BABA
(Uma singela homenagem a quem viveu com a simplicidade dos que acertam)
Fugaz é a vida e a dos que muito fazem, mais.
Mas é na obra que se perpetua o ser.
Se rico o barco do destino chega ao cais,
Terá valido mesmo muito, então, viver.
Mas não se entenda, ingenuamente, que riqueza
É aquilo que se ostenta em gemas fulgurantes.
Fortuna verdadeira é mais: quiçá uma mesa,
Em que se serve ao fim o mesmo afeto de antes...
Ana Paula
Laura
Júlio César
A nossa vida compreende chegadas e partidas. Ora recebemos quem veio, ora dizemos adeus a quem nos deixa. Nas despedidas, porém, é que precisamos de consolo.; principalmente, quando ficamos sem alguém que nos deu o melhor que podia: nos deu a si próprio, atendendo-nos em nossa humana demanda de atenção e de estima.
As manhãs de domingo ficaram com um grande vazio, mas vocês poderão utilizá-lo buscando cultivar nele aquilo mesmo que lhes foi dado por aquela que Deus recolheu agora: a boa vontade de acolher e servir com carinho como rotina familiar.
A Baba era uma pessoa simples, que tinha o coração tenro como a lasanha que fazia. Se vocês conseguirem que os seus corações sejam como o dela, esta será a maior homenagem que estarão prestando à sua memória. Ela, por certo, se assim for, não ficará solitária e triste onde estiver, nunca.; nem em nenhuma das manhãs de todos os domingos que existam no calendário da eternidade.
Seu pai.
17/01/98 22:09 h
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