Cheguei,
olhei,
abracei.
E senti um conforto
como um porto
seguro dentro de mim.
Relaxei,
não pensava,
só falava
E sorria de mim mesma -
menina nos atos
mulher nos pensamentos
tão exatos, mas incertos.
Continuei,
adormeci,
não quis ir embora,
fiquei ali
ao seu lado -
um alguém inesperado
que não apressa a demora.
Despertei
de leves sonhos
com breves olhos
a reparar-me.
E despedi-me
com mesmo abraço do início
mas deixando no ar
um resquício
uma dúvida
da vontade de me dar.
Será?
(Mariana Antonelli - 05/03/2003)
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