A insistência do pastor Marco Feliciano em se manter na presidência da Comissão dos Direitos Humanos apesar das constantes manifestações da sociedade civil e até mesmo dos colegas parlamentares mostra que o deputado não tem bom senso. É um sujeito obstinado e sem muito respeito pelo próximo. E acima de tudo, não tem a menor consideração pelas instituições democráticas e, age de forma semelhante aos membros dos regimes de exceção, onde as manifestações contrárias são dispersas, os manifestantes presos e até mesmo torturados. Essa forma de intimidação, demonstrada pelo deputado, parece condizer com sua profissão de pastor evangélico, onde as pessoas são intimadas a doar para a igreja parte de seus ganhos sob a ameaça não só da ridicularização perante a comunidade como também, por ingenuidade (os mais ingênuos são sempre os mais explorados), de sofrerem os castigos eternos "nas mãos do diabo" como gostam de dizer. Que as igrejas protestantes vivem do comércio da fé e de iludir os fiéis isso não é novidade, mas os métodos do deputado e pastor Marco Feliciano é sem dúvida uma nova e eficiente modalidade de chantagem e extorsão, algo que só os criminosos profissionais costumam usar. Um sujeito como esse deveria estar atrás das grades e não na presidência de uma Comissão dos Direitos Humanos. Aliás, isso não parece piada?