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Contos-->História de um Cardeal. -- 16/01/2003 - 17:22 (Jose Angelo Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A história é uma ciência, que procura reviver o passado para dar vida ao presente. Se a história das Américas, especialmente o Brasil; fosse feita a partir das senzalas e não da casa grande. A história da colonização seria outra, da Igreja, da burguesia, dos negros, os índios, etc... Mas como contista, poeta, vou contar uma história do homem forte da França em meados do século XVI. O Cardeal Mazarin. Um dos homens mais importante e poderosos de seu tempo, o Cardeal Jules Mazarin , foi o chefe de Governo da França, quando Luiz XIV. - O futuro " Rei-sol " - ainda era menor de idade e Ana da Aústria era a regente, depois da morte de Luis XIII. Isso, a partir de 1642 até 1661. Nesse longo periodo de poder, o italiano Mazarin, na verdade Giúlio Mazzarino teve a França e boa parte da Europa em suas mãos. Mandou e desmandou, torturou inimigos, mentiu deslavadamente e criou um clima de terror tal que os franceses mal ousavam pensar diante dele, com medo de que o poderoso Cardeal lesse suas mentes. O temor não era infundado. Cardeal Mazarin, era tão diabolicamente astuto que, muitas vezes, parecia realmente saber o que todos estavam pensando. Mais maquiavélico do que o próprio Maquiavél, o Cardeal Mazarin, acabou elencando, em suas décadas de força, uma série de frases, e conselhos para pavimentar o caminho rumo ao poder, graças à manipulação pura e simples do consenso. Agradando ou fingindo agradar, na verdade amigos e inimigos, adulando àqueles que interessavam, apenas para conseguir seus intuitos raramente nobres. Como católico, contista, poeta, é bom rever a história e levar até você leitor, mais conhecimento e informações. Este Cardeal mostra sem meias-palavras os artificios que usou para ser, em sua época, um dos mais poderosos e odiados governantes. Há ainda, um dado curioso a respeito disso. A filosofia do Cardeal Mazarin dífere, em muito, daquela de seu antecessor, o também Cardeal Richelieu, ministro de Luis XIII. Se o Cardeal Richelieu, apesar de sua idêntica mesquinhez e amor pelo poder, parecia mais dissimulado, mas o Cardeal Mazarin não se preocupa em esconder nada. Pelo menos eu seus textos. Afinal, o que pensar de um homem que disse com todas as letras, que " quando um homem é atingido por grande desgosto, aproveita a ocasião para adulá-lo e consolá-lo". É com frequência em tais circustâncias que ele deixará transparecer seus pensamentos mais secretos e, mais oculto. O Cardeal, ainda por cima, era partidário do que se chamava de " guerra de todos contra todos". Ou seja, de jogar uns contra os outros para que ele sempre se sobressaisse. Quero dizer que este meus conto, não se destina apenas àquela classe política que não mede esforços para conquistar seus objetivos. Até porque, naquela época, ser político diferenciava bem do que hoje entendemos como tal. Quero demostrar sem disfarces a teatralidade das relações políticas entre a igreja. E tem sua serventia para informar como os chamados " representantes do povo", agian e pensavam naqueles tempos. Eu pergunto, será que mudou muita coisa, hoje em dia ? Um exemplo : deves ter informações sobre todo o mundo, não confiar teus próprios segredos a ninguem, mas coloca toda a tua perseverança em descobrir os dos outros. Parece que as coisas não mudaram tanto assim. O Cardeal Mazarin, na verdade, elevou à enésima potência aquilo que muito governantes pré-iluminissimo pensavam e fizeram. Em segundo lugar, com o distanciamento temporal da obra, podi-se observar melhor como se deu, em muitas partes a evolução do pensamento político ao longo dos séculos. É um trabalho instigante, daqueles que se lê com um olho na história e outro no próprio mundo que nos cerca. Tamanhas são as referências que podemos usar hoje em dia. Afinal de contas, o Cardeal Mazarin estava certo em muitas coisas que escreveu, como nesta frase, que mais se assemelha a um auto-retrato : " Um homem astucioso se reconhece com frequência por sua doçura afetada, por seu nariz adunco e seu olhar penetrante". Dificil imaginar que o astuto Cardeal não se olhava no espelho quando resolveu redigir essas linhas. -José Angelo Cardoso.- Poeta, contista, artista plástico. Presidente-fundador da Academia Guairense de Letras. São José do Albertópolis. - Guaira-sp.
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