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Contos-->O Professor do Futuro -- 10/01/2003 - 12:12 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando eu estava na escola do interior vivia tentando fazer os meus alunos pensarem...
Faziamos teatro, analise em jornais, faziamos recortes pra juntar histórias e brincadeiras diversas com críticas e construções.
Fui duramente criticado pela direção, por uma equipe de colegas que aqui vieram inspecionar.
De formas que 10 dias depois chegou a minha exoneração do cargo que exercia e a minha solicitação urgente de regresso a capital.Poré a sociedade do interior por iniciativa própria, através de um abaixo assinado pediu a minha permanencia, mas sob a coerencia lúdica do Ai5, fui convidado a fugir ou a morrer sem ver a luz da independência.
O tempo passou, passou e a persseguição não cessava. mas o tempo passou.
Após o exílio voltei a cidade, entrei na escola particular por necessidade e outra vez, estava desenvolvendo a mesma idéias, quando o diretor me chamou. E embuido de argumentos reclamou de minha metodologia, respaldado no que os alunos diziam.
Entendi, mas não me curvei.
No outro dia me voltei a turma. Só que aí encontrei meia dúzia de setenta e seis. e como eram filhos de gente que podiam, outra vez, ainda sob protesto, fiquei desempregado.
Há pouco, já em nossos anos, em Brasília, na sala da ESAF, assisti a uma aula e ví que tudo o que praticava e dizia era tão certo quanto verdade.
Baixei a cabeça e chorei...
Ah os anos que perdi!...
Ah meu Deus, que bom que tudo mudou!
E feliz, sobre uma cadeira de rodas, fui parado por uma rapaz que se compadecer e disse:
- Viu o que o senhor fez!
- O País mudou!...
Sorrindo, olhei e o abençoei.
Era o meu neto, que como professor na sala, me abraçou e me indicava a olhar a bandeira brasileira alçada no píncaro do mastro, naquele horizonte anil, como o sol de um novo dia, dividindo com o fim de tarde carmim e os lírios brancos e vermelhos vistos por uma janela, de uns dos prédios, o lugar da liberdade, que hoje vós fala quase imperceptivel ao pe do ouvido. Pois os brasileiros já não agonizam de torturas, multiplicam, brigam e saem dos muros pelo acordar da cidadania.
É realmente um novo tempo!...
Falta agora fazermos a nossa parte, acordar e vÊr que o Brasil ainda é nosso.
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