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Contos-->Apaixonante mundo dos leitores. -- 06/01/2003 - 17:35 (Jose Angelo Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Só para lembrar do poeta Bueno da Rivera ( geração 45 ) , em Belo Horizonte, MG. Disse : " Aqueles estúpidos da Academia de Letras que vieram me visitar não queriam acreditar que eu, locutor esportivo, gente do povo, com curso primário, fizera poesia de primeira grandeza. Então eu gozava com a cara deles ou fazendo-os esperar, ou dizendo que os poemas premiados foram escritos pelo meu irmão ! O apaixonante mundo dos leitores através dos séculos, mostra como o livro influencia, apaixona e vira a vida de muita gente. Sobre à questão de alguns não acreditar na pessoa que escreve, realmente acontece. E infelizmente ocorreu comigo, estava eu numa festa de confraternização, certo momento houve que alguém comentou que eu fazia poesia, contos, artista plástico. Mas sempre há pessoas que questiona, as vezes você é descriminado pela cor, pelo estatus social, cabelo, roupas, moradia, etc...O pior que isso existe. Mas o poeta, o escritor, artista, tem que encarar isto com naturalidade, como fez a poetisa Cora Coralina. Ler é divino , não importa se o texto é sagrado, impresso em letras góticas ou papel reciclado, se o autor é rico ou pobre, negro ou branco. É isso que faz do autor uma familia tão especial : as barreiras raciais, sociais, geográficas, idiomáticas e até mesmo políticas, religiosas são vencidas, as diferenças se esvaem e o que resta é um grande amor pelo trabalho, pela obra, livro, suas histórias e seu mundo. Quero lembrar que já cego, o escritor argentino Jorge Luis Borges, contratava jovens para lerem para ele. Mesmo sem a visão, não queria perder uma virgula que fosse dos textos de seus autores favoritos. Já São Bento, aconselhava que os leitores deveriam pousar o livro sobre a perna, segurá-lo com a mão esquerda e deixar a direita livre, para folhear melhor ás páginas. O poeta romântico Percy Shelley , se despia completamente e ia ler, sentado em uma rocha. A leitura é um hábito, mais que isso, muitas vezes é um vicio. Um prazer solitário, no qual você leitor, envereda pelos caminhos tortuosos ou mesmo simples de uma história que o leva para bem longe de seu mundo real. Desde os sumérios até os internautas de hoje em dia, leitores de todas as latitudes viajaram livremente nas letras de um bom autor e bom livro. Para certos leitores, é um prazer ler romances açucarados na cama. Para outros, a melhor companhia noturno são os contos, poesias, etc... Eu sei que nem todos os livros é adequados para ler na cama. Inspirado pelo poeta W. H. Auden . em muitas casas, deve-se ler um livro cuja a história nada tenha ver com o ambiente em que ele está sendo lido. Henry Miller, autor de trópico de câncer, entre outros, confessou certa vez que todas as suas leituras eram feitas no banheiro. Já Margueritte Duras era ortodoxa . raramente leio em praias e jardins, não se pode ler com duas luzes ao mesmo tempo, a luz do dia e a luz do livro. Deve-se ler à luz eletrica, a sala nas sombras e somente a página iluminada. Mas como a própria história da leitura através dos séculos não pode ser linear, fica como estar. Disse o rapaz que ajudava o escritor Argentino.- Ler para um cego era uma experiência curiosa, porque, embora com algum esforço eu me sentisse no controle do tom e do ritimo da leitura, era todavia o escritor, o ouvinte, quem se tornava o senhor do texto. O escritor escolhia o livro, fazia-me parar ou pedia que continuasse, interrompia para comentar, e permetia que as palavras chegassem até ele. Eu era invisivel, fala o rapaz. Quem gosta de livros descobre-se unido a uma grande familia atemporal, daquelas em cujas veias corre letras impressas e muito amor literário. Afinal, é como disse certa vez o pensador Thomas à Kemps : " tenho procurado a felicidade em toda parte, mas não a encontrei em nenhum lugar, exceto num pequeno canto, com um pequeno livro". A arte de ler pode ser um gesto de pura poesia. Poesias são caminhos para uma terra de fantasias e de belos desejos. Traz sabedoria e conhecimento á nossa alma, tornando-nos pessoas melhores. -Jose Angelo Cardoso.-Poeta, contista, artista plástico. Presidente-fundador da Academia Guairense de Letras.
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