EDUCAÇÃO QUESTÕES DE VESTIBULAR
1. UNICAMP 2009 2 FASE TAXA DE ANALFABETISMO EM VÁRIOS PAÍSES
Os dados recentes sobre analfabetismo no Brasil e nos países da América Latina e Caribe, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2008), revelam importante aspecto das diferenças regionais.
Gráfico 1 – Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais, segundo as Grandes Regiões do Brasil - 2007
região
| Taxa analf
| região
| Taxa analf
| Região
| Taxa analf
| Norte
| 10,8
| Sudeste
| 5,7
| Centro Oes
| 8,1
| Nordeste
| 19,9
| Sul
| 5,4
|
|
|
Fonte: PNAD - Síntese de Indicadores 2007 (IBGE, 2008)
Gráfico 2 – Projeções para a taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais para os países da América Latina e Caribe – 2007
país
| Taxa analf
| país
| Taxa analf
| País
| Taxa analf
| Cuba
| 0,2
| Panamá
| 6,6
| Jamaica
| 14,0
| Trin Tobago
| 1,3
| Equador
| 7,4
| El Salvador
| 14,5
| Uruguai
| 2,0
| México
| 7,6
| Honduras
| 16,9
| Argentina
| 2,4
| Peru
| 9,5
| Nicarágua
| 19,5
| Chile
| 3,5
| Suriname
| 9,6
| Guatemala
| 26,8
| Costa Rica
| 4,1
| Bolívia
| 9,7
| Haiti
| 37,9
| Paraguai
| 6,3
| Brasil
| 10,0
|
|
| Colômbia
| 6,4
| Rep. Domi
| 10,9
|
|
|
Fonte: PNAD - Síntese de Indicadores 2007 (IBGE, 2008)
a) Em termos regionais qual a situação da distribuição das taxas de analfabetismo no Brasil? De que maneira isso influencia a manutenção das desigualdades regionais?
b) Entre os países citados, qual apresenta a maior taxa de analfabetismo? De que maneira a situação política desse país contribui para explicar tal fato?
2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO AENEM 2009
Populações inteiras, nas cidades e na zona rural, dispõe da parafernália digital global como fonte de educação e de formação cultural. Essa simultaneidade de cultura e informação eletrônica com as formas tradicionais e orais e um desafio que necessita ser discutido. A exposição, via mídia eletrônica, com estilos e valores culturais de outras sociedades, pode inspirar apreço, mas também distorções e ressentimentos. Tanto quanto ha necessidade de uma cultura tradicional de posse da educação letrada, também e necessário criar estratégias de alfabetização eletrônica, que passam a ser o grande canal de informação das culturas segmentadas no interior dos grandes centros urbanos e das zonas rurais. Um novo modelo de educação.
BRIGAGAO, C. E; RODRIGUES, G. A globalização a olho nu: o mundo conectado. São Paulo: Moderna, 1998 (adaptado)
Com base no texto e considerando os impactos culturais da difusão das tecnologias de informação no marco da globalização, depreende-se que
a) a ampla difusão das tecnologias de informação nos centros urbanos e no meio rural suscita o contato entre diferentes culturas e, ao mesmo tempo, traz a necessidade de reformular as concepções tradicionais de educação.
b) a apropriação, por parte de um grupo social, de valores e idéias de outras culturas para beneficio próprio e fonte de conflitos e ressentimentos.
c) as mudanças sociais e culturais que acompanham o processo de globalização, ao mesmo tempo em que refletem a preponderância da cultura urbana, tomam obsoletas as formas de educação tradicionais próprias do meio rural.
d) as populações nos grandes centros urbanos e no meio rural recorrem aos instrumentos e tecnologias de informação basicamente como meio de comunicação mutua, e não os vêem como fontes de educação e cultura.
e) a intensificação do fluxo de comunicação por meios eletrônicos, característica do processo de globalização, esta dissociada do desenvolvimento social e cultural que ocorre no meio rural.
3 MACKENZIE 2012 BRASIL EDUCAÇÃO
Desempenho de alunos brasileiros está bem abaixo do ideal
Ranking do Brasil no PISA
Média internacional para leitura 492 pontos China 556 Brasil 412
Média internacional para matemática 496 pontos China 600 Brasil 386
Média internacional para ciência 501 pontos China 575 Brasil 405
Relatório divulgado pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) mostra déficit brasileiro nas categorias leitura, matemática e ciência . A colocação do Brasil, a exemplo do que aconteceu na última edição, em 2006, não foi positiva. Segundo dados
do relatório de 2009, divulgado neste mês, o país atingiu 412 pontos em leitura, 386 pontos em matemática e 405 pontos em ciência. A média sugerida pela OCDE é de 492, 496 e 501, respectivamente. O objetivo do “Pisa ” Programa Internacional de Avaliação de Alunos) é comparar o desempenho da educação no mundo. Ao todo foram analisados 65 países (34 membros da organização e 31 parceiros).
(http://veja.abril.com.br – 7/12/2010)
Observando o texto e os dados divulgados pelo PISA, considere I, II e III abaixo.
I. Os dados divulgados pelo PISA justificam, claramente, a preocupação de países como a China, que também faz parte do BRICS, em investimentos
prioritários na área educacional, mantendo-a em primeiro lugar, seguida pela Coréia do Sul e pela Finlândia.
II. A Constituição Brasileira de 1988 estabelece que pelo menos 18% da receita com impostos da União e 25% da dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, devem ser investidos em educação.
Diversas Constituições estaduais e municipais ampliaram seus percentuais para, ate, 35%. III. Os resultados das pesquisas realizadas pelo PISA são
enviados ao PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento); países com resultados insatisfatórios devem promover medidas emergentes de recuperação, podendo sofrer sanções de ordem
econômica ou social caso não as adotem.
Esta(ao) correta(s)
a) I e III, apenas. b) I e II, apenas. c) I, II e III. d) II e III, apenas. e) I, apenas.
4 ENEM 2011EDUCAÇÃO NACIONAL
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no currículo dos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino sobre Historia e Cultura Afro-Brasileira e determina que o conteúdo programático incluir o estudo da Historia da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes a Historia do Brasil, alem de instituir, no calendário escolar, o
dia 20 de novembro como data comemorativa do “Dia da Consciência Negra”.
Disponível em: http://www.planalto.gov.brAcesso em: 27 jul 2010 (adaptado).
A referida lei representa um avanço não são para a educação nacional, mas também para a sociedade brasileira, porque
a) legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.
b) divulga conhecimentos para a população afro brasileira.
c) reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e sua cultura.
d) garante aos afro descendentes a igualdade no acesso a educação.
e) impulsiona o reconhecimento da pluralidade etnicoracial do pais.
5 UNESP JULHO 2011 EDUCAÇÃO NO BRASIL
Parece notícia velha, mas a ciência e o ensino da ciência continuam sob ataque. No portal www.brasilescola.comhá um texto de Rainer Sousa, da Equipe Brasil Escola, que discute a origem do homem. No final, o texto diz: “sendo um tema polêmico e inacabado, a origem do homem ainda será uma questão capaz de se desdobrar em outros debates. Cabe a cada um adotar, por critérios pessoais, a corrente explicativa que lhe parece plausível”. “Critérios pessoais” para decidir sobre a origem do homem? A religião como “corrente explicativa” sobre um tema científico, amplamente discutido e comprovado, dos fósseis à análise genética?
Como é possível essa afirmação de um educador, em pleno século 21, num portal que leva o nome do nosso país e se dedica ao ensino?
(Marcelo Gleiser. Folha de S.Paulo, 13.02.2011. Adaptado.)
O pensamento de Marcelo Gleiser e expresso por meio de uma
a) perspectiva conciliatória entre religião e ciência acerca da origem do homem.
b) abordagem do conflito entre criacionismo e evolucionismo sob um ponto de vista liberal, defendendo a liberdade individual para escolher qual adotar.
c) pressuposição de que a teoria da evolução das espécies de Charles Darwin e anacrônica e, portanto, inapropriada para explicar a origem do homem.
d) critica da posição adotada pela Equipe Brasil Escola, por seu teor de irracionalismo.
e) pressuposição segundo a qual, no que tange a origem do homem, os critérios subjetivos devem prevalecer sobre os critérios empíricos.
6 UNESP JULHO 2011 EDUCAÇÃO NO BRASIL
Crianças que passam o dia sob controle de pais, babás e professores, com a agenda lotada de atividades, agora têm também suas brincadeiras da hora de recreio dirigidas por adultos. Cada vez mais colégios particulares adotam o chamado “recreio dirigido”, na tentativa de resgatar formas saudáveis de brincar em grupos. Alguns educadores, porém, temem que a prática se torne mais uma maneira de controlar uma geração que já desfruta de pouca autonomia. Em uma das escolas, “o objetivo é melhorar a integração, desenvolver a autonomia”, diz a orientadora do colégio. Para uma antropóloga, esse tipo de proposta acaba podando a iniciativa das crianças. “Elas estão sempre sendo direcionadas, ficam esperando que alguém diga o que é
melhor fazer, perdem autonomia”.
(Luciana Alvarez. O Estado de S.Paulo, 13.02.2011. Adaptado.)
Sobre o texto, e correto afirmar:
a) Os profissionais da área pedagógica possuem critérios consensuais para definir os meios mais adequados para desenvolver a autonomia das crianças.
b) Os críticos do recreio dirigido apontam riscos de heteronímia, implícitos nessa pratica pedagógica.
c) A pratica adotada pelos colégios particulares pressupõe uma rígida demarcação entre atividades de aprendizagem e atividades lúdicas.
d) As escolas abordadas na reportagem evidenciam uma dedicação especializada nas dimensões intelectuais do processo de aprendizagem, em detrimento dos aspectos emocionais.
e) O recreio dirigido e criticado por alguns profissionais por seu teor de enfraquecimento da escola como instituição de controle.
7. UFABC Julho 2007 Educação
Editorial
Educação é algo bem mais amplo do que escola. Começa em casa, onde precisam ser dadas as primeiras informações sobre o mundo, noções de postura e compostura, respeito, limites. Continua na vida pública, nem sempre um espetáculo muito edificante, na qual vemos políticos concedendo-se um bom aumento em cima dos seus já polpudos ganhos, enquanto professores recebem salários escrachadamente humilhantes, e artistas fazendo propaganda de bebida num momento em que médicos, pais e responsáveis lutam contra a dependência química de milhares de jovens. Quem é público, mesmo que não queira, é modelo: artistas, líderes, autoridades. Não precisa ser hipócrita nem bancar o santarrão, mas precisa ter consciência de que seus atos repercutem, e muito. Estamos tristemente carentes de bons modelos, e o sucesso da visita do papa também fala disso: além do fator religião, milhares foram em busca de uma figura paternal admirável, que lhes desse esperança de que retidão, dignidade, incorruptibilidade, ainda existem. (LUFT, Lya. A Educação Possível. Veja, 23/5/2007)
É correto afirmar que o texto
a) critica a falta de educação pública básica, prejudicada pela falta de recursos, já que estes são usados para conceder aumentos a políticos.
b) prega a necessidade de pessoas de vida pública servirem de exemplo, como os professores, que, apesar de receberem salários humilhantes, educam.
c) entende educação em sentido lato, defendendo a tese de que as gerações se educam no modelo religioso do papa.
d) discute a necessidade de pessoas públicas avaliarem os efeitos de suas condutas, pois estas acabam por incutir padrões sociais, nem sempre desejáveis.
e) condena a atitude passiva das pessoas que buscam referências de comportamento em artistas, líderes e autoridades.
8. UNESP 2004. Uma charge de Angeli mostra uma família muito pobre e com muitos filhos e a respeito da alimentação o marido fala à mulher : “Tá vendo . Se tivéssemos um computador era só procurar em um serviço de busca da Internet.” . (Angeli. Folha de S.Paulo, 11.06.2003.)
... enquanto o Estado pretende acabar com o “analfabetismo digital” (...) muitos brasileiros ainda permanecem à parte da produção e da compreensão da palavra escrita, a qual soa mais como um privilégio de poucos, do que como um direito de todo o cidadão. Portanto, o analfabetismo é o maior desafio a ser enfrentado pelo
Estado para a consolidação de uma sociedade da informação no Brasil, uma vez que os estoques de informação na internet encontram-se, em sua maioria, sob a forma de texto escrito, inacessíveis para cerca de 20 milhões de brasileiros que não sabem ler e escrever. (Rubens da Silva Ferreira. A sociedade da informação no Brasil: um ensaio sobre os desafios do estado. Ciência da Informação, vol. 32, n.o 1, 2003.) A partir da charge e do texto:
a) aponte dois entraves à eliminação da exclusão digital e implantação de uma sociedade da informação no Brasil.
b) há diferença entre informação e conhecimento? Justifique sua resposta.
GABARITO
1.
a) O quadro revela as grandes disparidades regionais que os indicadores sócio-econômicos , entre os quais o analfabetismo , apresentam no Brasil . Sul e Sudeste apresentam os menores índices de analfabetismo , Centro Oeste e Norte ocupam posições intermediárias e os piores indicadores estão no Nordeste . A melhor escolaridade dos habitantes do sul e sudeste atrai mais investimentos para estas regiões , porém esta realidade mudou significativamente nos últimos anos a partir de oferta de subsídios por Estados e Municípios e melhora da qualificação de parte da população e portanto os indicadores econômicos do Nordeste tendem a melhorar progressivamente .
b ) A maior taxa de analfabetismo entre os países citados é a do Haiti . Trata-se de país que apresentou grande instabilidade política nas últimas décadas e que atualmente apresenta a presença de tropas de intervenção da ONU , comandada pelo exército brasileiro , instabilidade que resultou em um país totalmente desestruturado social e economicamente , o que se reflete em indicadores sociais muito negativos como a taxa de analfabetismo .
2 A 3 B 4 E 5 D 6 B 7 D
Resolução 8
a) O analfabetismo (real e funcional) e a pobreza. Podem-se acrescentar a exclusão social (considerada como um todo), a concentração de renda e a
insuficiência de investimentos governamentais no campo da inclusão digital.
b) Sim, pois o conhecimento constitui a base indispensável para que a informação possa ser entendida e decodificada. Ou seja: o conhecimento é o elemento
subjetivo necessário à interpretação da informação recebida, de forma a integrá-la em um conjunto abrangente.
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