. Quem procurava

informar-se via a tensão aumentar. Ninguém acenava com medida corretiva. João

Goulart, então presidente da República, no comício da Central do Brasil, a 13 de

março, acendeu uma fogueira.


 



Embalou a facção governista e seus apoios sindicais e populares para a guinada à

extrema esquerda havia muito esperada. Em contrapartida, a mídia reagiu, cobrando

atitude das Forças Armadas. No meio político, expectativa, sem planejamento de

ação colegiada. No militar, o legalismo começava a dar lugar à necessidade de

reação.


 



Em São Paulo, a iniciativa foi das mulheres. Em impressionante convocação boca a

boca, a Campanha da Mulher pela Democracia promoveu, em 19 de março, a Marcha

da Família com Deus pela Liberdade. Oitocentas mil pessoas em massa compacta

caminhando pela cidade.


 



Castelo Branco, então chefe do Estado-Maior do Exército, decidiu-se, em 20 de

março, por expedir um documento no qual dizia serem "evidentes duas ameaças": "O

advento de uma constituinte para reformas de base e agitações generalizadas do

CGT (Comando Geral dos Trabalhadores). A ambicionada constituinte é um objetivo

revolucionário pela violência. Para talvez submeter a nação ao comunismo de

Moscou? Isso sim é que seria antipátria, antinação e antipovo. Não, as Forças

Armadas não podem atraiçoar o Brasil". Provocou impacto. Os militares, em maioria,

incorporaram a lição.


 



Em 25 de março, marinheiros se revoltaram e entraram em greve. Em decisão

política, foram imediatamente anistiados. Era a desmoralização da autoridade militar.

Em 30 de março, o presidente Goulart compareceu a uma assembleia do Clube dos

Subtenentes e Sargentos. Após ouvir discursos que punham em xeque a hierarquia,

usou a palavra para, ele mesmo, promover e apoiar a indisciplina.


 



Foi a gota que faltava para transbordar o cálice de fel acumulado com tantos

desmandos. No dia seguinte, a tropa de Minas Gerais antecipou-se ao planejamento

para pressionar militarmente o governo. Com apoio do governador Magalhães Pinto,

marchou para o Rio de Janeiro decidida a depor o governo. Era o desembocar da

contrarrevolucão e o abandono do cargo por Goulart.


 



Seguiu-se a indicação de Castelo Branco para a Presidência da República. Eleito com

361 dos 388 votos pelo Colégio Eleitoral formado no Congresso, foi empossado em

15 de abril. Era hora de recompor a ordem.


 



Os comandantes militares haviam editado ato institucional pelo qual assumiam

autoridade revolucionária sobre os destinos da nação. O presidente eleito revelou

liderança. Voltou-se a executar o plano de governo, auxiliado por renomados

colaboradores. Criados o Banco Central, o Banco Nacional de Habitação, o Estatuto

da Terra, o Instituto de Reforma Agrária e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

Unificados os institutos de Previdência Social.


 



Cinquenta anos se passaram. Pessoas maduras à época, ainda lúcidas, têm gravado

na memória o que viram, sentiram e como reagiram. Que os historiadores as

consultem.


 



ARMANDO LUIZ MALAN DE PAIVA CHAVES, 86, é general de Exército reformado



 



 



 



MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964



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Leia os textos de Félix Maier acessando:



1) Mídia Sem Máscara



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3) Piracema II – Nadando contra a corrente (textos mais recentes)



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