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Ensaios-->Exércitos e milícias. Porque não falar deles? -- 20/05/2016 - 10:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Exércitos e milícias. Por que não falar deles?
 
Marco Antônio dos Santos
 
Luís Inácio da Silva, mesmo em ato falho, sabe do que fala.
 
Ele tem uma organização paramilitar para chamar de sua, para chamar de exército, mesmo que isso não seja totalmente incondicional. 
Infelizmente, o ninho de cobras há 3 décadas incubado, foi explicitamente mencionado por ele como o braço armado do movimento revolucionário em curso no Brasil. Nada que surpreendesse os iniciados. 
      O MST está pronto para a luta. Luís Inácio deu a notícia para o país e para o mundo. O inimigo, vagamente denominado por ele de “eles”, certamente é a democracia e a sociedade brasileira. Fácil entender isso.
Que não se espere, marchas pacíficas de “margaridas”, de “sem terrinhas” ou entrega de flores à presidente. O quadro político indica que isso pode ter ficado no passado. 
Dividido em grupos de 500 famílias, denominados brigadas, com comandos locais, regionais e nacional, o MST reúne mais de 1 milhão (é isso mesmo) de famílias em mais de 10 mil assentamentos e acampamentos em 24 unidades da federação, a entidade política MST tem estrutura paramilitar e está aprestada para o combate. Além disso, tem comitês específicos para saúde, mulher, direitos humanos, logística,  imprensa e Inteligência (é, meios de obter informações acionáveis, como já demonstrou). Faz trabalho de estado-maior de causar inveja aos militares. 
Cada grupamento de acampados ou assentados está localizado, tática e operacionalmente, de acordo com o plano de manobras previsto pelo comando central (Comitê Político). Em geral próximos de entroncamentos intermodais de transporte (o que facilita a logística), de usinas geradoras de energia, polos de agronegócios e áreas produtoras de hortifrutigranjeiros, regiões de fronteira com países limítrofes “bolivarianos” e cidades de porte (onde exista mídia em condições de repercutir ações). 
Óbvio entender que as concentrações estratégicas estão em condições de facilitar  a manobra. 
Durante os 30 anos de existência, o MST deu sobejas provas de capacidade de mobilização de massas populares específicas (povo, políticos, mídia desinformada e ONG) e de recursos financeiros e meios de logística de transporte e abastecimento (especialmente de água e alimentação) e capacidade de operar em longas distâncias.
      Em 2005, curiosamente durante o desenrolar no Congresso do caso “mensalão”, o MST executou espetacular manobra estratégica  ao colocar em Brasília mais de 50 mil pessoas, vindas de todas as partes do Brasil, inclusive Sul e Sudeste, em notável demonstração de força. Para comparação, a primeira leva de invasão da França, em 06 de julho de 1944, o famoso Dia D,  na II GM, desembarcou 100 mil homens, com imenso esforço.
 
Durante uma semana, eu pude ver isso, o MST transportou, alimentou, acampou (junto ao Estádio Mané Garrincha), deu banho, uniformizou e, em perfeita ordem, promoveu ameaçadores desfiles diários em torno da Praça dos 3 Poderes, com formações de dar inveja às falanges romanas, aos camisas pardas de Hitler e aos desfiles do exército soviético na praça Vermelha de Moscou. Cumprida a missão, retirou-se de forma muito mais organizada que o exército de Napoleão na Campanha de 1812 na Rússia. Foi uma incrível demonstração de forças, repito. As distâncias são semelhantes. 
Violência o MST tem praticado em inúmeros incidentes localizados, mas de grande repercussão política, como o de Eldorado de Carajás, onde emboscou a tropa da PMPA, em abril de 1996, provocando a morte de 19 sem-terras, autênticos buchas de canhão. Fácil repetir. 
De lá para cá, só aperfeiçoou seus princípios doutrinários e aumentou as capacitações operacionais. Formou, treinou e aperfeiçoou quadros com mercenários das FARC e incorporou reforços de milicianos bolivarianos originários da Venezuela, de haitianos trazidos ao Brasil sem prévia verificação de antecedentes, de cubanos do programa governamental de intercâmbio na área de saúde, e outros idiotas ideologizados nacionais. Ainda, infiltrou agentes em todas as organizações e entidade de seu interesse, como já deu prova cabal de que o fez.
     Presentemente, com o ensaiado armistício entre as FARC e o governo da Colômbia, o MST pode vir incorporar mais guerrilheiros, desmobilizados, que dificilmente encontrarão afazeres fora do uso ilegal de armas de guerra, como alguns o fizeram ao longo de suas vidas naquele país. Armas de fogo, como já foi observado em alguns episódios, existem e na hora adequada, surgirão aos borbotões em mãos treinadas de seus integrantes.
 
Isso aconteceu diante dos olhos da sociedade inerte e com o beneplácito e a conivência de governantes. 
É factível considerar que o MST pode comprometer, na oportunidade politíco-estratégica selecionada, a ordem e a segurança públicas, com objetivo pré- estabelecido,  uma vez que detém a inciativa estratégica, perdida pelas forças da lei, há muito tempo. Tem condições de  bloquear vias de transportes em âmbito nacional, ocupar usinas geradoras de energia e fontes de abastecimento de gêneros, invadir propriedades rurais e urbanas, órgãos de governo e privados de interesses, tomar de assalto o Congresso Nacional e Câmaras Legislativas estaduais além de sedes de Executivo e outros pontos sensíveis de caráter estratégicos, imobilizando consideráveis efetivos das forças policiais e militares. 
O desabastecimento de alimentos, combustíveis, água e medicamentos será recorrente. 
O caos estará implantado. 
As forças da lei e ordem terão que ser empregadas na totalidade de seus efetivos. À exceção das tropas das três Forças Armadas, preparadas para operações de longa duração, as polícias estaduais sucumbirão em cerca de setenta e duas horas. Tal fato já se verificou nos idos dos anos 1980, em São Paulo, e 1990 no Rio de Janeiro. 
A Polícia Rodoviária Federal, caracteristicamente desdobrada na malha rodoviária federal, não será suficiente para bloquear todas as “brigadas” em deslocamento para seus pontos de ação estratégica. 
Mesmo que todo o aparato de segurança descrito possa ser mobilizado, só poderá fazer uso legal de armas de menor poder letal (comumente denominadas de “armas não letais”).  Afinal, será que algum comandante estará disposto a promover o emprego da violência necessária, em critério altamente subjetivo, mesmo que em defesa da lei e da ordem, e sofrer penalidades aquelas dos policiais de Eldorado dos Carajás ou do episódio do complexo penitenciário do Carandiru, em São Paulo? 
É, parece que Luís Inácio sabe do que fala. 
Evidentemente que não sou ingênuo para imaginar que o MST devota apoio e fé incondicionais ao Luís Inácio, mas o momento conjuntural particularmente crítico ora instalado no país faz pensar em aliança política para ao atendimento aos objetivos comuns. 
O dia 15 de março pode ser mais um marco de mudanças democráticas promovidas pelo povo no país. 
É preciso retomar a inciativa. 
 
      Marco Antônio dos Santos - Empresário e professor - Coronel da Reserva do EB.

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