São poderes independentes e o governo não pode fazer muita coisa sem o apoio do congresso.
Cada projeto tem que ser arduamente negociado com deputados e senadores e esta negociação envolve muitas vezes concessões, cargos, benesses e até dinheiro vivo.
O governo está investindo pesadamente em educação, saúde e infraestrutura, três áreas historicamente problemáticas no país.
Mas esses investimentos ainda são insuficientes para resolver, em curto prazo, todas as deficiências que a população reclama.
Vejamos algumas ações positivas do governo:
1) Reduziu os juros que consomem bilhões de reais do orçamento.
2) Baixou a conta de luz barateando a produção industrial e as despesas das famílias.
3) Desonerou a folha de pagamento de muitas atividades industriais, facilitando a contratação de mais mão de obra.
4) Aumentou o poder de compra do salário mínimo em mais de 100%.
5) Vai pagar, a partir deste ano, uma bolsa de R$ 400,00 mensais para alunos de baixa renda das universidades públicas para evitar que muitos abandonem os cursos por falta de condições financeiras. Índios e quilombolas receberão bolsa de R$ 900,00.
6) Está reservando 50% das vagas nas universidades públicas para negros e índios, proporcionalmente à sua população em cada estado e para estudantes de escolas públicas.
7) Está querendo contratar milhares de médicos estrangeiros para trabalhar no SUS em localidades carentes e distantes dos grandes centos urbanos.
8) Desbaratamento, pela Polícia Federal, de diversas quadrilhas de traficantes de drogas e de corruptos que desviavam recursos públicos.
Está construindo:
9) Milhares de quilômetros de estradas de ferro (Transnordestina, Norte-Sul, etc), para baratear o custo do transporte da produção.
10) Centenas de quilômetros de canais (transposição do rio São Francisco) para irrigação e abastecimento d´água para 12 milhões de pessoas no Nordeste e minimizar os efeitos das secas periódicas que castigam a região.
11) Estaleiros, refinarias, siderúrgicas, construção e ampliação de portos, aeroportos, usinas hidrelétricas e eólicas, metrôs, hidrovias, duplicação de BRs, etc.
12) Centenas de outras obras de grande porte que geram milhares de empregos e fazem do Brasil um imenso canteiro de obras.
Outras ações do governo:
13) Incrementando o comércio com a África e a Ásia, além do fortalecimento do Mercosul.
14) Intermediando o conflito entre os ruralistas que ocupam terras indígenas e os índios que reivindicam a demarcação e a expulsão dos não índios das suas terras. Por um lado o governo precisa defender o direito dos índios e por outro precisa dos ruralistas para produzir alimentos para exportação e para consumo interno, reduzindo pressões sobre a inflação.
15) Está tentando aprovar a destinação de 100% dos “royalties” do petróleo para a educação para dar um salto de qualidade no nível educacional das novas gerações, preparando-as para os desafios do país desenvolvido que seremos em breve. Mas a maioria dos congressistas é contra este projeto, quer investir em outras áreas.
Ações negativas:
Caixa 2 para campanhas eleitorais, comuns nos outros partidos, mas inaceitável num partido que defendia a ética e a transparência.
Compra de votos para aprovação de projetos de interesse do país (Mensalão).
Casos de corrupção em alguns ministérios, à revelia da presidente Dilma que prontamente demitiu os envolvidos e entregou o caso à justiça federal.
Atraso na conclusão de algumas grandes obras (Transposição do São Francisco, ferrovia Transnordestina, etc) devido a projetos mal feitos e contratos feitos às pressas, sem previsão de pesadas multas em caso de descumprimento dos mesmos por parte das construtoras que abandonaram as obras sem concluí-las.
Omissões:
Não instalação de uma CPI para investigar os corruptores.
Falta de uma reforma tributária que diminuísse os impostos sobre os bens de primeira necessidade e aumentasse para produtos supérfluos. Aumento do imposto sobre a renda de quem ganha acima de trinta salários mínimos e sobre patrimônios acima de mli salários mínimos.
Falta de uma reforma política que aprovasse o financiamento público das campanhas com exigência de uma cláusula de barreira de 5% dos votos em cada estado para o partido ter direito a assentos no parlamento.
Agora se colocarmos em uma balança as ações positivas de um lado e as negativas do outro, certamente a balança penderá para o lado positivo.
Poderíamos citar muitos outros exemplos do esforço do governo para recuperar as escolas sucateadas, os hospitais sem médicos e sem condições dignas de trabalho e tanta coisa que ainda falta melhorar no nosso país, mas acho que o listado acima é suficiente para suscitar uma reflexão.
Nas próximas eleições vamos procurar eleger políticos comprometidos com esse projeto de desenvolvimento com justiça social e sem os vícios dos atuais.