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Cartas-->PARA JÚLIO CÉSAR, A FORÇA QUE ME SUSTENTOU -- 10/11/2002 - 08:48 (OLYMPIA SALETE RODRIGUES - 2 (visite a página ROSAPIA)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PARA JÚLIO CÉSAR, A FORÇA QUE ME SUSTENTOU

Só hoje lhe respondo, meu amigo, pois estive viajando e retorno ainda um tanto cansada, mas não desanimada.

Gostaria de responder a todas as suas perguntas... Não sei se vale a pena, pois teria que falar exaustivamente da podridão de almas ainda consideradas humanas. O normal é fugirmos do mau cheiro.

Há gente perguntando quem sou eu entre tantos nomes adotados em tão pouco tempo. Alguns pensam que sou o resultado de uma fuga. Pois lhe afirmo que foram um barato essas entradas e saídas de becos que pareciam “sem saída” e seriam se não tivesse eu amigos sinceros e leais como você.

Disso preciso falar. Você foi de uma sensibilidade e paciência a toda prova. Não queria nem aprovava minha saída. Quando saí, não o consultei, respeitando seu trabalho exaustivo no lançamento de nova criação artística em Portugal. Apenas comuniquei. E você largou tudo e veio a mim, sem uma palavra sequer de censura ou lamento, sem questionar o certo e o errado, apenas chegou e me fez companhia na dor. Você considerou que eu já estava por demais ferida por palavras cruéis e abusivas, não era hora de discordar ou mesmo tentar uma reflexão que poderia doer ainda mais fundo. Na sua sabedoria, sabia que esse era o caminho não apenas da saída, mas também da volta. Generosidade pura! E a generosidade sempre acerta, não importa a cara que tenha.

Os motivos você sabe e alguns amigos os sabem também. O gesto foi fruto de minha persistente tolerância ao ódio mal resolvido de pessoas que não conseguem se tornar sensíveis nem mesmo com um sofrimento com sabor de morte. Pessoas que são atingidas em cheio pelo sofrimento e o transformam em vingança, e saem atirando para todos os lados, atingindo inocentes. Seus tiros podem até fazer algumas vítimas, o que é lamentável. Os que chegaram a mim tiveram efeito contrário: graças a eles eu pude ver mais claramente a podridão a que pode chegar a alma humana e decidi que não quero minha alma chafurdando em tão fétida lama, motivo pelo qual nunca respondi ao "anônimo nem tão anônimo", ao pobre tão pobre que nem tem endereço. Foi quando eu pude medir o tamanho do amor que tenho a sorte de cultivar e senti a necessidade de amar até a quem tentava me destruir. Claro que esse “insight” foi terrível. Foi quando publiquei o poema “AMOR NECESSÁRIO” e me vi redimida e gloriosa. Estava compensada. Depois disso, eu sabia, tinha ainda que aceitar chegar ao fundo do poço. Cheguei ao “me apagar” na Usina. Só então comecei a volta à tona. E aqui estou, recompondo a página e imensamente grata aos apoios que muitos me deram.

Sim, o terror virtual é uma realidade e não podemos simplesmente ignorá-lo, simplificá-lo como se não passasse de brincadeira. Quem é atingido por ele não o minimizaria nunca. Ele pode até matar, nós sabemos. Ninguém é tão forte que o vença apenas racionalizando. Alguns, infelizmente, morrem, para prazer do inimigo. O importante é que todos nós, vítimas ou não de tamanha crueldade, estejamos atentos e combatentes, principalmente apoiando qualquer de nós que passe por essa guerra fria. Compreender e saber avaliar a dor alheia é, para mim, ser forte candidato à perfeição.

Ao agradecer a você, Júlio César, quero estender meu grato afeto a todos que direta ou indiretamente torceram por minha volta à Usina. Vocês todos, unidos no mesmo desejo, sem dúvida são mais fortes que qualquer terrorista virtual... A todos vocês, meu sorriso tranqüilo, não de vitória ou convencimento, mas de simples e leal companheirismo.

Assino com o nome que parece a melhor resolução de meu “eu-confuso”...

Sal, com beijos.

Abaixo transcrevo, para reflexão de todos, o Artigo de Júlio César, de 05/11/2002:

“puta que pariu

Há na "lingua brasileira" uma expressão que adoro. PUTA QUI PARIU !!!! Assim, sem mais. E isso chega para saber como classificar. Hoje, no regresso de Sal, apetece cantar isso. Quanta festa, quanta alegria, quanta saudação!!! BEM VINDA SAL!!!
... e a dor da ausência?
Alguem imaginou das razões do sair? Porque saiu um dia?
Alguem mediu o sofrimento de quem parte?
Alguem imagina que um e-mail pode estar destruindo um de nós?
Eu sei, por experiencia propria, o quanto um mail pode matar e fazer desistir alguem, de sua enorme vontade em se manter aqui. Isso está acontecendo, neste lugar, com muita gente. Há terrorismo virtual na Usina. E isso tem de acabar. A direcção da Usina tem de tomar medidas, a pedido de cada um de nós. Um e-mail sem identificação não pode, impune, chegar ao criador de textos. Não o pode destruir. Perturbar no acto criador. Matá-lo na sua enorme vontade de se dar. E isso passa aqui.
Hoje, no regresso de SAL, devemos exigir que o seu retorno seja acauteledo. Que nossa manutenção seja respeitada. Sob pena de cada um de nós ser confrontado um dia com o sabor da traição de quem, no esconderijo dos sem nome, pode ferir de ausencia cada um daqueles, que neste lugar assume seus textos com amor.
Fora, pois, quem fala para o autor sem se identificar. Sabendo quem são, podemos esgrimir com lealdade. A palavra é isso. Um cruzar de espadas, nobre, como o verbo. Que assim seja.


juliocesar”

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