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Poesias-->SEM RAIZ, SEM MEMÓRIA -- 16/03/2003 - 11:29 (Joel Ribeiro do Prado) |
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Eu vou-me embora daqui
Eu vou parar de cismar
E sem fingir que esqueci
Eu vou deixar de lembrar
Eu vou ser outro no enredo
Eu vou sair de mansinho
Eu vou matar-me em segredo
E renascer no caminho
Eu vou despido de história
De convenção e preceito
Vou sem raiz, sem memória
E sem pesares no peito...
Não quero ter na bagagem
Retrato algum, nem escritos
Eu quero ser na viagem
Somente um homem, sem mitos
Sem pressa, como uma aragem
Ganho do tempo o regaço
Que se define sem margem
Na infinitude do espaço
Eu vou despido de história
De convenção e preceito
Vou sem raiz, sem memória
E sem pesares no peito...
Não vou levando pedaços
Comigo vai o que sou
Rompidos todos os laços
Sou eu o que me restou
Quero viver simplesmente
Que só assim se é feliz
Ser simples gente da gente
Mais simples do meu país
Eu vou despido de história
De convenção e preceito
Vou sem raiz, sem memória
E sem pesares no peito...
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