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Artigos-->CONSUMO DE ÁLCOOL POR JOVENS -- 17/03/2013 - 16:54 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 



 



CONSUMO DE ÁLCOOL POR JOVENS



                         



                              Edson Pereira Bueno LeaL, março de 2.013



 



Pesquisa feita pela Unifest com 6417 jovens de 10 a 20 anos constatou que 20% dos meninos e 15% das meninas entre 10 e 12 anos haviam ingerido álcool nos últimos 30 dias . Entre 13 e 15 anos o percentual foi maior , 43% dos garotos e 40% das meninas , o que indica que o consumo de álcool começa muito cedo . Quanto mais se bebe na juventude , maior será a propensão para o alcoolismo na idade adulta .



Estudo feito pela Unesp em 2002 com 318 calouros com idade entre 18 e 20 anos que bebiam pesado mais de duas vezes por semana . O estudo mostrou que as meninas estão bebendo em quantidade semelhante à dos rapazes e se envolvem em acidentes de carro quando estão embriagadas . “ A relação encontrada foi de três garotas acidentadas para cada cinco rapazes” , segundo Florence Kerr-Corrêa , professora se psiquiatria e coordenadora da pesquisa .



O problema é que as mulheres tendem a ficar tão embriagadas quanto os homens , com apenas metade da dose . Isso decorre da maior quantidade de gordura corporal  e, portanto menor quantidade de água no organismo feminino  e para alguns ainda pela menor quantidade nas mulheres , de alguns tipos de enzima que metabolizam o álcool no estômago ..( Veja, 11.12.2002 , p. 81) .



As pesquisas mais recentes estão mostrando que o consumo de álcool na adolescência  e na juventude pode deixar marcas indeléveis no cérebro . Ou seja , beber nesta idade é mais danoso para o cérebro . Os efeitos são a longo prazo e podem variar de déficits de aprendizagem, falhas permanentes de memória , dificuldades de autocontrôle e ausência de motivação . Além disso , o abuso de álcool na adolescência aumenta em cinco vezes a propensão para o alcoolismo na  idade adulta . Dos adultos que haviam começado a beber antes dos 14 anos , 47% se tornaram dependentes ; entre os que iniciaram o consumo a partir dos 21 anos , o percentual de dependência foi de 9% .



Susan Tapert , da Universidade da Califórnia estudou o cérebro de menores de idade com histórico de abuso no consumo de álcool e descobriu em todos eles um dano variável, mas permanente no hipocampo. , responsável por parte do chamado sistema límbico .



Adolescentes de 15 a 16 anos que haviam se embebedado pelo menos 100 vezes na vida se saíram pior em testes de memória do que seus equivalentes sóbrios . O nível de atividade cerebral  durante testes de memória e atenção realizados com uso de  ressonância magnética funcional  ( que mede a alteração dos níveis de oxigênio no cérebro) , foi menor em adolescentes com históricos de bebedeiras .



O álcool também , quando mais cedo começa a ser consumido , maior a probabilidade do usuário de passar para drogas ilegais . Portanto ele é uma porta de entrada para outros tipos de vício .



Beth Alexander , professora associada da Universidade de Michigan em artigo na revista American Family Physician afirma que o vício começa na adolescência em pelo menos 20% dos casos  e que o álcool é uma das principais causas de doenças e mortalidade entre os  jovens norte-americanos .Acidentes de trânsito , suicídios , crimes violentos , evasão escolar , perda de emprego , gravidez indesejada estão entre os problemas relatados entre os jovens , ( F S P , 17.06.1991 , p. 4-6) .



Segundo o médico Milton Steinman, da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado e do pronto-socorro do Hospital das Clínicas recente pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Unifesp , feita com estudantes dos ensino médio e fundamental de dez capitais brasileiras : bebidas alcoólicas são consumidas por 65% dos entrevistados , estando bem á frente do tabaco . ( F S P , 1.6.2008 , p. C-9) .  



A pesquisa Nacional de Saúde  do Estudante , feita pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde  e que ouviu 63 mil estudantes matriculados no último ano do ensino fundamental , sendo 80% em escolas públicas e 20% da rede privada , em todas as capitais do país , verificou que 70% dos adolescentes brasileiros entre 13 e 15 anos já consumiram bebida alcoólica , sendo o  primeiro contato com o álcool entre 12 e 14 anos . Quase 9% já utilizaram drogas ilícitas .



Dos que já ingeriram álcool , 22% ficaram bêbados pelo menos uma vez e 18,7% relataram que , nos 30 dias anteriores à pesquisa , foram conduzidos por motoristas alcoolizados . ( F S P , 19.12.2009, p. C-1)



Pesquisa inédita em 2012, realizada em sete capitais do país  mostra que adolescentes que tentam comprar bebidas alcoólicas  têm sucesso , em pelo menos 70% das vezes . Em Belém , 88% conseguem e no Rio 86%. Mesmo em São Paulo , onde lei estadual aumenta o rigor das punições aos estabelecimentos que vendem bebidas para menores, 71% conseguem comprar bebidas sem restrições .



Levantamentos feitos no Brasil e no exterior comprovam que beber – em qualquer idade – potencializa comportamentos temerários . No adolescente, com sua onipotência e impulsividade características , o risco de o álcool provocar ou facilitar situações como gravidez precoce, contaminação por doenças sexualmente transmissíveis , envolvimento com a criminalidade e uso de drogas ilícitas é perigosamente maior . Num organismo jovem , o impacto e as conseqüências da ingestão da bebida são muito diferentes do que os que incidem sobre um adulto , daí a conclusão unânime dos especialistas: menores de 18 anos não devem beber uma gota sequer de álcool .



Levantamento que ouviu 15.000 jovens em 27 capitais brasileiras mostrou um cenário alarmante . Ao longo de um ano , um em cada três jovens brasileiros de 14 a 17 anos se embebedou ao menos uma vez. Em 40¨% dos casos mais recentes, isso ocorreu na sua casa ou de amigos e parentes . Em 11% dos episódios , os menores estavam acompanhados dos próprios país ou de tios .



Ao contrário dos EUA, 42% dos jovens da classe A ( renda familiar média de mais de  R$ 10.000,00), se embriagaram ao menos uma vez no último ano , para 31% dos jovens da classe B, 26% da classe C e 23% das classes D e E ( renda  familiar média de R$ 600,00). ( Revista Veja, 11.07.2012, p. 80-86).



 



ATENDIMENTO  NA USP



 



Levantamento feito no Hospital Universitário da USP, indica que , de 2007 a 2012, adolescentes e jovens de 13 a 22 anos compuseram a faixa etária que mais procuraram atendimento  em decorrência de intoxicação aguda por ingestão de álcool. Foram 35% dos 1.370 atendimentos.



O estudo, revela ainda que o pico da procura de auxílio médico por causa de bebedeira se dá entre os 19 e 20 anos  e que, após os 25 anos, os índices começam a cair.



João Paulo Becker Lotufo, médico pediatra e coordenador do levantamento alerta: “ O contato com bebidas alcoólicas tem sido cada vez mais precoce. Há pesquisas indicando que a cada cinco anos , aumenta-se a dosagem que eles ingerem e diminui a idade do uso... Cada pileque representa lesão em neurônios em grandes quantidades. Isso vai ocasionar problemas de memória e dificuldade no atendimento. Quanto mais jovem se bebe, maior o risco de dependência”. ( f s p , 16.03.2013, Cotidiano 2, p. 3) .


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