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Artigos-->Nem comiseração, nem pena -- 14/04/2013 - 16:13 (Armando A. C. Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:143768996832682200


Nem comiseração, nem pena

 



I





Olha o mundo, como está mudado

Antigamente, havia sentimento

Respeito das pessoas de qualquer lado

Deferência, consideração no tempo



Hoje, motivo torpe, vira arena

Abate-se o semelhante em plena rua

Não há mais comiseração, nem pena

A justiça, está no mundo da lua



O roubo, o latrocínio, fica impune

O povo não sabe a quem reclamar

Ao ladrão a pena fica sempre imune

A vítima, a pobre vítima... a penar !



Ninguém a ampara, não tem direitos

Afinal morto não fala, não dá votos

A turma, lá dos humanos direitos

Não fala com mortos; eles são ignotos.



E assim, vai campeando a impunidade

Por direitos escabrosos amparada

Esta, é nosso invulgar realidade

A vítima, fica sempre prejudicada.



Lei, que lei é essa que eu não entendo

Mesmo sendo advogado militante

Há cerca de quarenta anos, me rendo

À lei de execuções, tão extravagante.



Precisamos de mudar urgentemente

Anomalias grotescas em prol do crime

Colocar um ponto final nessa gente

Que dia a dia, menos se redime !



II





Antigamente, o ladrão era finório

Tirava a corrente d’ouro da algibeira

Ou alternativamente a carteira

Inteligentemente, sem falatório



Na rua, ou mesmo dentro de um cartório

Não percebias o furto; pura arte

Hoje, assaltam na rua, em qualquer parte

De arma em punho, diferente do finório.



O ladrão de hoje, é violento feroz

Não sabe furtar com diplomacia

Usa o roubo, violência e covardia

Bem longe do ladrão, de seus avós



Antigamente o ladrão só furtava.

O cidadão perdia a carteira

O relógio, carregado na algibeira,

Ladrão de antigamente. Não matava.



Hoje ele rouba pertences e a vida

Sem dó, sem piedade, sem clemência

No louco intento de sua insolência

Numa longa inclemência incontida.



Como espectro perseguidor do bem

Neste mundo adverso o crime avassala

Sem medir consequências na lei resvala

Tropeça e esbarra nas grades, também.



Na cocaína, no álcool, ou na maconha

Quase sempre, no vício engajado

Envereda em destino incerto, arriscado

Cujo desfecho, não é, o que se sonha.



Porangaba, 10/04/2013

Armando A. C. Garcia

Visite meu blog: http://brisadapoesia.blogspot.com


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