Rolando no leito, de desejos perdida,
saudade dos carinhos que meu corpo adora...
Suspiros, lágrimas dolorosas... chora
a flor do meu corpo entristecida.
Do meu ser ela é sensual senhora
que à noite, solitária, sente-se ferida,
à espera do falo que lhe dará nova vida,
que a fará viçosa como foi outrora...
E, lasciva, abre-se em toda plenitude,
expondo seus segredos, toda sua beleza,
e ignorando o recato, a carnal virtude,
exala seu perfume com incrível sutileza
Para que, do prazer, viva a certeza,
e do sangue fervendo sinta a juventude
sem que o tempo, em si, nada mude
da frágil humana natureza...
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