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Ensaios-->Europa: a substituição de uma população -- 05/09/2016 - 13:02 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Sai o velho, entra o novo... A Europa, conforme vai envelhecendo, já não renova suas gerações e em seu lugar saúda o ingresso de um enorme contingente de migrantes provenientes do Oriente Médio, África e Ásia que irão substituir os europeus nativos e que trarão culturas com valores radicalmente diferentes em relação a sexo, ciência, poder político, cultura, economia e a relação entre Deus e o homem.


Em uma geração a Europa ficará irreconhecível.


Mortes excedendo nascimentos podem parecer ficção científica, mas já são a realidade da Europa. Simplesmente aconteceu. No ano de 2015 houve 5,1 milhões de nascimentos na União Europeia, ao passo que 5,2 milhões de pessoas morreram, significando que a UE pela primeira vez na história moderna registrou um crescimento vegetativo negativo. Os dados foram divulgados pela Eurostat (departamento que cuida da estatística da União Europeia), responsável pelo recenseamento da população europeia desde 1961. Portanto é imbuída de caráter oficial.

Há mais revelações surpreendentes: a população europeia aumentou ao todo de 508,3 milhões para 510,1 milhões. Imagina por quê? A população de imigrantes aumentou aproximadamente em 2 milhões de habitantes em um ano, enquanto a população autóctone da Europa foi encolhendo. É a substituição de uma população. A Europa perdeu a disposição de manter ou aumentar a sua população. A situação é tão grave em termos demográficos quando da Peste Negra do século XIV.

Esta transição é o que o demógrafo britânico David Coleman descreve em seu estudo "Imigração e Substituição Étnica em Países de Baixa Fertilidade: Terceira Transição Demográfica." A taxa de natalidade suicida da Europa, combinada com os imigrantes que se multiplicam rapidamente, irá transformar a cultura europeia. O declínio da taxa de fertilidade dos europeus autóctones coincide, na realidade, com a institucionalização do Islã na Europa e a "reislamização" dos muçulmanos que lá residem.

Em 2015 Portugal registou a segunda menor taxa de natalidade da União Europeia (8,3 por 1.000 habitantes) e crescimento natural negativo de -2,2 por 1.000 habitantes. Qual país da UE teve a menor taxa de natalidade? A Itália. Desde o "baby boom" dos anos 1960, o país famoso pelas suas famílias com um grande número de pessoas, a taxa de natalidade caiu pela metade. Em 2015 o número de nascimentos caiu para 485.000, menos do que em qualquer ano desde que a Itália moderna foi estabelecida em 1861.

A Europa Oriental já apresenta "a maior perda de população da história moderna", a Alemanha ultrapassou o Japão e já conta com a menor taxa de natalidade do mundo, segundo a média dos últimos cinco anos. Tanto na Alemanha quanto na Itália os decréscimos foram especialmente dramáticos, para -2,3% e -2,7% respectivamente.

Há empresas que não estão mais interessadas nos mercados europeus. A Kimberly-Clark, que fabrica as fraldas Huggies, saiu da maior parte da Europa. O mercado simplesmente não é rentável. Enquanto isso, a Procter & Gamble, que produz as fraldas Pampers, tem investido no negócio do futuro: fraldas geriátricas.

A Europa está ficando cinzenta; é possível sentir toda a tristeza de um mundo que se exauriu. Em 2008 os países da União Europeia viram o nascimento de 5.469.000 crianças. Cinco anos mais tarde, havia quase meio milhão a menos, ou seja 5.075.000 -- uma retração de 7%. As taxas de fertilidade não têm só caído em países com economias que estão encolhendo como a Grécia, mas também em países como a Noruega que saíram, pode-se dizer, ilesos da crise financeira.

Conforme ressaltou recentemente Lorde Sacks "a queda da natalidade pode ser o prenúncio do fim do Ocidente". A Europa, conforme vai envelhecendo, já não renova suas gerações e em seu lugar saúda o ingresso de um enorme contingente de migrantes provenientes do Oriente Médio, África e Ásia que irão substituir os europeus nativos e que trarão culturas com valores radicalmente diferentes em relação a sexo, ciência, poder político, cultura, economia e a relação entre Deus e o homem.

Os liberais e os secularistas tendem a ignorar a importância das questões demográficas e culturais. É por esta razão que os alertas mais contundentes vêm de alguns líderes cristãos. O primeiro a assinalar esta tendência dramática foi o grande missionário italiano Padre Piero Gheddo, explicando que, devido à queda nas taxas de natalidade e à apatia religiosa, o "Islã mais cedo do de se imagina conquistará a maior parte da Europa". Outros manifestaram a mesma opinião, como o cardeal libanês Bechara Rai, que está à frente dos Católicos Orientais, que estão alinhados com o Vaticano. Rai alertou que "o Islã irá conquistar a Europa através da fé e da taxa de natalidade". O Cardeal Raymond Leo Burke acaba de fazer um alerta semelhante.

De agora em diante, em uma geração, a Europa ficará irreconhecível. Em grande parte as pessoas na Europa parecem ter a sensação de que a identidade da sua civilização está ameaçada principalmente por um liberalismo descabido, uma ideologia dissimulada de liberdade, que quer desconstruir todos os laços que unem o homem à sua família, sua origem, seu trabalho, sua história, sua religião, sua língua, sua nação, sua liberdade. Ela parece vir de uma inércia que não se importa se a Europa irá triunfar ou sucumbir, se a nossa civilização irá desaparecer, se afogar em meio ao caos étnico ou se será atropelada por uma nova religião vinda do deserto.

Segundo explica o jornal Washington Quarterly, a combinação fatal da queda nas taxas de natalidade na Europa e a ascensão do Islã já tiveram consequências significativas: a Europa se transformou em uma incubadora de terrorismo; criou uma nova forma de antissemitismo virulento e mortal; uma virada política para a extrema-direita; experimentou a maior crise de autoridade da União Europeia e testemunhou uma reorientação da política externa desde a retirada da Europa do Oriente Médio.

O suicídio demográfico não é apenas experimentado, ao que parece, é desejado. A burguesia xenófila europeia, que hoje controla a política e a mídia, ao que tudo indica, está imbuída de um racismo esnobe e masoquista. Eles se voltaram contra os valores da sua própria cultura judaico-cristã, combinada com uma visão alucinógena, romantizada dos valores de outras culturas. O triste paradoxo é que os europeus estão importando grandes contingentes de jovens do Oriente Médio para compensar suas opções de estilos de vida.

Um continente agnóstico e estéril -- privado de seus deuses e filhos porque os baniu -- não terá forças para combater ou assimilar uma civilização de devotos e jovens. O fracasso de conter a transformação que se avoluma no horizonte parece estar do lado do Islã. O que estamos presenciando são os últimos dias de verão?


Giulio Meotti, editor cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.

Publicado no site do Gatestone Institute.

Tradução: Joseph Skilnik

 

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