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Poesias-->visão de declamação -- 14/03/2003 - 12:26 (Anônimo) |
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Visão de declamação
E de repente eu me vi ser
A nuca sobre o frio dum beijo
Ferindo a vida quando de se estar nu.
Cândido, minha tez viu
Com os olhos mais lindos
Existentes,
A minha pele sobrepondo meus desejos.
Fervidamente se iniciou uma expansão almanógena
O universo finalmente virou verso
Diedro cantado, musicalizado em arte
Sinestese mágica dos meus sonhos
Acordados de criança!
E a palavra por palavra
Sangrava a morte e a vida
Com medo, paixão, tristeza, loucura
E uma mistura de muitas outras coisas
Gritando a tudo que fosse algo
Tudo que fosse alvo
De uma poesia chorada
Nos braços de um sei lá o quê!
Uma explosão sentimental
Igual a um desejo infernal
De querer saber e dizer
Saber por que se sente
Assim tão fortemente
Algo da ponta dos pés
Ao fio da bomba-relógio do encéfalo
Que disparará ao som
Da última sílaba poética
Que se fizer no mundo
No nosso diferente mundo
Do sentir
E não conseguir
Calar-se
De gritar, berrar
Em arte...
...Palpável e admirável
Com o coração
Vai-se ser bardo
Infinito, estrelado
Vendo-se palavra por palavra
Desdobrando-se frente à nossa solidão
Pois não são precisos olhos
Não é preciso definição
Para a nossa, tão nossa imensidão...
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