São desertos teus olhares
Apenas rosas sem orvalhos
São pensamentos noturnos
Cheios de sombras inquietas
Sem nenhuma poesia
Nem mãos que traga a ternura
São olhares sem palavras
Que não desperta a emoção.
Navego na tua incerteza
Sem carícias permanentes
Entre rochedos íngremes
Sem pegadas de sonhos
Meus passos vão te seguindo
Por entre cortinas de fumaça
Minha entrega não é plena
Minha vontade e tão confusa
Vejo-te como um estranho
Numa conquista difusa
Espalho um olhar anônimo
E um sorriso enigmático.