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Ensaios-->O grande engodo do socialismo -- 08/02/2016 - 22:58 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



O grande engodo do socialismo



Publicado: julho 23, 2015 em O que é o socialismo?



O socialismo possui ideais aparentemente nobres, mas que no entanto, ignoram a natureza humana ao passo que todas as suas tentativas, sempre conduzirão à total ruína da sociedade. Sua meta nunca será totalmente cumprida e uma vez que determinada sociedade esteja arruinada em face a este sistema, não haverá outro modo de se recuperar, senão se readequar a natureza humana, retornando assim à economia de mercado. Esta realidade, conduz seus defensores a alegação de que esta, não fora uma tentativa honesta de implemento do socialismo, que certos elementos não estavam bem definidos ou nem ao menos foram executados, e assim, persistirão na busca deste ideal utópico. Este é talvez, o principal motivo para a persistência na crença deste modelo. Os demais são tanto morais, quanto direcionados a natureza sistema do socialismo. Neste sentido, não poupo adjetivos para descrever o socialismo como um sistema amoral, baseado na inveja, demagogia e espoliação.





Porque o socialismo possui ideais aparentemente nobres?! O socialismo roga uma sociedade de igualdade material. Parafraseando Rousseau, crê-se que “não haveria alguém tão rico ao ponto de oprimir, ou alguém tão pobre ao ponto de ser oprimido”. Uma vez que houvesse igualdade material, também não haveriam motivos para a cobiça, roubo ou soberba e assim os conflitos sociais seriam eliminados. Para manter a igualdade, não seriam produzidos excedentes, a toda indústria estaria centrada às “necessidades humanas”, impedindo o desperdício ou a escassez. Para tanto, seria necessária a construção de uma sociedade de propriedade comunal, assim eliminando a propriedade privada. Os socialistas utópicos (embora todos sejam) tentaram criar esta sociedade em pequenas comunidades, já os marxistas através de revolução a fins de modificar toda a sociedade, enquanto os socialdemocratas através de uma reforma capitalismo via sistema democrático. Em todas as tentativas; o fracasso!



Porque o socialismo fracassa?! Porque os homens não são iguais, seja fisicamente, intelectualmente ou profissionalmente. Eles não produzem as mesmas coisas, tão pouco da mesma forma. Os homens não anseiam pelos mesmos bens, tão pouco os precificam na mesma medida. Eles não gerem seus recursos de mesmo modo, não poupam, não investem e de suas estimativas, não obtém os mesmos resultados. A desigualdade material não é mais que uma expressão da natureza distinta de cada ser humano. Portanto, o socialismo é antinatural. Doravante cabe questionar; porque conduz ao fracasso?! Para que haja igualdade material, só há uma alternativa; nivelar as pessoas através do uso da força. A grande maioria das pessoas de posses, jamais entregariam seus bens pacificamente. Compreendendo este fato, os marxistas defenderam uma revolução armada, capaz de subjugar a todos – ao contrário dos utópicos que se isolaram. Isso conduz há uma centralização de poder tão maior quanto a anterior, embora Marx alegasse que assim destruiria o Estado.



Poder centralizado é sinônimo de tomada de decisão econômica centralizada. Um pequeno grupo de planejadores, terá de coordenar um número infindável de relações econômicas, cuja informação é dispersa. Não há como compreender as mudanças constantes nos anseios de cada consumidor, a engenhosidade com que cada produtor ao tenta satisfazê-las, a escassez ou a descoberta de um recurso importante para tanto e como estas forças se relacionam. Não há incentivos para atender a cada um destes elementos, nem tão pouco para premiar os melhores resultados. Uma vez que falham, a revolta aumenta, levando a necessidade de suprimi-la com mais força. O único mecanismo econômico capaz de transmitir informações, criar incentivos e premiar os melhores resultados é obliterado no modelo socialista; um sistema de preços orientado pelo mercado. Para compreender como o sistema de preços é coordena as relações econômicas interpessoais, tenhamos o exemplo de um lápis:



Devido a um grande número de alunos matriculados numa região, há um aumento da demanda por lápis. O produto se torna escasso e seu preço se eleva. As papelarias identificam a necessidade de vender mais lápis e informam ao fornecedor que os encomendará com os fabricantes. Os fabricantes procurarão mais matéria prima com os produtores que precisarão ampliar a extração. Como o preço aumentara, a lucratividade também, permitindo que novas contratações sejam feitas em parte da cadeia produtiva. Logo, a escassez refletida nos preços da papelaria, é um meio de transmitir informações monetárias até a extração da matéria prima. Esta informação serve de incentivo para o produtor de matéria prima descobrir novas reservas, para o fabricante desenvolver meios produtivos mais eficientes, para o revendedor encontrar uma transporte mais rápido e para a papelaria melhorar sua técnica de venda, em face aos concorrentes. Quanto mais hábeis; maior sua lucratividade. Logo os preços informam, incentivam e premiam sem a necessidade de um gerenciamento central.



No socialismo não há propriedade privada. Sem propriedade privada não há trocas voluntárias e sem elas não existe a formatação de preços capazes de conduzir operações contábeis responsáveis por acentuar oferta à demanda, além de indicar os fatores de produção mais eficientes. Sem uma alocação racional da economia, haverá somente desperdício e escassez. Este foi o motivo da grande fome russa na década de 1930, levando o governo bolchevique a adotar a Nova Política Econômica. Entre suas diretrizes estavam o restabelecimento da propriedade privada para pequenos agricultores, que poderiam cultivar em suas terras nos horários livres. Tornou-se permissível que esta pequena produção fosse trocada em mercados locais regulados pelo governo. Todavia, o governo impunha os preços que não correspondiam aos agentes econômicos em questão. Embora a medida fora capaz de amenizar a fome aguda, a escassez persistia e os mercados negros com preços livres (embora inflacionados) se tornaram o único meio efetivo para suprir as necessidades das massas.



Conclusão:



Os socialistas sempre foram incapazes de interpretar a economia de modo racional e aceitar o fracasso de seu sistema, acreditando que é correto e possível, remodelar a natureza humana. Ignoram que o mercado é um processo natural, onde os indivíduos usam de seus conhecimentos e habilidades particulares para produzir bens e serviços que serão trocados de forma voluntária. Adam Smith foi o primeiro a identificar isto, citando que mesmo que o consumidor pouco conheça a respeito do vendedor e nada conheça a respeito do revendedor e dos demais envolvidos na cadeia produtiva, estará ligado a todos, pelo simples objetivo de obter o melhor através do sistema de preços. Os processos que ocorrem no livre mercado, interligam um grande número de desconhecidos que trabalham uns para os outros, fornecendo bens que não existiriam de outra forma. Nada disto depende de um ordenação central, mas da obstinação do homem em melhorar seu bem estar na medida do próprio esforço. Esta é a natureza do mercado!



Mercado negro na URSS. O meio ao qual as pessoas podiam subsistir no sistema socialista.



Mercado negro na URSS; o único meio que possibilitava a subsistir no sistema socialista.




Christiano Di Paulla



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