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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->Tiros em Columbine -- 24/11/2003 - 15:59 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Tiros em Columbine" já está disponível em DVD. Além do documentário, a edição traz um extra: uma entrevista concedida por Michael Moore, o diretor, por ocasião de sua estada na Inglaterra para estrear um espetáculo que inclui o livro, o filme e muito humor.

E humor é o que falta às esquerdas, ele deixa escapar numa das frases. E humor é o que não falta ao entrevistado.

Alguém quer saber se a violência mostrada nos filmes aumenta a violência fora deles. Tento me lembrar da resposta: Seria preciso verificar se, depois das peças de Shakespeare, houve aumento de lutas com espadas.

Um outro entrevistador pergunta como as pessoas se dispõem a falar com ele. Ele meio que parafraseia Groucho Marx: "Não sei. Eu não falaria comigo mesmo."

E o Charlton Heston, hem! Quem diria, o Ben-Hur da nossa adolescência! No documentário, ei-lo impecável no papel de si mesmo. De si mesmo?

O filme, como quer o diretor, pretende mostrar que ele, Michael Moore, não está sozinho. Para o espectador, a surpresa de que a América seja muito, mas muito mais do que o pensamento único tão servilmente divulgado pelos mídia. Que a América não seja apenas a América dos golpistas ao redor de George W. Bush. Que existe uma América que gostaria muito de ser o Canadá. Que existe um pensamento de esquerda que, além de americano, ainda se pauta pelo bom humor, coisa que, segundo o diretor, as esquerdas não costumam ter. E que existe alguém capaz de filmar um documentário sem os vícios de quem já escreveu uma monografia, como ele diz, alguém que se permite evoluir dentro das filmagens, corrigir os seus próprios raciocínios diante do público, espantar-se junto com ele diante das descobertas feitas através do uso de imagens.

O documentário é fantástico, apesar de todos os senões já explorados pela crítica, que, como sempre, viu primeiro, e viu melhor. A nossa crítica, se já repararam bem, gosta dos artefatos culturais enquanto eles ainda não chegaram ao nosso alcance. Depois disso, eles se desinteressam, dão início ao processo da desconstrução. Para quem só agora vai ter a oportunidade, são duas horas que passam sem que a gente disso se dê conta, como diz a capa do DVD. Eu diria que são duas horas em que a gente se dá muito bem conta de que está vendo um filme, um filme documentário. Duas horas em que o espectador não se sente excluído.

E ainda tem a entrevista, como bônus, que já vale a sessão.

Michael Moore afirma ter feito um filme do qual ele próprio pudesse gostar. E aponta o dedo para Hollywood, perguntando aos entrevistadores o que é que eles indicariam naquele momento que realmente os convencesse a sair de casa para ir ao cinema.

[continua]

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