O Zé Ferro cometeu
Dois erros de nome crasso
Pisou na bola de vez
Se enrolou no embaraço
Se perdeu na Sua resposta
Deixou a derrota exposta
No verso perdeu o passo.
Dele eu mango e desfaço
Porque ele errou feio
Quando ele fez seu fim
Não justificou o meio
Por falta de atenção
Errou e não tem perdão
Foi negligência, eu creio.
Depois que dei um passeio
No cordel anterior
Que tinha os versos curtos
Feitos com maior louvor,
Mas eram encadeados
Bem feitos elaborados
Chei’de pimenta e sabor.
Ou é um cego o senhor
Então faltou competência
Fez resposta incompleta
Ferrando minha paciência,
Depois quer mudar a prosa
Misturar cravo com rosa
Nessa rude displicência.
Venha e peça clemência
Faça a resposta direita
Depois peça por Camões
Não me venha com desfeita
Siga o que foi combinado
Depois de tudo acabado
Faremos outra receita.
Mas como tudo se ajeita
Se Houver a correção
Tendo resposta correta
Com sua encadeação
Faço sem objeções
Do jeito que fez Camões
Na maior satisfação.
Aguardo sua decisão
Como poeta altaneiro
Se quiser queu faça algo
Me mande algo primeiro
Respondo no mesmo tom
Mostrando quem é o bom
E quem é o faroleiro.
Manezinho de Icó
Professor Zé Ferro, primeiro devemos republicar os cordéis da antiga luta, depois nós se pega novamente num novo arranca rabo.