Usina de Letras
Usina de Letras
24 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62275 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10382)

Erótico (13574)

Frases (50664)

Humor (20039)

Infantil (5454)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140817)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6206)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->SAUDE QUESTÕES DE VESTIBULARES -- 23/05/2013 - 07:34 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


SAUDE QUESTÕES DE VESTIBULARES



 



Edson Pereira Bueno Leal, maio de 2013.



 



1 PUC  SP 2008  DENGUE



Leia com atenção:



Quase metade dos municípios que hoje estão no topo da lista de dengue de seus Estados já havia sido alertada sobre o risco de epidemia no final do ano passado pelo Ministério da Saúde. 108 municípios estavam em estado de alerta ou de emergência. O aviso não surtiu o efeito esperado. Mesmo alertados 53 dos 108 municípios não agiram de forma adequada e hoje figuram na lista com maior número de casos.



(Adaptado de Estado de S. PAULO. 53 municípios ignoram alerta e agora enfrentam surto de dengue. 27/10/2007, p. A35)



Considerando que a doença é transmitida por um mosquito que põe seus ovos (procria) em recipientes com água limpa, pode-se dizer que



a) em cidades nas quais o sistema de abastecimento de água é precário, e as pessoas devem estocar águas, o risco é maior. Esse é o caso de muitos municípios brasileiros na região do Nordeste brasileiro.



b) os municípios dos Estados mais desenvolvidos, como São Paulo, por exemplo, estão praticamente livres da dengue, inclusive nas áreas litorâneas mais chuvosas, em razão da eficácia das campanhas.



c) nas grandes metrópoles brasileiras, pelo fato de existirem infraestruturas urbanas modernas disseminadas por toda sua extensão, o risco da dengue se tornou bastante baixo.



d) as regiões mais secas do país, sem estação chuvosa importante, tais como o centro-oeste brasileiro e o nordeste, estão praticamente livres da dengue, pelo fato de não haver acúmulo de água limpa.



e) as chances de a dengue se tornar epidêmica em cidades de espaços muito compactos é bem menor, em razão da facilidade de se localizarem e eliminarem os criadouros, sempre próximos uns dos outros.



 



2  ENEM 2008 INDICADORES DE MORTALIDADE 



 



O limite de concentração de álcool etílico no sangue estabelecido para os motoristas revela que a nova legislação brasileira de trânsito é uma das mais rígidas do mundo. Apesar dos aspectos polêmicos, a "lei seca" pode mudar substancialmente os indicadores de mortalidade, particularmente no que se refere a



A gripe e pneumonia.



B doenças do aparelho urinário.



C acidentes vasculares cerebrais.



D doenças sexualmente transmissíveis.



E agressões e acidentes de trânsito.



 



3.ENEM 2008-  A vida na rua como ela é  VIDA NA RUA 



 



O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) realizou, em parceria com a ONU, uma pesquisa nacional sobre a população que vive na rua, tendo sido ouvidas 31.922 pessoas em 71 cidades brasileiras. Nesse levantamento, constatou-se que a maioria dessa população sabe ler e escrever (74%), que apenas 15,1% vivem de esmolas e que, entre os moradores de rua que ingressaram no ensino superior, 0,7% se diplomou. Outros dados da pesquisa são apresentados nos quadros abaixo.



Por que vive na rua?



Alcoolismo/drogas 36%



Desemprego 30%



Problemas familiares 30%



Perda de moradia 20%



Decepção amorosa 16%



Escolaridade



Nunca estudaram  15,1



Médio completo ou incompleto 7,0



Superior completo ou incompleto 1,4



Fundamental completo ou incompleto 58,7



Istoé, 7/5/2008, p. 21 (com adaptações).



 



As informações apresentadas no texto são suficientes para se concluir que



A as pessoas que vivem na rua e sobrevivem de esmolas são aquelas que nunca estudaram.



B as pessoas que vivem na rua e cursaram o ensino fundamental, completo ou incompleto, são aquelas que sabem ler e escrever.



C existem pessoas que declararam mais de um motivo para estarem vivendo na rua.



D mais da metade das pessoas que vivem na rua e que ingressaram no ensino superior se diplomou.



E as pessoas que declararam o desemprego como motivo para viver na rua também declararam a decepção amorosa.



 



 



4. ENEM 2005 SAÚDE



 



Entre 1975 e 1999, apenas 15 novos produtos foram desenvolvidos para o tratamento da tuberculose e de doenças tropicais, as chamadas doenças negligenciadas. No mesmo período, 179 novas drogas surgiram para atender  portadores de doenças cardiovasculares. Desde 2003, um grande programa articula esforços em pesquisa e desenvolvimento tecnológico de instituições científicas, governamentais e privadas de vários países para reverter esse  quadro de modo duradouro e profissional.



Sobre as doenças negligenciadas e o programa internacional, considere as seguintes afirmativas:



I- As doenças negligenciadas, típicas das regiões subdesenvolvidas do planeta, são geralmente associadas à  subnutrição e à falta de saneamento básico.



II- As pesquisas sobre as doenças negligenciadas não interessam à indústria farmacêutica porque atingem países  em desenvolvimento sendo economicamente pouco atrativas.



III- O programa de combate às doenças negligenciadas endêmicas não interessa ao Brasil porque atende a uma  parcela muito pequena da população.



Está correto apenas o que se afirma em:



(A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.



 



 



 



 



5 SAÚDE  VUNESP 2 FASE JULHO 2008



 



O contexto geográfico e as interações transfronteiriças  do Brasil com os países da América do Sul deram origem a áreas que reúnem conflitos étnicos, culturais e comerciais que influenciaram a transmissão de algumas doenças, como AIDS, tuberculose e hanseníase.



Mencione três tipos de áreas críticas onde ocorrem essas doenças com maior freqüência.



 



 



 



6   MACKENZIE JULHO DE 2008  DENGUE



 



A dengue tem se alastrado de forma alarmante em  algumas cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e Aracaju. Esses surtos de dengue constituem casos



a) de epidemia, pois houve infestação de muitas pessoas em um espaço curto de tempo.



b) de endemia, pois o vírus Aedes aegypti é característico de regiões onde se mantém em



equilíbrio durante muito tempo.



c) de epidemia ou endemia, dependendo do local onde estão ocorrendo.



d) de endemia, pois só estão ocorrendo no Brasil e não no mundo todo.



e) isolados, pois não são considerados nem como epidemia, nem como endemia.



 



 



7  FGV ADMINISTRAÇÃO JUNHO 2008  LEI DE BIOSSEGURANÇA



 



A Lei de Biossegurança estabelece as normas e os mecanismos de fiscalização que regulamentam qualquer atividade que envolva organismos geneticamente modificados e seus derivados. Foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 24 de março de 2005. Um dos artigos polêmicos dessa Lei diz respeito ao uso de células-tronco embrionárias para fins terapêuticos e de pesquisa científica.



Adaptado de Veja nline:http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/biosseguranca/index.shtml



Qual argumento foi usado pelo ex-procurador da República, Cláudio Fonteles, para impetrar, em maio de 2005, uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao  Supremo Tribunal Federal, contestando a legalidade constitucional das pesquisas com células-tronco embrionárias?



a) A Constituição Federal proíbe a clonagem humana. Nesse sentido, as pesquisas com células-tronco iriam de encontro a essa previsão constitucional.



b) A Constituição Federal menciona que a religião  oficial do país é a católica, que é frontalmente contrária a essas pesquisas, como já declarou oficialmente a CNBB.



c) Ao autorizar o uso em pesquisa de embriões em estágio de blastocisto – com até cinco dias –, a Lei de Biossegurança fere o artigo 5º da Constituição Federal, que garante o direito à vida.



d) A Constituição Federal proíbe qualquer pesquisa com seres vivos.



e) A Constituição Federal faz prever que esse tipo de pesquisa só seria possível com autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), que não foi consultada sobre esse tema.



 



 



8  FUVEST 2010 SUBNUTRIÇÃO NO MUNDOC



 



“Pela primeira vez na historia da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de subnutrição em todo o mundo. O aumento da insegurança alimentar que aconteceu em 2009 mostra a urgência de encarar as causas profundas da fome com rapidez e eficácia.”



Relatório da Organização das Nações Unidas para a  Agricultura e Alimentação [FAO], primeiro semestre de 2009.



Tendo em vista as questões levantadas pelo texto, e correto afirmar que



a) a principal causa da fome e da subnutrição e a falta de terra agricultável para a produção de alimentos necessários para toda a população mundial.



b) a proporção de subnutridos e famintos, de acordo com  os dados do texto, e inferior a 10% da população mundial.



c) as principais causas da fome e da subnutrição são disparidades econômicas, pobreza extrema, guerras e conflitos.



d) as conseqüências da subnutrição severa em crianças são revertidas com alimentação adequada na vida adulta.



e) o uso de organismos geneticamente modificados na agricultura tem reduzido a subnutrição nas regiões mais pobres do planeta.



 



9  FATEC 2013  SAÚDE



 



Basta uma gota de sangue para que um chip, criado por cientistas brasileiros do Instituto de Física da USP de São Carlos, consiga detectar, em poucos segundos e com baixo custo, se alguém está infectado com malária, leishmaniose e Chagas.



(www1.folha.uol.com.br/ciencia/1123618-chip-da-usp-flagra-malariae-



mal-de-chagas.shtml. Acesso em 17.09.2012)



A Geografia colabora com a medicina, mapeando informações geográficas das doenças e da assistência médica oferecida.



Sobre as doenças citadas na matéria, é correto afirmar que



a) são comuns na região Centro-Oeste e no Nordeste Brasileiro, devido ao elevado índice de umidade dessas regiões.



b) são transmitidas por insetos, que encontram nos países de clima temperado um habitat ideal para seu desenvolvimento.



c) estão associadas às “casas de pau-a-pique”, construções comuns em regiões que passaram pelo processo de conurbação e de macrocefalia urbana.



d) estão correlacionadas com fatores socioeconômicos, pois se manifestam principalmente nos países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elevado.



e) estão entre as enfermidades rotuladas como doenças tropicais e são um grave problema, considerando o alto índice de mortalidade associado a elas.



 



10   ENEM 2005 SAÚDE  



 



Entre 1975 e 1999, apenas 15 novos produtos foram desenvolvidos para o tratamento da tuberculose e de doenças tropicais, as chamadas doenças negligenciadas. No mesmo período, 179 novas drogas surgiram para atender  portadores de doenças cardiovasculares. Desde 2003, um grande programa articula esforços em pesquisa e desenvolvimento tecnológico de instituições científicas, governamentais e privadas de vários países para reverter esse  quadro de modo duradouro e profissional.



Sobre as doenças negligenciadas e o programa internacional, considere as seguintes afirmativas:



I- As doenças negligenciadas, típicas das regiões subdesenvolvidas do planeta, são geralmente associadas à  subnutrição e à falta de saneamento básico.



II- As pesquisas sobre as doenças negligenciadas não interessam à indústria farmacêutica porque atingem países  em desenvolvimento sendo economicamente pouco atrativas.



III- O programa de combate às doenças negligenciadas endêmicas não interessa ao Brasil porque atende a uma  parcela muito pequena da população.



Está correto apenas o que se afirma em:



(A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.



 



11  ENEM 2007 SAÚDE



 



A tabela abaixo representa, nas diversas regiões do Brasil, a porcentagem de mães que, em 2005, amamentavam seus filhos nos primeiros meses de vida.



 








































Período De Aleitamento




Região




Até o 4.° mês em %




De 9 a 12 meses em %




Norte




85,7




54,8




Nordeste




77,7




36,8




Sudeste




75,1




38,8




Sul




73,2




37.2




Centro Oeste




83,9




17,8




Ministério da Saúde, 2005



Ao ingerir leite materno, a criança adquire anticorpos importantes



que a defendem de doenças típicas da primeira



infância. Nesse sentido, a tabela mostra que, em



2005, porcentualmente, as crianças brasileiras que estavam



mais protegidas dessas doenças eram as da região



a) Norte b) Nordeste c) Sudeste  d) Sul e) Centro-Oeste



 



 



12  ENEM 2007 SAÚDE



 



Há cerca de dez anos, estimava-se que 11,2% da população  brasileira poderiam ser considerados dependentes  de álcool. Esse índice, dividido por gênero, apontava que  17,1% da população masculina e 5,7% da população  feminina eram consumidores da bebida. Quando analisada a distribuição etária desse consumo, outro choque, a pesquisa evidenciou que 41,2% de estudantes da educação  básica da rede pública brasileira já haviam feito uso de álcool.



Dados atuais apontam que a porcentagem de dependentes  de álcool subiu para 15%. Estima-se que o país  gaste 7,3% do PIB por ano para tratar de problemas relacionados  ao alcoolismo, desde o tratamento de pacientes  até a perda da produtividade no trabalho. A indústria do álcool no Brasil, que produz do açúcar ao álcool combustível, movimenta 3,5% do PIB.



Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 28, nº 4, dez/2006  e Internet: <www.alcoolismo.com.br> (com adaptações)



A partir dos dados acima, conclui-se que



a) o país, para tratar pessoas com problemas provocados  pelo alcoolismo, gasta o dobro do que movimenta  para produzir bebida alcoólica.



b) o aumento do número de brasileiros dependentes de  álcool acarreta decréscimo no percentual do PIB  gasto no tratamento dessas pessoas.



c) o elevado percentual de estudantes que já consumiram  bebida alcoólica é indicativo de que o consumo  de álcool é problema que deve ser enfrentado pela  sociedade.



d) as mulheres representam metade da população brasileira dependentes de álcool.



e) o aumento na porcentagem de brasileiros dependentes  de álcool deveu-se, basicamente, ao crescimento  da indústria do álcool.



 



 



 



GABARITO 



 



1 A   2 E  3  C   4 D



 



Resolução  5



O Brasil apresenta áreas críticas na fronteira com o Paraguai em Foz do Iguaçu , com a AIDS , na fronteira do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com a Bolívia com casos de hanseníase e tuberculose e na região Amazônia a fronteira de Roraima com a Venezuela , altos índices de hanseníase e tuberculose .



 



6 A 7 C  8 C  9 E 10 D   11  A  12  C  13  D



 



REDAÇÃO  UNICAMP 2008 1 FASE  SAÚDE ORIENTAÇÃO GERAL: LEIA ATENTAMENTE.



APRESENTAÇÃO DA COLETÂNEA



O tema geral da prova da primeira fase é Saúde. A redação propõe três recortes desse tema.



Propostas:



Cada proposta apresenta um recorte temático a ser trabalhado ,de acordo com as instruções específicas. Escolha ,uma das três propostas para a redação (dissertação, narração ou carta) e assinale sua escolha no alto da página de resposta.



Coletânea:



A coletânea é única e válida para as três propostas. Leia toda a coletânea e selecione o que julgar pertinente para a realização da proposta escolhida. Articule os elementos selecionados com sua experiência de leitura e



reflexão. O uso da coletânea é obrigatório.



ATENÇÃO – Sua redação será anulada se você desconsiderar a coletânea ou fugir ao recorte temático ou não atender ao tipo de texto da proposta escolhida.



Um dos desafios do Estado é a promoção da saúde pública, que envolve o tratamento e também a prevenção de doenças. Nas discussões sobre saúde pública, é crescente a preocupação com medidas preventivas. Refletir



sobre tais medidas significa pensar a responsabilidade do Estado, sem desconsiderar, no entanto, o papel da sociedade e de cada indivíduo.



COLETÂNEA



1) O capítulo dedicado à saúde na Constituição Federal (1988) retrata o resultado de todo o processo desenvolvido ao longo de duas décadas, criando o Sistema Único de Saúde (SUS) e determinando que “a saúde é direito de todos e dever do Estado” (art. 196). A Constituição prevê o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. (Adaptado de “História do SUS” em www. portal.sespa.pa.gov.br, 20/08/2007.)



2) Os grandes problemas contemporâneos de saúde pública exigem a atuação eficiente do Estado que, visando à proteção da saúde da população, emprega tanto os mecanismos de persuasão (informação, fomento), quanto os meios materiais (execução de serviços) e as tradicionais medidas de polícia administrativa (condicionamento e limitação da liberdade individual). Exemplar



na implementação de política pública é o caso da dengue, que se expandiu e tem-se apresentado em algumas cidades brasileiras na forma epidêmica clássica, com perspectiva de ocorrências hemorrágicas de elevada letalidade. Um importante desafio no combate à dengue tem sido o acesso aos ambientes particulares, pois os profissionais dos serviços de controle encontram, muitas



vezes, os imóveis fechados ou são impedidos pelos proprietários de penetrarem nos recintos. Dada a grande capacidade dispersiva do mosquito vetor, Aedes aegypti todo o esforço de controle pode ser comprometido caso os operadores de campo não tenham acesso às habitações.  (Adaptado de Programa Nacional de Controle da Dengue. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2002.)



3) Com 800 mil habitantes, o Rio de Janeiro era uma cidade perigosa. Espreitando a vida dos cariocas estavam diversos tipos de doenças, bem como autoridades capazes de promover sem qualquer cerimônia uma invasão de privacidade. A capital da jovem República era uma vergonha para a nação. As políticas de saneamento de Oswaldo Cruz mexeram com a vida de todo mundo. Sobretudo dos pobres. A lei que tornou obrigatória a vacinação foi aprovada pelo governo em 31 de outubro de 1904; sua regulamentação exigia comprovantes



de vacinação para matrículas em escolas, empregos, viagens, hospedagens e casamentos. A reação popular, conhecida como Revolta da Vacina, se distinguiu



pelo trágico desencontro de boas intenções: as de Oswaldo Cruz e as da população. Mas em nenhum momento podemos acusar o povo de falta de clareza sobre o que acontecia à sua volta. Ele tinha noção clara dos limites da ação do Estado. (Adaptado de José Murilo de Carvalho, “Abaixo a vacina!”. Revista Nossa História, ano 2, no. 13, novembro de 2004, p. 74.)



4) Atribuir ao doente a culpa dos males que o afligem é procedimento tradicional na história da humanidade. Na Idade Média, a sociedade considerava a hanseníase um castigo de Deus para punir os ímpios. No século XIX, quando a tuberculose adquiriu características epidêmicas, dizia-se que a enfermidade acometia pessoas enfraquecidas pela vida devassa. Com a epidemia de Aids, a mesma história: apenas os promíscuos adquiririam o HIV. Coube à ciência demonstrar que são bactérias os agentes causadores de tuberculose e hanseníase, que a Aids é transmitida por um vírus, e que esses microorganismos são alheios às virtudes e fraquezas humanas. O mesmo preconceito se repete agora com a obesidade, até aqui interpretada como condição patológica associada ao pecado da gula. No entanto, a elucidação dos mecanismos de controle da fome e da saciedade tem demonstrado que engordar ou emagrecer está longe de ser mera questão de vontade. (Adaptado de Dráuzio Varela, “O gordo e o magro”. Folha de São Paulo, Ilustrada, 12/11/2005.)



5) “Nós temos uma capacidade razoável de atuar na cura, recuperação da saúde e reabilitação, mas uma  capacidade reduzida no campo da promoção e prevenção”, disse o então secretário e hoje ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O objetivo do governo é aumentar a cobertura nas áreas de promoção da saúde e medicina preventiva. Temporão afirma que as doenças



cardiovasculares -como hipertensão arterial e diabetes – são a principal causa de mortalidade, seguidas pelo câncer. Em ambos os casos, “o controle de peso, tabagismo, ingestão de álcool, sedentarismo e hábitos alimentares  têm um papel extremamente importante”. Por isso, quando o Ministério atua “na educação, informação, prevenção e promoção da saúde, está evitando que muitas pessoas venham a adoecer”. (Adaptado de Alessandra Bastos, “Programas assistenciais podem ‘desfinanciar’ saúde” em www.agenciabrasil.gov.br/ notícias, 15/09/2006.)



6) Apesar das inúmeras campanhas, estima-se que cerca de 30 milhões de brasileiros sejam fumantes. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, mais de 70 mil mortes por ano podem ser atribuídas ao cigarro. O SUS gasta quase R$ 200 milhões anualmente apenas com casos de câncer relacionados ao tabagismo. Diante desse quadro, a questão é saber se o cerco ao fumo deveria ser ainda mais radical do que tem sido no Brasil. Ou seja, se medidas como a proibição das propagandas e a colocação de imagens chocantes em maços de cigarro são suficientes para conter o consumo. (Adaptado de “O que você acha das campanhas contra o fumo?” em www.bbc.co.uk/portuguese/forum, 01/08/ 2002.)



7) Um mundo com risco cada vez maior de surtos de doenças, epidemias, acidentes industriais, desastres naturais e outras emergências que podem rapidamente tornar-se uma ameaça à saúde pública global: é esse o  cenário traçado pelo relatório anual da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a OMS, desde 1967, terão sido identificadas mais trinta e nove novas doenças, além do HIV, do Ebola, do Marburgo e da pneumonia atípica. Outras, como a malária e a tuberculose, terão sofrido mutações e resistirão cada vez mais  aos medicamentos. “Estas ameaças tornaram-se um perigo muito grande para um mundo caracterizado por grande mobilidade, interdependência econômica e interligação eletrônica. As defesas tradicionais nas fronteiras nacionais não protegem das invasões de doenças ou de seus portadores”, disse Margaret Chan, diretora geral da OMS. “A saúde pública internacional é uma aspiração coletiva, mas também uma responsabilidade mútua”, acrescentou. O relatório deixa recomendações aos governos, entre as quais a implementação definitiva



do regulamento sanitário internacional e a promoção de campanhas de prevenção e simulação de surtos epidêmicos, para garantir respostas rápidas e eficazes. (Adaptado de “OMS prevê novas ameças à saúde pública e pede prevenção global” em www.ultimahora.publico. clix.pt/sociedade, 23/08/2007.)



8)(Disponível emwww.aids.gov.br/humor)



9) Na 48ª. sessão da Comissão de Narcóticos e Drogas da ONU, os EUA encabeçaram uma ‘’coalizão’’ que rejeitou a proposta feita pelo Brasil de incluir os programas de redução de danos no conceito de Saúde como um direito básico do cidadão. A redução de danos é uma estratégia pragmática para lidar com usuários de drogas injetáveis. Disponibiliza seringas descartáveis ou mesmo drogas de forma controlada. Procura manter o viciado em contato com especialistas no tratamento médico e tem o principal objetivo de conter o avanço da Aids no grupo de risco, evitando o uso de agulhas infectadas. Apesar de soar contraditório à primeira vista, o programa é um sucesso comprovado pela classe científica. O Brasil é um dos países mais bem-sucedidos na estratégia, assim como a Grã-Bretanha, o Canadá e a Austrália. O Ministério da Saúde brasileiro, por exemplo, estima que os programas de redução de danos foram capazes de diminuir em 49% os casos de Aids em usuários de drogas injetáveis entre 1993 e 2002. A posição norte-americana reflete as políticas da Casa Branca, que se preocupou, por exemplo, em retirar a palavra ‘’camisinha’’ de todos os sites do governo federal. Essa mesma filosofia aloca recursos para organizações americanas de combate à Aids que atuam fora dos EUA, pregando a abstinência e a fidelidade como remédios fundamentais na prevenção da doença. (Adaptado de Arthur Ituassu, “EUA atacam programas de combate à AIDS”. Jornal do Brasil,12/03/2005.)



PROPOSTA A



Trabalhe sua dissertação a partir do seguinte recorte temático:



Segundo o artigo 196 da Constituição, a saúde é direito de todos e dever do Estado, devendo ser garantida mediante políticas públicas. Tal responsabilidade permite ao Estado intervir no comportamento individual e coletivo com ações preventivas, que podem gerar conflitos.



Instruções:



1- Discuta os desafios que as ações preventivas lançam ao Estado na promoção da saúde pública.



2- Trabalhe seus argumentos no sentido de apontar as tensões geradas por essas ações preventivas.



3- Explore os argumentos de modo a justificar seu ponto de vista sobre tais desafios e tensões.



PROPOSTA B



Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temático:



O avanço da tecnologia e da ciência médica desmistifica muitos dos preconceitos em torno das doenças. Entretanto, algumas delas, consideradas atualmente problemas de saúde pública, como obesidade, alcoolismo, diabetes, AIDS, entre outras, continuam a trazer dificuldades de auto-aceitação e de relacionamento social.



Instruções:



1- Imagine uma personagem que receba o diagnóstico de uma doença que é tema de campanhas preventivas.



2- Narre as dificuldades vividas pela personagem no convívio com a doença.



3- Sua história pode ser narrada em primeira ou terceira pessoa.



PROPOSTA C



Trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temático:



O governo brasileiro tem promovido campanhas de alcance nacional, a fim de combater o tabagismo, o uso de álcool e drogas, a proliferação da dengue, do vírus da Aids e da gripe, entre outras doenças que comprometem a saúde pública.



Instruções:



1- Escolha uma campanha promovida pelo Ministério da Saúde que, na sua opinião, deva ser mantida.



2- Argumente no sentido de apontar aspectos positivos da estratégia dessa campanha.



3- Dirija sua carta ao Ministro da Saúde, justificando a manutenção da campanha escolhida.



  


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui