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Ensaios-->Quem é Lindberg Farias - vários autores -- 28/06/2016 - 14:48 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

                      Quem é Lindberg Farias

O que eu já sabia sobre as overdoses (álcool também é droga e, quanto às outras, eu não posso afirmar) de Lindinho quando foi prefeito de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, e nunca ousei revelar para não comprometer as fontes, muito chegadas a mim, caiu no meu colo hoje, ao dar uma olhada no Facebook e me deparar com a foto abaixo, com uma matéria da

IstoÉ e com o que está em  http://www.quidnovi.com.br/home/.

 

Descrição: http://3.bp.blogspot.com/-mEs-SHEPovU/UoU-uvscEZI/AAAAAAAALiw/p9ijc1wuQ1A/s400/LIND+PARA+A+COLUNA+QUID1jpg.jpg

                             Porrado em uma festa

 

Aliás, faz tempo que ele é chegado a umas porrancas brabas, já que no começo dos anos 90 eu mesmo vi o então garoto absolutamente porrado, dormindo e babando em um canto do Hippopotamus, casa noturna do jet-set carioca na época. A foto dele, no estado, até saiu na coluna social do Zózimo Barrozo do Amaral. Lembro que comentei com amigos que já não se fazia UNEs como antigamente e depois perguntei ao Zé Walter, uma espécie de selecionador de clientes, se isso era habitual, o que ele confirmou.

 

Além disso, eu sempre tive sérias suspeitas sobre a honestidade desse cara desde cedo, mas, a quase certeza me veio depois que ele se elegeu prefeito de Nova Iguaçu, dadas às inúmeras notícias relatando um sem número de falcatruas, investigações e processos contra ele.

 

Apesar de tudo, o calhorda foi eleito Senador em 2010 e agora é candidato a governador do Rio. Acho que ninguém precisa ler esse catatau de calhordice a seguir para ter motivos de sobra para não votar nesse traste, mas, em todo caso, como tem sempre um renitente, aí vai:


Ah, sim, ele é do PT. Precisa mais?

 

Altos e baixos do cara-pintada Lindberg Farias a caminho do Senado

Por Mino Pedrosa

O marqueteiro Duda Mendonça tem pela frente uma dura missão. O candidato petista ao Senado pelo Rio de Janeiro, Lindberg Farias, seu cliente, não lhe contou sobre os processos que responde na Justiça do Rio de Janeiro e na Federal, bem como o seu comportamento recente, lembrando os tempos de cara-pintada. Também omitiu que existem fitas de vídeos comprometedoras, da época de Prefeitura de Nova Iguaçu e fotos colocando seu cliente na sarjeta.

Esses documentos integram um processo rumoroso que tramita na Justiça do Rio. Um dos vídeos mostra o presidente da Comissão de Licitação e secretário de Lindberg, Jaime Orlando, contando dinheiro na casa de um empresário e fazendo críticas ao chefe, mostrando sua irresponsabilidade administrativa e até uso de esquema com dinheiro público.

No vídeo são citados os nomes do procurador-geral do Ministério Público, Marfan Vieira, e do desembargador José Carlos Paes, ambos do Rio de Janeiro.

Duda correu atrás de alguns candidatos petistas com a intenção de se reaproximar de um eventual governo de Dilma Rousseff. Se dependesse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o marqueteiro Duda Mendonça teria que mudar de profissão. Mas o petista José Dirceu, que ainda tem o controle do partido apesar de ter sido cassado, está em sintonia com Dilma e ainda dá as cartas. Por isso, Dirceu indicou Duda Mendonça para algumas campanhas. Dentre as quais a do ex-prefeito de Nova Iguaçu-RJ, Lindberg Farias.

Lindberg, hoje, está tentando entrar no Senado Federal. Em terceiro nas pesquisas de intenção de voto, com remotas chances de entrar; já negocia com o governador Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-parlamentar petista, cassado, José Dirceu, apoio para concorrer à Prefeitura do Rio de Janeiro. O que Lindberg pretende agora é firmar seu nome para alcançar a Prefeitura em 2012.

O ex-cara-pintada responde na Justiça a mais de 400 processos da época em que era prefeito de Nova Iguaçu. E vem conseguindo, com manobras na Justiça, protelar condenações buscando a imunidade parlamentar.

Cabral promete apoio a Lindberg porque não quer embate político, no momento, mas todos sabem que o peemedebista Eduardo Paes chegou ao poder pelas mãos de Cabral. Fica difícil descartar a reeleição de Paes.

Lindberg tem freqüentes recaídas das farras que fazia no tempo em que era parlamentar. Foi encontrado na cobertura de um empresário carioca caído, inconsciente, com várias escoriações no rosto e no cotovelo. O empresário levou Lindberg a uma clínica onde passou o resto do dia e a noite inteira, sendo liberado somente no dia seguinte. Adversários de Lindberg, na corrida pela Prefeitura do Rio em 2012, abrem o jogo e divulgam fotos e vídeos comprometendo sua eleição.

Luís Lindberg Farias Filho, paraibano, nascido em 8 de dezembro de 1969, ex-líder “cara-pintada” colecionou centenas de denúncias de má-gestão na sua vida pública. “Lindinho”, como é conhecido na praia de Ipanema, no posto 9, trocou o seu currículo de “cara-pintada” por uma ficha corrida de processo na Justiça.

Lindberg, um estudante de média classificação, ganhou fama e a admiração do público quando esteve à frente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Lindberg liderou os estudantes em 92 à frente do Movimento Fora Collor a favor do impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. Chegou a reunir, com outros líderes, 400 mil estudantes no Vale do Anhangabaú, em São Paulo em agosto de 92, ao som do hino escolhido pela “galera” O Tempo Não Pára, de Cazuza, num revival do movimento estudantil de 68, que estava em pauta na minisérie Anos Dourados, da TV Globo, em 92. Lind chegou a colocar uma faixa na passeata, aproveitando-se do marketing da TV, “Anos Dourados – próximo capítulo”.

Entretanto o Movimento Estudantil de 92 ficou longe de ser o que foi o de 68. O de 68 tinha um forte engajamento político, o liderado por Lindberg era imediatista, sinais do tempo. O objetivo era tirar o Presidente Collor do poder e pronto! Pronto nada! Lindberg queria seguir carreira política e a fama instantânea exemplo da dos BBBs que seguiriam logo adiante, era o número exato para sua candidatura. Por outro lado, esta mesma fama o prejudicou. A exemplo das celebridades instantâneas um poder ilusório foi colocado em suas mãos, levando-o de encontro aos padrões salutares da sociedade. Lindberg no seu primeiro mandato de deputado na Câmara Federal era “lido” pelos colegas como um jovem deslumbrado pelo poder, que mergulhou no caminho dos vícios químicos. Lindberg não tinha limites e sua ausência era notada no parlamento.

Tudo isso fez o rapaz refletir e mudar de vida. Candidatou-se à Prefeitura de Nova Iguaçu, cidade carente, da Baixada Fluminense, com vários problemas de saneamento e uma população de 500 mil eleitores. Lindberg traçou um projeto elaborado pelo PT de São Paulo, onde dava oportunidade para estudantes ocupar o tempo integral, inclusive com alimentos doados pela Prefeitura. O jovem líder “cara pintada” colocou em prática projetos na área ambiental trazendo benefícios para a cidade. Só que acontecia nos bastidores a praga da corrupção. Essa Lindberg não só não impediu que acontecesse como também entrou no esquema de um grupo que desviava recursos dos cofres públicos.

Hoje, Lindberg disputa uma vaga no Senado Federal com um currículo bastante questionável na Justiça. São centenas de processos tramitando no Rio de Janeiro e alguns deles no âmbito Federal, tais como improbidade administrativa e apropriação indevida que lesaram os cofres municipais.

Lindberg tem boas intenções, mas normalmente é cercado por pessoas que tiram proveito de cargos em benefício próprio. Um dos processos que corre na Justiça tem em seu conteúdo uma fita de vídeo que mostra o secretário responsável pelas licitações da Prefeitura de Nova Iguaçu, fazendo queixas de Lindberg e comentando de suas irresponsabilidades na gestão de prefeito. O secretário na época era Jaime Orlando, ex-presidente da Comissão de Licitação.

A revista IstoÉ denunciou em matéria “Os esquemas do ex-líder estudantil”, da edição 2010, de 14 de maio de 2008, de minha autoria, que Lindberg usou seus contatos no judiciário, gerou um processo de mais de mil páginas com gravações e depoimentos que poderiam levá-lo à cadeia. Os processos de Lindberg tramitam lentamente. Um deles mostra uma fita de vídeo com acusações da má-gestão de Lindberg junto à Prefeitura de Nova Iguaçu com empréstimos de dinheiro a fornecedores.

O vídeo foi feito na casa de um empresário que bancou Lindberg na campanha que o conduziu à Prefeitura de Nova Iguaçu. A gravação faz parte de um dos processos com mais de duas mil páginas, onde Lindberg responde por várias modalidades de corrupção, desvio de dinheiro, má-gestão de verba municipal e outros crimes financeiros.

Lindberg volta e meia tem recaídas do tempo em que era líder dos “caras-pintadas”. Fotografias mostram Lindberg na cobertura de um empresário carioca, após uma “bad trip” (viagem ruim). Observa-se que Lindberg machucou rosto e cotovelo. Foi encontrado exatamente como aparece na foto pela empregada do empresário carioca e amigo numa tarde de terça-feira, quando deveria estar despachando na Prefeitura de Nova Iguaçu. Assista ao vídeo e veja as fotografias do então Prefeito Lindberg Farias. Como denunciou a revista IstoÉ, vídeos e documentos no processo movido pelo procurador do Rio de Janeiro, Marfan Vieira, comprovam a catastrófica gestão de Lindberg. Leia também na íntegra a matéria publicada na revista IstoÉ em 2008.

Fitas de vídeo e gravações com ex-assessores revelam como o ex-presidente da UNE Lindberg Farias se envolveu com uma série de fraudes e casos de propina depois que virou prefeito

           

Renato Velasco/Agência ISTOÉ

Nascido em 8 de dezembro de 1969, quase um ano depois que o AI-5 mergulhou o País nas trevas da repressão política, o paraibano Luís Lindberg Farias Filho se tornaria nacionalmente conhecido como um dos mais importantes líderes estudantis da geração surgida com a redemocratização.

Em 1992, como presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lindberg liderou o renascimento do movimento estudantil ao colocar nas ruas os chamados “caras-pintadas”, que pediam o impeachment, por corrupção, do então presidente Fernando Collor de Mello - ele acabaria renunciando em dezembro daquele ano.

Enrolado na bandeira da ética na política, Lindberg elegeu-se deputado federal pelo PCdoB em 1994. Recebeu nota dez do Diap e bandeou-se para a extrema-esquerda, no PSTU - o que lhe custou a reeleição em 1998. Entrou para o PT e voltou à Câmara em 2002, na esteira da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Dois anos depois, elegeu-se prefeito de Nova Iguaçu (RJ) - cidade que tem o quarto orçamento do Estado do Rio de Janeiro - com o apoio entusiasmado do presidente Lula e da cúpula do PT. Agora, em plena campanha pela reeleição, Lindberg Farias está enfrentando graves denúncias de corrupção feitas pela ex-secretária de recursos humanos Lídia Cristina Esteves, que o acusa de montar um esquema na prefeitura para se manter no poder.

Além disso, várias ações suspeitas de seu governo estão sendo investigadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) do Rio de Janeiro, pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). ISTOÉ obteve com exclusividade fitas gravadas em que assessores e ex-assessores acusam o prefeito de montar um esquema que beneficia empresas que financiaram sua campanha política, paga propinas a funcionários, dá cargos e dinheiro a vereadores em troca de apoio político e conduz licitações viciadas. Um deles, Jaime Orlando, ex-presidente da Comissão de Licitação, diz que Lindberg “trata as coisas e depois eu é que tenho que me virar para atender”.

Um dos casos mais graves ocorreu na área de educação. Há alguns meses, a Secretaria de Educação de Nova Iguaçu foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por causa de uma licitação superfaturada para compra de merenda escolar em 2006. Esta denúncia provocou o afastamento da secretária de Educação, a vereadora Marli de Freitas, e do presidente da Comissão de Licitação da prefeitura, Jaime Orlando. Por conta disso, o MPE determinou o bloqueio das contas e a indisponibilidade dos bens de Marli e de Orlando. Também na área de educação ocorreu outro caso polêmico, a contratação do Instituto Paulo Freire para elaborar o arcabouço pedagógico do Programa Bairro-Escola, carro-chefe do prefeito na área de educação. A responsável pelo programa era a mulher do prefeito, Maria Antônia Goulart. A ex-secretária de recursos humanos da prefeitura Lídia Cristina Esteves diz que havia desvio de dinheiro do programa para o prefeito e sua mulher. O convênio da ONG com a prefeitura custa aos cofres municipais R$ 800 mil por ano.

O MP também investiga irregularidades na Secretaria de Saúde do município. Na campanha de 2004, o empresário João Moroni, proprietário da Gráfica Lastro, situada no bairro de São Cristóvão, apresentou-se a dois dos principais assessores de Lindberg, Antonio Neiva Moreira, coordenador da campanha, e Francisco José de Souza, o “Chico Paraíba”, que depois ocuparia o cargo de secretário da Fazenda do município, oferecendo-se para ajudar na campanha em troca de serviços futuros no governo. Moroni já havia colaborado em outras campanhas do PT. Em 2005, no primeiro ano de governo, a Gráfica Lastro ganhou a licitação para fornecer material para a Secretaria de Saúde, um contrato no valor de R$ 1,8 milhão. No início de 2006, Chico Paraíba - já secretário da Fazenda - e Neiva Moreira solicitaram a Moroni ajuda para a campanha de Vladimir Palmeira, candidato petista ao governo do Estado. Em contrapartida, segundo a denúncia, houve um aditamento de 100% no valor do contrato da Lastro. O material da Secretaria de Saúde, contudo, nunca foi entregue. Uma CPI foi aberta na Câmara dos Vereadores, mas não deu em nada - Lindberg controla 16 dos 20 vereadores de Nova Iguaçu.

Ainda na Secretaria de Saúde, três cooperativas que contratam pessoal nessa área financiaram a campanha de Lindberg: a Total, a Captar-Cooper e a Multiprof. A Total Saúde pertence aos irmãos Walter e Wagner Pellegrino, que começaram a atuar na administração do governador Marcelo Alencar (1995-1999). Há pouco tempo, ela ganhou a licitação para administrar o Hospital de Acari, da Prefeitura do Rio de Janeiro, e tem em suas mãos todos os postos de saúde do Rio e o Hospital de Posse. A Total está sendo investigada pelo MPT por suspeita de colaborar em campanhas eleitorais e posteriormente prestar serviços a prefeituras. Já a cooperativa Captar-Cooper, que também ajudou na campanha eleitoral de 2004, entrou em janeiro último com um termo aditivo ao contrato no valor de R$ 43.415.281,20, contrariando parecer do MPT. Na segunda-feira 5, o MPT requereu a intervenção em Nova Iguaçu por causa de nãocumprimento de decisão judicial que impede a contratação de trabalhadores por meio de cooperativas. Documentos do MPT mostram que a Captar-Cooper fornece cerca de mil trabalhadores “cooperados”. “A contratação de trabalhadores por intermédio de cooperativas, além de prejudicar os contratados, que têm vários de seus direitos sonegados, constitui fraude ao princípio do concurso público”, diz o procurador do Trabalho Carlos Augusto Sampaio Solar. A Multiprof apenas colaborou com a campanha.

O círculo de poder em torno de Lindberg está sob suspeita de montar um esquema gigantesco de corrupção. O primeiro nome desse círculo é o de Chico Paraíba, médico radicado no Rio de Janeiro, amigo e sócio do prefeito em vários empreendimentos empresariais. Ele foi tesoureiro da campanha e virou secretário da Fazenda do município. Todas as contas e liberações de verbas da prefeitura passavam por Chico Paraíba. Ele acumulou o cargo de secretário da Fazenda com a presidência do Instituto de Previdência de Nova Iguaçu (Previni). Outro assessor muito próximo do prefeito é Jaime Orlando, velho amigo de Lindberg dos tempos do movimento estudantil da PUC-RJ. Na época, ele chegou a dividir o apartamento com o prefeito. Como presidente da Comissão de Licitação de Nova Iguaçu, centralizou todas as compras do município, mesmo em áreas que desfrutavam de autonomia, como a Secretaria da Saúde. Um processo no MP que identificou um desvio de R$ 600 mil para a empresa de comunicação Supernova Mídia obrigou-o a se afastar do cargo. Outro colaborador de Lindberg é Fausto Severo Trindade. Ex-assessor do ministro Guido Mantega, quando este ocupava a Pasta do Planejamento, ele virou uma espécie de curinga da administração de Nova Iguaçu. Na assessoria especial, com status de secretário, ele teria sido o responsável pela montagem de um “mensalinho” na Câmara Municipal de Nova Iguaçu, segundo denúncia de Lídia Cristina Esteves. Através desse esquema, por meio de cargos e favores, ficou garantido o apoio político à administração. Evitou-se que várias CPIs fossem adiante. Depois, como secretário de Administração, Trindade ficou responsável pela movimentação da folha de pagamento da prefeitura, subordinado à Comissão de Licitações. Trindade deixou a prefeitura com a expectativa de ganhar a Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia. Completava o grupo a paulista Estela Aranha, ex-secretária de Controle, ligada a Trindade.

A ex-secretária de recursos humanos da prefeitura Lídia Cristina Esteves foi contratada para montar toda a estrutura de pessoal camuflando os cargos oferecidos aos vereadores - centenas, segundo ela. Cada vereador envolvido tinha cerca de 100 cargos à disposição - muitos deles são fantasmas, mas todos os nomes listados retiravam pagamentos mensalmente no banco.

Segundo Lídia, a folha de pagamento da prefeitura era rodada em João Pessoa, capital da Paraíba, por uma empresa ligada a Chico Paraíba e ao irmão do prefeito, Frederico Farias. Essa empresa foi contratada por R$ 1,2 milhão através de uma fundação, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco (Fade). Seria uma alternativa para burlar o processo licitatório convencional.

O prefeito Lindberg Farias responde a duas ações civis por improbidade administrativa na Justiça fluminense proposta pelo MP do Rio de Janeiro. Uma delas refere-se à contratação de uma militante do PT de Belém, Valéria da Cunha Santos,  para um cargo inexistente na estrutura da prefeitura. A outra se refere à contratação da Muripi Comunicação Integrada, cujo nome anterior era Supernova Mídia Comunicação, com sede em São Paulo. Esta empresa fez o projeto de marketing da campanha de Lindberg à prefeitura e foi contratada, em 2005, para prestação de serviços por seis meses, por R$ 598.460. Para o MP, houve irregularidade na licitação. Outra empresa havia proposto fazer o mesmo trabalho por menor preço. Nesta ação, a Justiça determinou o seqüestro dos bens de Lindberg e da empresa. Existem ainda oito investigações, civis e criminais, no âmbito da Procuradoria Geral da Justiça do Rio. Algumas foram iniciadas há quase três anos.

O procurador-geral da Justiça do Rio, Marfan Martins Vieira, não quis falar à ISTOÉ sobre a possibilidade de que a lentidão das investigações resulte numa espécie de proteção a Lindberg. Ele disse, através de sua assessoria de comunicação, que estava muito ocupado.

Lídia Cristina Esteves revela o que sabia sobre o esquema do governo Lindberg

Lídia Cristina Esteves ocupou o cargo de secretária de recursos humanos no início do governo Lindberg, montando toda a estrutura de cargos e salários. Ela foi obrigada a permitir que toda a folha de pessoal da prefeitura fosse rodada na Paraíba, sob o comando de Frederico Farias, irmão de Lindberg. Lídia diz que, ao perceber a facilidade com que nomes eram colocados na folha de pagamentos da prefeitura, resolveu colocar três de sua escolha. Flagrada por um colega, foi exonerada pelo secretário de Governo, Fausto Severo Trindade, que prometeu continuar honrando seu salário, mas não o fez. Em uma gravação obtida por ISTOÉ, ela faz revelações sobre o funcionamento desse esquema.

- Toda essa alteração tem a minha assinatura e a do Fausto... Limpar isso é impossível, sabe por quê? Sabe qual é o grande erro de lá? É o excesso de cargos, uns 400 cargos. Isso é impossível de limpar de um dia para o outro. Não tem como limpar porque é retroativo, de agosto do ano passado. Agosto do ano passado é um tempão! Tem a parte toda de estagiário que está totalmente ilegal.

- Eu devo tipo 800 pratas. Porque, com minha mãe doente, eu tenho muito custo e eu tive que fazer empréstimos. Tenho três empréstimos.

- O Fausto chega na minha sala e diz: “O que você está fazendo?” Aí eu falei: Porra, eu tô cruzando cooperativas (verificando o número de funcionários das cooperativas. Muitos são fantasmas). “Pára com isso! Pára com isso agora. Porque isso não interessa! Aqui quem te dá as prioridades sou eu”. Tem gente com três, quatro empregos. Tem uma médica que ganha de três lugares. Eu não sei o nome, não. Mas tenho nome pra

- Dois mil e porrada (funcionários municipais). Quando a gente entrou lá, tinha mil. São pessoas dos vereadores.

- Ele (Fausto) pegou o dinheiro para a Maria Antônia (mulher de Lindberg). Eu falei: Olha, Fausto, cuidado. Tem três processos que são de arrepiar. O primeiro, o da Fundação...aquela fundação de São Paulo, o Instituto Paulo Freire. R$ 440 mil para fazer a estrutura da educação e quem fez tudo fui eu.

- Que nada, eu não roubei, eu botei três pessoas nomeadas na minha conta e acho que eu tenho esse direito, tem gente com 60. Tem a Neide, tem mais de 20 num gabinete.

- Foi muito estranho, foi o seguinte: eu tenho o Banco do Brasil, eu tenho a Caixa Econômica. A palhaça aqui paga a Caixa, manda o arquivo inteiro para a Caixa, faz os testes todos da Caixa e a folha de pagamento minha sabe onde é que é paga? Na Paraíba. A Caixa é aqui. E aqui, não é João Pessoa. A folha é da Fundação de Amparo à Pesquisa da Cidade de João Pessoa. Um contrato de R$ 1,2 milhão. Você compra uma folha aí, qualquer titica por 40 pratas, não compra? E a folha fica em João Pessoa, olha, a lista fica em João Pessoa. O destino dela é João Pessoa. Na conta do Chico, quando eu cheguei lá estavam 600 (cargos).

- A aposentadoria do pai do vereador Marcos Fernandes é 50 0 paus e ele está levando seis mil. Eu tirei de todo mundo. Na hora de tirar do pai do Marcos Fernandes não deixaram. Aí nomearam o pai dele, ele, a mulher, a filha, todo mundo. Passou de seis mil, passou para 60 mil.

 - Acho o Jaime (Orlando) uma pessoa legal, mas ele está no bolo, né. Tô preocupada com ele, não vai durar muito.

- Bandidagem, eles chamam. Sabe como Neiva (secretário de Articulação Política) trata aquilo: é quadrilha. Trata-se de quadrilha. Na cooperativa eu sei que o Chico passa o dinheiro para o Fausto.

- Eu tenho medo, muito medo, desde o ano passado. Eu falei: cara, eu tô sem dormir. Eu durmo, eu durmo com os seus mapas (de cargos) embaixo do meu travesseiro.

Os principais personagens do caso Lindberg foram filmados contando dinheiro e revelando tramas comprometedoras

Numa tarde no final do mês de março, Jaime Orlando, assessor do prefeito Lindberg Farias, se encontra com um personagem não identificado. Ele carrega uma mochila preta às costas, traja calça jeans, camiseta com uma estampa no peito na qual se lê Life Guard (salva-vidas, em inglês) e porta R$ 150 mil guardados na mochila. Em seguida, Jaime usa uma máquina de contar cédulas e faz comentários sobre a administração e o comportamento de Lindberg.

- O Lindberg tem essa mania. Trata as coisas e depois eu é que tenho de me virar para atender. Tive que conseguir em uma empresa esse dinheiro porque fui o avalista desta história.

- Estou chateado com essa história do Renato (Colocci, secretário particular do Lindberg), me fez correr atrás, desesperado, de R$ 60 mil, no mesmo dia, dizendo que era para o Marfan ( procurador-chefe do MP do Rio de Janeiro). Eu me preocupo porque o meu processo está lá. Se eu deixar, o Lindberg não acompanha. Ele me disse que está tudo sob controle.

- Quando os caras (donos de empresas que prestam serviços ao município de Nova Iguaçu) estão com suas faturas em atraso, eles vêm em cima de mim, porque eles cumprem todo mês a parte deles.

- O Lindberg trata as coisas e as pessoas ficam o tempo todo me cobrando.

Elza Helena Barbosa era secretária de Francisco José de Souza, o Chico Paraíba, secretário de Fazenda e tesoureiro da campanha. Ela procurou um amigo que gravou a conversa em que ela revela o desvio de verbas da prefeitura para um esquema pessoal do seu chefe com o irmão de Lindberg.

- Daquela última fatura de R$ 4 milhões, 30% ficou com o Chicão (empresário e prestador de serviço da prefeitura, do setor de saneamento).

- Chico (Paraíba) mandava fazer os depósitos para o Fred (Frederico Farias, irmão de Lindberg), usando uma construtora, uma tal de construtora Flamboyant, lá na Paraíba. Foram vários depósitos, inclusive tenho guardados comigo todos os documentos.

- É um absurdo o Hospital da Posse daquele jeito e eles metendo a mão no dinheiro que é para a saúde, para a merenda. Se a polícia me chamar, eu conto tudo, tenho tudo documentado.

- Eu tenho comprovante de depósito, tenho quais foram as contas que eu mandei. Ele (Chico) agora está namorando a minha irmã. Pega um avião aqui e vai com minha irmã só para passar uma noite em São Paulo. O Chico está investindo em imóveis lá em São Paulo, comprou um flat tudo com dinheiro daqui. Se eu quisesse me beneficiar desse esquema sujo, para mim era fácil, mas acho uma sacanagem. Dinheiro da saúde, da educação é sacanagem.

 

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De cara pintada a cara-de-pau

Por: Reinaldo Azevedo  29/08/2011 às 5:35

Vejam estas duas fotos:

Descrição: lindbergh-cara-pintada

Descrição: lindbergh-cara-de-pau

Aquela pergunta de Juan Arias, correspondente do El País no Brasil, ainda está muito viva na memória de muitos: “Por que os brasileiros não se indignam” com a sujeirada? Como sabem, articulei uma resposta num longo post, que recebeu, em dois dias, quase 1.100 comentários. Entre as muitas razões que explicam, segundo entendo, o comportamento cordato, passivo, até mesmo caroável, do brasileiro com a corrupção está o fato de que o PT e seus aliados de esquerda privatizaram a sociedade civil: são donos dos sindicatos, das centrais sindicais, dos movimentos sociais, das entidades da sociedade civil, de tudo. Ao contrário: hoje, o que se vê no Brasil são os “protestos a favor”, o que é coisa típica de governos totalitários de esquerda,  sejam fascistas ou socialistas.

Muito bem! No alto, vocês vêem o jovem Lindbergh Faria, então aos 23 anos, presidente da UNE, com a cara pintada, pedindo o impeachment de Collor. Era, então, militante do PC do B. Causava furor nas jovens militantes com o seu stalinismo babyface… Eu queria a queda de Collor e, à época, escrevi um artigo pedindo eleições diretas também na UNE. Fui malvisto, claro! Havia algo de “pseudo” naquele rapazinho. Mas poucos resistem a um rostinho bonito, bem-falante e “progressista”. Tornou-se o “enfant gâté” do impeachment e, dali, saltou para a política.

Quem o viu operando como prefeito em Nova Iguaçu, já no PT, garante que ele não tem do que se envergonhar em ter hoje Fernando Collor como companheiro na base de apoio ao governo. Nunca Nova Iguaçu se pareceu tanto com as Alagoas do outro…
Pois bem. O mocinho da cara pintada virou aquela triste figura que se vê na segunda foto — no canto inferior, à direita. Em companhia de Walter Pinheiro (PT-BA) e Delcídio Amaral (PT-MS), Lindbergh foi fazer a sua genuflexão a José Dirceu, em seu cafofo secreto. De volta ao Senado, cumpriu a pauta lá combinada. É claro que, aos 42 anos, ele não tinha de continuar necessariamente fiel às idéias que tinha aos 23. O normal é que se aprenda muita coisa nesse tempo. Não sei se Lindbergh não só deixou de aprender como esqueceu outras tantas ou se, como direi?, lembrou-se de ser fiel às suas origens comunistas e, por isso mesmo, fez-se conviva do gabinete clandestino de um conspirador.

De todo modo, as duas imagens funcionam como um emblema da rendição dos chamados movimentos sociais a um partido político. A UNE, que ressurgiu com a redemocratização, morreu em 2003. O Lindbergh flagrado no corredor do cafofo de Dirceu é uma evidência do renascimento da entidade e de sua morte.

 

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Vídeo desmascara hipocrisia de Lindbergh Farias, do PT, sobre ... & 9654; 5:14

https://www.youtube.com/watch?v=Oo5KaaVJsHA

 

23 de jun de 2015 - Vídeo enviado por Ficha Social Canal

Vídeo desmascara hipocrisia de Lindbergh Farias, do PT, sobre impeachment de .... Isso e mais um

 

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Lindbergh Farias: o estudante que enganou muita gente!

Por admin

25/07/2015

Começo dos anos 90. O presidente da época está em vias de perder o cargo por causa de um pedido de impeachment. Um lider estudantil da UNE começa a criar fama nacional. O presidente perde seu mandato. O lider estudantil consegue seu intento e alcança a fama desejada. Com uma retórica convincente, consegue reunir muitos admiradores.

Ele foi um dos lideres dos famosos “caras-pintadas”, um movimento estudantil que sacudiu politicamente o país no começo dos anos 90, pedindo a saída do “caçador de marajás” da época.

A mídia tendenciosa até hoje atribui a esse movimento à saída de Collor. Patético engano.

Pra quem tem mais de 35 anos, essa sequência continua fresquinha na lembrança.

O presidente em questão era Fernando Collor de Melo. O lider estudantil era… Lindbergh Farias.

Descrição: lindberg farias, cara pintada

                      Nos anos 90, apenas um cara pintada…

Um detalhe interessante: apesar de ser um líder estudantil, Lindbergh Farias não chegou a se formar. Tentou medicina e direito (matérias muito semelhantes), mas não conseguiu ir até o fim. Por que?

Como foi dito no começo, a intenção do cidadão era ter fama com a situação politica complicada do país na época e ele conseguiu. Após o fim da liderança estudantil, ele conseguiu se eleger deputado federal por 2 mandatos consecutivos.

Após isso, foi eleito e reeleito prefeito de Nova Iguaçu (RJ) e é atualmente senador da República pelo PT.

À saber, seu começo politico foi no PC do B, partido que seu avo fazia parte, depois foi para o PSTU antes de se firmar (será?) no PT. Apenas coincidência que todos seus partidos são de esquerda? E tem uma quedinha pelo socialismo/comunismo?

Tentou, mas não conseguiu, se eleger para governador do RJ. O povo carioca é inteligente e preferiu reeleger o competentíssimo Luiz Fernando Pezão. Parabéns, cariocas!!!!

A vida politica de Lindbergh Farias é bem recheada. Mas o recheio não é agradável. Pelo menos para os seus eleitores. Seu nome está sempre envolvido em algumas “cagadas” do PT. Será que fazer “cagadas” é algo que está nas entranhas de quem se filia ao partido ou é algo patológico do próprio partido?

Seu nome aparece entre os envolvidos da operação Lava Jato, como você pode conferir aqui aqui.

Nesse link você pode conferir uma matéria do jornalista Lauro Jardim (Veja) sobre um jantar onde estiveram presentes os outrora “inimigos” Collor e Lindberg, além de José Sarney, Renan Calheiros (que cedeu o espaço para essa conversa frutífera) e Romero Jucá. Olha, só gente boa, de garbo. Nesse jantar decidiram entre eles que o governo Dilma não passa de setembro do ano corrente. O que eles sabem que o povo não sabe?

Pois é, quem diria que passados mais de 20 anos, estariam no mesmo espaço e conversando como velhos amigos, os ultrapassados Lindbergh e Collor hein? Só a politica brasileira pode propiciar momentos tão constrangedores.

Lindbergh conseguiu o que queria. Foi o estudante que enganou muita, mas muita gente…

Mais um detalhe curioso: ele foi um dos mais ativos na questão do impeachment de Collor e hoje acusa de golpistas aqueles que querem o impeachment de Dilma.

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Senador Lindbergh condenado por improbidade

A 10ª. Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio deu provimento à apelação do Ministério Público e condenou por unanimidade o atual senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por improbidade administrativa quando era prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele alegou “emergência” para manter, sem licitação, os serviços de empresa de manutenção elétrica. Além da suspensão de direitos políticos por cinco anos, o senador terá que pagar R$ 200 mil de multa.

http://www.claudiohumberto.com.br/principal/

 

Sen. LiNDBERGH FARIAS do PT, Ex-UNE , CONDENADO por Corrupção.

Parece que COLLOR rogou praga para esse ex-cara pintada que participou do Movimento para o Impeachment dele.

Mas pensando bem, esse cara pintada só fez firula para ficar conhecido, enganar milhões de Brasileiros, se eleger e eleger LULA. Tanto é verdade que esse corrupto do PT, hoje vive abraçado com Collor, não colocou a UNE para ajudar nas reinvindicações dos Professores e Universitários que ficaram sózinhos em greve por 4 meses, nunca saiu para protestar contra a corrupção do Governo do PT, conseguiu uma indenização milionária para a UNE reformar sua sede, fazendo esse dinheiro desaparecer e a sede continuar a mesma coisa, tem um monte de acusações de roubalheiras na Cidade de Nova Iguaçú - RJ, onde foi eleito prefeito. 

Eu até já tinha denunciado o cara AQUI e AQUI, quando ele deixou de ser Cara Pintada para ser Cara-de-pau.

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12 de maio de 2016 by Flavio Morgenstern

LINDBERGH FARIAS DEFENDE DITADURA AO VOTAR CONTRA IMPEACHMENT

Descrição: lindbergh-farias

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), notável como uma das lideranças dos caras-pintadas que fizeram o impeachment de Collor como presidente da UNE, fez declarações de corar o mais ferrenho crítico da “defesa de ditaduras” ao se declarar votos no caso do impeachment.

Em seu voto, o Lindbergh, outrora conhecido como “Lindinho”, citou ex-presidentes do STF, a sessão que anulou o mandato de Joâo Goulart e enalteceu Getúlio Vargas, o ditador do Estado Novo que, sozinho, provocou muito mais mortes do que todos os anos da ditadura militar brasileira.

O Estado Novo tinha faceta anti-comunista, o que, supostamente, deveria ser criticado pela esquerda brasileira. É um vezo da esquerda não se assumir comunista, mas não aceitar a crítica ao comunismo, considerando-o inócuo e seus adversários fanáticos.

Todavia, o mesmo Estado Novo, inspirado no fascismo, deu as bases do populismo brasileiro, com suas leis trabalhistas ridiculamente semelhantes à Carta del Lavoro de Benito Mussolini. O modelo fascista, conhecido como corporativismo, deu as bases para o sindicalismo latino-americano,como o do PT com suas greves e interesses “de classe” nos anos 80 e 90.

É o modelo de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, ditadores que pregam o “socialismo do séc. XXI”, mais parecido com o fascismo do que com o socialismo do século passado. O fascismo são os “direitos trabalhistas” que o PT ameaça que os brasileiros não terão após sua saída do poder.

Segundo Lindbergh Farias, Getúlio Vargas foi “absolvido” pela história, o que ele tem certeza de que acontecerá igualmente com Dilma Rousseff. Getúlio foi acusado de diversos assassinatos, das torturas e sevícias brutalíssimas do Estado Novo, que foram muito mais sangrentas do que as da ditadura militar de 1964 (Graciliano Ramos conheceu um lado “light” da ditadura getulista).

É uma aposta arriscada, mas certamente há um risco de se tornar profética: apesar de o brasileiro estar se interessando em explicações políticas diversas daquela repetida pela cartilha educacional do MEC, completamente baseada em Estado gestor, elogios disfarçados ao totalitarismo socialista e historiografia reduzida à ideologia.

Descrição: lindbergh-farias-collor

Lindbergh Farias também afirmou que o que fazem com Dilma Rousseff é “criminalizar políticas anticíclicas”, afirmando que as pedaladas fiscais (uso de dinheiro de clientes de bancos para pagar gastos exorbitantes do governo sem vislumbre de retorno) são o mesmo que o keynesiano que gerou a esquerda pós-socialista do Estado de Bem-Estar Social (justamente, o causador da crise). Fora a corrupção em maquiar contas públicas para ganhar eleições, há quase uma verdade ali. Nenhuma propaganda contra o Estado-Babá pode ser mais eficiente.

O Estado-Babá foi uma criação de Otto von Bismarck, grande general responsável pela unificação alemã e talvez a principal influência de Adolf Hitler, que pregava o Estado-Babá total, controlado através de sindicatos amalgamados no Estado para controlar a economia, a propriedade privada, o mercado e até a vida privada na Alemanha nazista.

Sabendo-se disso, chega a ser engraçado ver os estrilos de Lindbergh contra o que chama de “fascismo”.

FASCISMO, SOCIALISMO E DEMOCRACIA

Um ponto mais desabrido do discurso de Lindbergh Farias foi sua fala sobre “democratização da mídia”. A palavra democracia, já usada esvaziada de significado e referenciais filosóficos canônicos como substantivo, adquire um sentido único como verbo: controle pelo Estado. Não é possível haver mais liberdade com a “democratização” da mídia. Não haverá uma diminuição do controle, mas uma concentração no Estado. É difícil crer que a mentalidade petista de Lindbergh, associada aos seus encômios acima elencados, permitisse, por exemplo, notícias contrárias ao PT, como as pedaladas e o sigilo colocado nos gastos da presidente e do investimento do PT em ditaduras, como Cuba e Angola.

Houve a típica carrada de clichês que só funcionam para a liderança, como falar que é um golpe (desejado por 66% dos brasileiros, que rejeitam Dilma em 90%) ou que se trata de uma elite que não agüenta ver a empregada enriquecendo (como se o problema do PT fosse a sua hiper eficiência, e não ter colocado 11 milhões de pessoas na fila do desemprego).

Sobrou falar de Aécio Neves, aquele que poderia ser um líder contra o PT, mas que não aceitou o chamado de seus próprios eleitores para se tornar uma voz de peso contrária ao bolivarianismo, preferindo uma reserva e uma aparição repentina de última hora. Neste sentido, quando Lindbergh diz que o maior derrotado desse impeachment é o PSDB, encerra uma verdade inquestionável: o maior partido de oposição do país nem um nome forte para concorrer à presidência em 2018 possui.

Um pouco contraditório, portanto, com o seu típico discurso paranóico de encontrar “neoliberalismo” por todo lado, sobretudo vindo logo do Partido da Social Democracia Brasileira. Até citou en passant os Chicago Boys de Milton Friedman, que fizeram o modelo econômico do Chile. O Chile não passa por crise econômica.

A crença de Friedman, de que a liberdade econômica facilitaria a derrocada da brutal ditadura de Pinochet, acabou se mostrando razoavelmente válida: Pinochet se afastou do poder assim que deixou de ser eleito. Acabou provando que há ditadores que se mantêm pelo voto. Pinochet, por muito pouco, quase matou José Serra, casado com uma chilena, na saída de um estádio.

Faltou alguma tese mais coerente. Por exemplo, culpar a CIA pelo impeachment. Ou, talvez, ETs.

ASCENSÃO E QUEDA DO PT DE LINDBERGH

O carisma que mantinha tais historietas funcionando sem nenhuma coerência se foi. A crença na dominação fascista pelo Estado para contar a História aos jovens e fazê-los crer na narrativa de “golpe” justamente usando o monopólio da força pelo Estado pode, ainda, ser uma aposta certa.

O trecho mais revelador, entretanto, é uma sutileza dificilmente percebida por jornalistas e pessoas pouco treinadas. Lindbergh Farias soltou que o futuro dos “golpistas” é “a lata do lixo da História”. Não foi mera expressão: no meio do dia, Lindbergh já havia postado uma imagem de Michel Temer em seu Facebook com a mesma frase. Apesar de famosa, a frase não costuma ser identificada por jornalistas.

Trata-se de bordão cunhado por Leon Trotsky, o comunista russo vice-líder da Revolução Russa, logo abaixo do tirano Vladmir Lenin. Trotsky mandou matar muito mais pessoas do que o próprio Stalin na Batalha de Potemkin, quando marinheiros se rebelaram contra as condições terríveis em que os revolucionários de esquerda os colocaram.

Enaltecer Trotsky seguidamente não vale críticas da parte daqueles que tanto espezinharam Jair Bolsonaro por dedicar seu voto ao Coronel Brilhante Ustra, cuja única acusação de “tortura” vem das mesmas pessoas que pregam comunismo, dizem que Dilma é honesta e que reconheceu sua voz e por isso ganha indenizações milionárias?

 

Trotsky foi um dos arquitetos da Revolução que matou mais de 60 milhões na Rússia, e queria espalhar com mais rapidez o socialismo para outros países. O genocídio em suas mãos teria sido muito maior e mais rápido. As mortes contabilizadas em suas próprias mãos são assomam mais do que todos os anos de ditadura militar no Brasil.

Como mostrou Edmund Wilson, na maior história das idéias socialistas, o livroRumo à Estação Finlândia, se John Jay Chapman disse que Browning usava Deus em sua obra como substantivo, verbo, adjetivo, advérbio, interjeição e preposição, o mesmo é verdade quanto ao poder e dever da “História” de Trotsky. Era um rapaz que daria a vida pela União Soviética – desde que tivesse uma boa platéia.

Foi Trotsky que inventou uma historiografia em que tudo recai no marxismo, e em que o ensino de uma história reduzida a uma “luta de classes” seria a base da revolução. O discurso de “Eu estudei História!” seguido de afirmações doestas sobre “elite” e “classe média” não é, senão, trotskysmo.

Depois da quizomba pública que foi parar no New York Times sobre o voto de Jair Bolsonaro, ouviremos estrilos, choro e ranger de dentes sobre o curioso Lindbergh Farias lutando para manter uma presidente acusada de muito maior corrupção do que Collor?

Ou o jornalismo, mais uma vez, apenas “informará” a população sobre o que ela já acredita ser verdade, crendo que trotskystas contra a ditadura lutavam pela nossa democracia de 88, que tortura não ocorre no socialismo, que a defesa de poder gigantesco do Estado contra a população foi feita por Bolsonaro, sem nunca ver nada demais nas falas de socialistas? Teremos auê por meses e anos agora ou não enxergarão nada?

Lindbergh Farias terminou seu discurso chamando Michel Temer de impostor, garantindo que nunca o reconheceria como presidente (who cares?), na velha crença nominalista de que o nome causa a coisa no mundo. E arrancou aplausos ameaçando que não cansaria enquanto não colocasse o presidente “para fora”.

Não é golpe?

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                                                                              15/10/2015 às 19:28

Irmão de Lindberg Farias candidato na OAB-PB teria ‘lavado‘ R$ 10 milhões em Nova Iguaçu

O irmão de Lindberg Farias tem um histórico de enriquecimento no mínimo suspeito

Às vésperas da difícil eleição para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional paraibana (OAB-PB), A PALAVRA mostra, através de bombástico artigo da lavra do seu articulista Júnior Gurgel, que há um jogoespetacular de interesses nada republicanos por trás da candidatura do jovem milionário conselheiro federal da OAB no Estado, o advogado Carlos Frederico Nóbrega de Farias, irmão do senador petista pelo Rio de Janeiro – e paraibano – Lindberg Farias.

Frederico é também empresário do ramo da construção civil, dono do Grupo Vitrine, que atua em distintos segmentos do mercado e tem sede em João Pessoa, mas já está presente em Mossoró e Natal com atividades que vão da hotelaria a incorporação de condomínios de luxo e somente na carteira do setor imobiliário conta com mais de 600 clientes.

O grupo se orgulha ainda de ter inaugurado a primeira rede de McDonald‘s na Paraíba, além de ter promovido, através da Investimóvis, empreendimentos no sistema "built to suit" em João Pessoa, com a construção de espaços para a instalação de shoppings, supermercados e agências bancárias.

O irmão de Lindberg Farias tem um histórico de enriquecimento no mínimo suspeito, já que foi acusado quando o mano era prefeito de Nova Iguaçu de lavagem de dinheiro através de negócios imobiliários na Paraíba e no Rio Grande do Norte em operações envolvendo cifras estimadas em R$ 10 milhões, segundo Júnior Gurgel e registros da mídia nacional.

À ótica bem fundamentada do articulista, e diante do que narra, com certeza o túmulo do saudoso tribuno Antonio Vital do Rego no cemitério do Monte Santo, jurista que presidiu em tempos áureos a OAB paraibana, "rachou".

A "bomba" de Gurgel pode ser acessada a seguir, na íntegra:

PERDA DE RESPEITO DA OAB

A OAB, na defesa da ética, transparência e no combate diário aos maus costumes sociais do país, vinha sempre se imiscuindo nos assuntos pertinentes aos grandes temas nacionais, como a única e mais legitima reserva moral do povo e da cidadania brasileira.

Inequivocamente teve relevante importância nos períodos históricos, marcados pelo autoritarismo, como na ditadura Vargas e nos governos militares. Mas, após a redemocratização, claudicaram já inúmeras vezes, ao partidarizar a entidade em momentos cruciantes, onde estava em jogo o futuro das liberdades adquiridas através da Constituição Cidadã de 1988.

Apoiou abertamente e foram as ruas, lutar pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo, considerado há quatro anos por Sarney, como um "equivoco" do Congresso Nacional. Cassaram o mandato de um Presidente da República sem nenhum inquérito policial instaurado para apurar o crime. Só denuncias – sem provas matérias – que resultaram em mais de 350 processos no STF, onde o réu mesmo fora do poder foi inocentado em todos. Onde estava a ética da OAB nesta hora? Por que não arguiu ilegalidade na conduta do Congresso Nacional? Pelo contrário, concordou com um "linchamento" político.

A crise interpoderes que ora assola o país - com a resistência da Presidente Dilma Rousseff em querer permanecer no cargo sem apoio do povo e do Parlamento – atinge o Presidente da Câmara dos Deputados, que acuado pelas investigações do "petrolão" espalha terror entre seus pares e diz que não renuncia; Presidente do Senado, denunciado pela segunda vez por prática de corrupção ativa passiva e lavagem de dinheiro, desvia o foco da mídia e se faz de morto; TCU notifica crime do Poder Executivo na execução orçamentária, recomendando rejeição das contas do exercício financeiro de 2014 (ano eleitoral), onde gastaram dezenas de bilhões de reais, sem autorização legislativa, e ainda contraíram empréstimos junto aos Bancos Públicos, sem autorização do Congresso Nacional.

E a OAB? Por que até agora não se manifestou sobre o que está ocorrendo em Brasília? Cadê o "fora Dilma", coro entoado no passado pedindo a cabeça de Collor? "Fora Cunha"; "fora Renan" e todos os denunciados pelas delações premiadas... Tentando salvar a ética de sua profissão, só o "jurássico" Hélio Bicudo formulou um pedido de impeachment da Presidenta. A OAB não o seguiu. Seu silêncio nos leva a especular o pior... Mas, nada está encoberto, para que um dia não seja revelado... Aguardemos.

Todos os demais profissionais Liberais de outras categorias já se manifestaram: médicos, engenheiros; professores; centrais sindicais; entidades não governamentais... Só a OAB e a UNE permanecem caladas. A UNE, depois que o atual Senador (PT-RJ) Lindbergh Farias pintou sua cara, e conclamou a juventude para depor Collor, partidarizou definitivamente a entidade, hoje dividida entre PT e PC do B levando a cabo seu projeto de poder. Todas as Universidades Públicas do Brasil são controladas por estas duas legendas. Não tem um único Reitor do PSDB, PDT; PTB; PP; PR; DEM e outros mais trinta e dois "P" com registros no TSE.

Senador Lindbergh Farias – outro reincidente que figura na lista do "petrolão" - já foi acusado de desviar milhões de reais do erário, em sua gestão como prefeito de Nova Iguaçu (RJ). O processo e suas sentenças, ninguém sabe do teor nem paradeiro.

Coincidência ou não, seu irmão Carlos Frederico Farias – que figura no processo de Nova Iguaçu como lavador do dinheiro desviado (cerca de dez milhões de reais) lavados em empreendimentos imobiliários na Paraíba e Rio Grande do Norte - surge agora como candidato a Presidente da OAB seccional da Paraíba. Com certeza o túmulo do saudoso tribuno Vital do Rego no cemitério do Monte Santo (Campina Grande – PB) "rachou".

O projeto é meramente político, e a OAB-PB será usada para dar "visibilidade" ao advogado Carlos Frederico Farias, que disputará uma vaga para a Câmara dos Deputados em 2018. Na mira, a vaga do "caduco" Luiz Couto.

Fica difícil se levar a sério uma entidade que atropela o MEC e desqualifica os titularizados no curso de Direito, exigindo um exame extracurricular para exercer sua profissão. Estes, que mesmo tendo a sorte de serem aprovados nesta "avaliação", tem que apresentarem certidões negativas de crimes de qualquer ordem, e em quaisquer instâncias, sob pena de não receberem a famosa "carteira". A Ordem dos Advogados que pregou o voto direto para Presidência da República, paradoxalmente realiza suas eleições (para a OAB Nacional) de forma indireta. Para aumentar mais ainda suas contradições, fez uma campanha nacional em favor da lei da ficha limpa. Todavia, permite que um cidadão que responde processo por corrupção (em tese ficha suja) registre uma chapa, e concorra nas eleições de novembro próximo a Presidência da seccional da Paraíba.

Em casa de ferreiro, o espeto é de pau.  

Fonte: APALAVRA 

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UNE: UNIÃO NACIONAL DOS ESQUERDISTAS. OU: ONDE FOI PARAR A GRANA DA INDENIZAÇÃO?

3 de junho de 2015

UNE, um exemplo de independência do governo!

A União Nacional dos Esquerdistas, digo, dos Estudantes, fará seu 54º Congresso em Goiânia a partir de hoje, e espera que seja o maior já realizado pela entidade, com até 10 mil “estudantes”. A UNE, como se sabe, não representa de fato os estudantes há décadas, preferindo a proximidade com os partidos socialistas e, desde a chegada do PT ao poder, com o próprio governo. É a união dos “estudantes” que não estudam, pois preferem fazer arruaça, baderna ou “revolução”.

Mas, como todo filhote de Lenin, a UNE apela para o duplipensar orwelliano, e usa em seus discursos termos que, na prática, repudia. É o caso desse novo congresso, que fala em nome da democracia. Diz o site da UNE:

Em março de 2015, a UNE se juntou a outras entidades como o MST, a CUT e a CTB, promovendo uma série de manifestações em todo país para defender a democracia, a reforma política, além de protestar contra os interesses de privatização da Petrobras. O posicionamento da UNE acontece em um momento de ascensão do conservadorismo e de expressões golpistas a favor, inclusive, da volta da ditadura militar no país. 

Os estudantes temem, também, os retrocessos do Congresso Nacional em temas como a redução da maioridade penal e a reforma política antidemocrática – beneficiando o personalismo na política, a corrupção e a influência do poder econômico no sistema político brasileiro.

Risos. Democracia, para a UNE, é apoiar o MST e a CUT, ou seja, inspirar-se na Venezuela ou em Cuba! A pauta é clara: evitar a privatização da Petrobras, que nem está sendo discutida (e sim praticada, em parte, pelo próprio PT, que vende a preço de liquidação diversos ativos da estatal, que praticamente quebrou). Petrolão? O que é isso? Não esperem que esses “estudantes democráticos” se importem com corrupção, quando vem da esquerda.

Notem que os comunas tentam também associar o termo conservador a golpista e ditadura. Não é fofo? Poderíamos pensar que quem escreveu isso estava sob o efeito da canabis, o que não seria anormal, mas não é o caso: é falta de caráter mesmo, de vergonha na cara.

Quanto à redução da maioridade penal, claro que a UNE, como de praxe, colocar-se-ia contra a população ordeira e a favor dos bandidos. A insensibilidade desses socialistas para com os pobres trabalhadores vítimas de marginais sempre foi enorme. Muitos são filhinhos de papai que encontram adrenalina na “causa revolucionária”, depois de garantir a mesada para comprar o iPhone novo, naturalmente.

Por fim, o combate à reforma política é uma piada. A grande reforma, segundo a UNE, seria impedir financiamento de empresas, como se o financiamento público pleno fosse resolver alguma coisa. Eis a enquete canalha que colocaram no site:

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Matéria de Raphael Martins na Exame:

São Paulo – O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) “comemorou” em sua página oficial no Facebook o recorde de desemprego do Brasil, anunciado nesta terça-feira (31) pelo IBGE. “Recorde de desemprego: o golpe aumentou a crise”, diz o senador no texto.

Acontece que os dados se referem ao trimestre encerrado em abril de 2016, período que corresponde ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,2% no referido trimestre, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), pior da série histórica que começa em 2012.

“19 dias de governo, vários escândalos, dois ministros demitidos, sinais explícitos de retrocesso em todas as áreas, imagem internacional do país na lama, democracia em risco”, afirmou. “Este é o legado dos golpistas: a crise piorou dramaticamente.”

Comentários no post já percebiam o equívoco do senador: “Eu sou de esquerda, sou contra o golpe, contra os trouxinhas manipulados, mas daí a culpar o desemprego atual no Temer não né. Não ofende nossa inteligência por favor”, diz um deles. O erro foi percebido e o post apagado por volta das 18 horas.

O senador foi procurado por EXAME.com para comentar, mas ainda não deu resposta.

 

Veja bem: Lindbergh está na política desde os anos 80. Foi presidente da UNE, foi deputado federal em dois mandatos, prefeito de Nova Iguaçu e depois senador da República. Não é nenhum juvenil falando bobagem. Se ele publica um absurdo desses, o faz de caso pensado. Não é burrice, é estelionato.

Prova disso é que a postagem mencionada não está mais disponível na página do petista no Facebook. Caso a controvérsia não houvesse chamado atenção do jornalista, é provável que Lindbergh fosse adiante com seu estelionato. Não é a primeira dele. No dia 27 ele publicou uma postagem criticando o Movimento Brasil Livre, com os dizeres “caiu a máscara”. Um sujeito inocente poderia até comprar a farsa de Vinicius Segalla e UOL, além de ser vítima do estelionato retórico de Lindbergh. Mas basta-nos lembrar que se trata do curriculum do senador para ver que sua história desqualifica seu discurso. Ele começou a militância como opositor de Fernando Collor para depois se tornar aliado do ex-presidente. Dizia combater a corrupção e carrega nas costas processos referentes à sua gestão na prefeitura de Nova Iguaçu, além das denúncias apresentadas pelo Procurador da República Rodrigo Janot por seu envolvimento na Operação Lava Jato. Figura relevante no processo que culminou no impeachment de Collor, hoje ele diz que “pedir impeachment de presidente eleito é golpe”. Fala que o MBL foi desmascarado por atuar junto com partidos em prol do impeachment, mas se cala sobre as irregularidades com o dinheiro público,  praticadas pela UNE. Em resumo, um farsante, um embusteiro. Mais do que isso, um golpista.

Aliás, algo que também é digno de repúdio é o júbilo com o número recorde de desempregados. Enquanto o Brasil sofre as consequências do vandalismo de Dilma Rousseff na Economia, Lindbergh comemora nosso sofrimento. Ele quer nos ver sofrer porque rejeitamos o partido do plano criminoso de poder, porque ousamos ocupar as ruas e reivindicar as rédeas do nosso destino. O senador cara pintada é um completo canalha. Ele não é nem o primeiro nem será o último petista a cometer estelionato. Aguardem que logo mais ele ataca de novo.

Mais risos. Ou seja, se você é a favor da reforma “democrática”, então você precisa condenar o financiamento de empresas. Agora, se você acha que as empresas devem poder financiar campanhas, então você não só está satisfeito com o sistema político todo como está hoje, como você também não é um democrata! Onde essa turma aprendeu a fazer enquetes assim? Com Fidel Castro? Entenderam porque os comunas adoram plebiscitos e “democracia direta”? Porque é assim que eles imaginam as perguntas para consulta popular…

Na coluna de Ilimar Franco no GLOBO hoje conhecemos a nova presidente da UNE. Claro, uma militante do PCdoB. Claro, o jornalista enaltece a cartada sexual: mulher na política (pensei que depois de Dilma esse tipo de demagogia iria acabar, mas estava errado, obviamente). E claro, ela defende as universidades públicas, mas estuda na PUC de São Paulo:

Não sei bem como o jornalista sabe que ela será eleita. Achei que ainda haveria eleição, como diz o próprio site:

A eleição da nova presidência e diretoria da UNE no domingo (7) é um dos momentos mais aguardados do Congresso. A nova direção estará à frente de 7 milhões de universitários do país e será responsável pelos rumos da UNE no atual cenário político e educacional do país. Já foram presidentes da UNE personagens como o ministro Aldo Rebelo, os senadores Lindberg Farias e José Serra, os deputados federais Orlando Silva e Wadson Ribeiro.

Será que é uma eleição bem democrática de chapa única, como em Cuba? No mais, vale desabafar: cruzes! Que lista! O menos socialista aí é José Serra, ainda assim um esquerdista empedernido, e que ironicamente é “acusado” de “neoliberal” pelos “estudantes” comunistas da UNE. Agora, a pretensão de representar 7 milhões de universitários do país todo é hilária, não é mesmo?

Tudo isso seria apenas motivo de piada, pois ninguém mais leva a UNE a sério, não fosse um detalhe: a entidade levou milhões do nosso dinheiro a título de indenização. Foram R$ 30 milhões, para ser mais exato. É dinheiro pra caramba! Suficiente para comprar o silêncio de muito jovem “idealista”. E a pergunta não quer calar: onde foi parar essa montanha de recursos?

Mandei um email para a UNE com essa pergunta. Vamos aguardar a resposta, se é que ela virá. Já que a UNE fala tanto em nome da “democracia”, seria de bom alvitre divulgar democraticamente o destino desse dinheiro, não é mesmo? Transparência total, contas abertas. E então: onde foi parar esse dinheiro todo, camaradas?

Rodrigo Constantino

 

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2) Piracema II - Nadando contra a corrente
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MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
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