Resenha do livro 30 Anos na Paraíba de Leon Francisco Rodriguez Clerot: [memórias corográficas e outras memórias] Rio de Janeiro: Pongetti. 1969. 153p.
Por: maria do socorro xavier
Livro de caráter científico, fruto de uma pesquisa e clasificação de 25 anos, nas áreas de Antropologia, Etnografia, Arqueologia, Paleontologia, instrumentos líticos indígenas da Paraíba [com ilustrações] zonas fisiográficas da paraíba, reservas florestais etc. Trás no final do livro, da página 139 a 151, uma toponímea paraibana de orígem tupi.
O livro é um relato científico significativo para estudiosos da corografia paraibana e afins. Assim o autor apresentou, no início do livro, sua obra: "os métodos de investigação científica não admitem sofreguidão que nos levem a aceitar como definitivas quaisquer conclusões apriorísticas baseadas em suposições aparentemente razoáveis em vez de provas materiais concretas que confirmem a evidência dos fatos. Se o presente livro servir como catalisador para estimular vocações latentes e, como consequência, pesquisadores mais credenciados a tomarem a direção desses estudos na Paraíba, teremos conseguido um objetivo útil e esse terá sido o seu único mérito".
Doutor Leon Francisco Rodriguez Clerot era engenheiro civil, foi professor fundador e titular da antiga Faculdade de Filosofia da UFPB, engenheiro do DER.
Carioca, nascido em nova Friburgo no Estado do Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1889 e falecido em dezembro de 1967 em João Pessoa/Pb. Filho de Leon Felipe Clerot (francês) e de Leocádia Melquiades Rodriguez Clerot (espanhola).
Entretanto foi cidadão paraibano, radicado há 30 anos, atuando e ocupando diversos cargos administrativos, com competência e honestidade. Elaborou trabalhos sobre: estradas da Paraíba; Zonas fisiográficas da Paraíba; Vocábulos da língua Tupi-Guarani, incorporados ao idioma nacional com as respectivas significações - temas geográficos, botànicos, zoológicos.[mais de duas mil palavras], História da Paraíba. Estabeleceu a divisão do Estado da Paraíba em zonas fisiográficas; efetuou para o IBGE o levantamento topográfico de muitos municípios.
O professor Clerot, como era assim conhecido, foi ainda, sócio honorário e efetivo de diversos institutos científicos nacionais e estrangeiros. Recentemente, a professora e pesquisadora da UFPE, a espanhola Gabriela Martin Ávila, citou-o no seu importante livro: "Pré-História no Nordeste".
O Dr. Clerot era casado com a mineira, Dona Luzia Barbosa Ramalho Clerot, mulher também muito culta, educada nos melhores educandários do Rio de Janeiro. Deixou a seguinte prole: Laís Clerot Muniz (era casada, falecida); José Carlos Ramalho Clerot, engenheiro civil e professor universitário, aposentado da UFPB, casado, residente em João Pessoa; Luiz Carlos Clerot, médico, residente em Cruz Alta/RS; Pedro Clerot, funcionário público, casado, residente em João Pessoa; Doutor José Luiz Clerot, advogado brilhante, atual e atuante deputado federal pela Paraíba, por duas legislaturas; casado,reside em Brasília.
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