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Poesias-->Bagdá -- 21/03/2003 - 19:36 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É tarde no ocidente...

A única luz acesa é aquela que ilumina o pátio da casa.

Nossos filhos dormem esquecidos no cômodo do quarto.

Pelo menos nesse momento,não há fome, nem medo.

Há até um certo sossego.Mas lá longe,no Oriente, entre as areias do deserto e o amanhecer do dia, há corações aflitos, há corpos dilacerados, sangue de inocentes e a paz maculada.

A liberdade dos meus olhos grita, enquanto a alma se assusta com a voz das mortes que vem no vento.

A esta hora a aurora, sob a lua cheia, o rio do Norte, desce a ribanceira e segue por entre os manguesais.

A esta hora o alvorecer, povos vêem os seus perecer, pela vontade da democracia imperialista.

Não foi eu quem disse, bem como no fui eu quem matou a ordem do dia.

Se a bandeira tremuleja na veia daquela terra sofrida, não foi pelas mãos livres erguida.

Agora há choro e ranger de dentes,

Há mães e filhos indigentes,

Há palor na terra, que o homem da guerra, faz questão de ignorar por entender, do seu entendimento, que libertou uma terra, que precisou matar.

Quando o ocaso se fingir adormecido no horizonte, e as lágrimas de dores não mais lavarem a face, haverão de descobrir, que a paz estava alí antes de morrer, que a liberdade não devia ser violada, que a vida não pode ser acostumada a ferros, pólvoras e clamores de ruinas.

O amor não pode ser inventado, o sonho não pode ser recortado, a flor não pode ser proibida e nem podemos querer as coisas, tendo o inferno como aliado.

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