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Artigos-->AQUECIMENTO GLOBAL -- 10/03/2013 - 08:57 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


AQUECIMENTO GLOBAL 



 



Edson Pereira Bueno Leal, março de 2013.



 



 



A prova de que alguns gases como o gás carbônico e o metano, agem como reguladores da temperatura da Terra foi apresentada em 1859 pelo químico irlandês John Tundall. O químico sueco Svante Arrhenius, foi o primeiro a calcular em 1896, o potencial de aquecimento atmosférico com o aumento do CO2. (F S P, 21.06.2009, p. A-27). Na época o planeta tinha apenas um bilhão de habitantes, contra 6,8 bilhões em 2009.



A quantidade de CO2 lançada na atmosfera continua a aumentar. Em giga toneladas foram 19,8 em 1980, 23,5 em 1990 e 26,4 em 2005. (Exame, 5.12.2007, p. 107).



Deve-se salientar que a atividade humana representa apenas 2% das emissões de gás carbônico. Os outros 98% vem de atividades naturais, como a decomposição de plantas.



Segundo medições feitas por climatologistas da Universidade da Califórnia em San Diego os níveis de CO2 aumentaram em mais de dois ppm (partes por milhão) ao longo dos biênios 2001/2002 e 2002/2003 enquanto nos anos anteriores esta taxa era de 1,5 ppm. Pode ser um simples reflexo de eventos naturais, mas pode ser o começo de um processo natural sem precedentes podendo levar a uma manifestação precoce dos efeitos do aquecimento global. (F S P 12.10.2004, p. A-15).



Cálculo feito por Keith Shine, chefe do Departamento de Meteorologia da Universidade de Reading no Reino Unido conclui que a concentração de gases estufa já chegou a 425 ppm de dióxido de carbono. Cerca de 379 de dióxido de carbono, 40 ppm equivalente de metano e seis ppm de óxido nitroso. (F S P 11.02.2006, p. A-19).



Em 2100 este nível pode chegar a 800 partes por milhão.



Em dois de abril de 1991, o Pinatubo, na ilha de Luzón, nas Filipinas, adormecido por mais de quatro séculos começou a soltar fortes explosões de vapor que em geral precedem uma erupção e em 15 de junho explodiu , sendo que a lava incandescente foi expelida a 1.000 km/h, inundando uma área de 650 km2, exigindo a retirada de 200 mil pessoas e em poucas horas, a nuvem de gás e cinzas tinha penetrado a estratosfera, a 34 km de altura e três semanas depois, uma nuvem de aerossol envolvia a Terra, permanecendo ali por quase dois anos. Vinte milhões de toneladas métricas de dióxido sulfúrico se misturaram a gotículas de água, criando um espelho gasoso que refletia os raios solares e entre 1992 e 1993 a quantidade de luz solar que alcançou a Terra se reduziu em mais de 10%.  A erupção do Pinatubo reduziu a temperatura global em quase um grau Celsius, quase o mesmo valor que cem anos de atividade industrial, mostrando a força dos fenômenos da natureza no meio ambiente. ( F S P 22.07.2012, Ilustríssima, p. 4) .



 



EMISSÕES EM 2005



 



Relatório da ONU indica que as emissões de gás carbônico de países industrializados atingiram em 2005 seu maior nível desde 1990. O relatório mostra que as emissões dos países do chamado Anexo um (que tem metas de redução obrigatórias pelo Protocolo de Kyoto) chegaram a 18,2 bilhões de toneladas de CO2 em 2005, contra 18,1 bilhões no ano anterior. A cifra é apenas 2,8% menor do que o recorde histórico de emissões atingido em 1990: 18,7 bilhões de toneladas de CO2, quando nenhum dos mecanismos internacionais de combate ao aquecimento global estava em vigor. ( F S P , 6.11.2007 , p. A-17) .



Para o cientista alemão Klaus Heinloth, cerca de 64% da energia produzida para abastecer as redes elétricas do mundo vem de usinas termelétricas, que emitem altas doses de gás carbônico e a imensa maioria dos combustíveis, 98% é derivada de petróleo o que também aumenta as emissões. Portanto é nestas duas fontes que deve ser concentrado o esforço de diminuição de poluição. Caso isto não aconteça , segundo ele , nos próximos 100 ou 200 anos poderá ocorrer o alagamento de uma área costeira onde vive um terço da população mundial. (F S P 1.10.2005, p. A-7).



Na Alemanha, mais de 70% do papel produzido vêm de fibras recicladas o que permitiria reduzir de modo significativo o desmatamento. Na Dinamarca, cerca de 20% da eletricidade já é proveniente de energia eólica. O custo da energia eólica caiu de 38 cents por quilowatt-hora de eletricidade para três cents



A emissão dos poluentes na atmosfera caiu 30% no Leste Europeu, apenas pelo desmonte do arcaico parque industrial dos países socialistas. Mais de 10% das florestas do mundo estão sob algum tipo de proteção legal.



Mais de trinta países já estabilizaram suas populações e muitos outros estão a caminho da estabilidade.



A emissão de CO2 tem relação com o nível de desenvolvimento da região. Os países desenvolvidos tem maior taxa per capita de emissão, ou seja, há poucas pessoas consumindo muita energia e produtos.



 


















































Emissão de CO2 por região.




Região




%




Região




%




Região




%




EUA e Canadá.




19,4




Europa Ociden




11,7




África




7,8




China, Leste Ás




17,3




América Latina




10,3




Oceania e




 




Índia, Sul Ásia.




13,1




Leste Europeu




 




Japão




5,2




 




 




E ex-URSS




9,7




Oriente Médio




3,8




 



Empresas administradas com maior preocupação ambiental estão utilizando esta estratégia para obter maiores vantagens em termos de mercado.



EMISSÕES EM 2007



 



Em 2007 a União Européia reduziu suas emissões de gases estufa em 1,2%, segundo a Agência Ambiental Europeia. De 1990 até 2007 a redução foi de 9,3%%. O Protocolo de Kyoto prevê que, entre 2002 e 2012, os membros da EU – exceto os que entraram após 2004, devem reduzir as emissões em mais 8%%. (F S P, 30.05.2009, p. A-18).



 



EMISSÕES EM 2008



 



Segundo dados divulgados pela OMM, o nível de CO2 no ar, atingiu em 2008 a 383,1 partes por milhão, 0,5% a mais do que em 2007. O nível é 327% mais alto do que na era pré-industrial. As emissões de metano cresceram de 1,783 para 1,789 partes por bilhão, o maior aumento anual desde 1998. (F S P, 26.11.2008, p. A-12).



PRAZO ESTÁ NO FIM – 2009.



 



Segundo diagnóstico publico no periódico “Nature” em 30.04.2009, a humanidade está passando do ponto de conseguir evitar uma catástrofe climática.



Dois novos estudos mostram que o mundo tem de emitir no máximo um trilhão de toneladas de CO2 nos primeiros 50 anos do século 21 se quiser ter uma chance razoável de evitar um aquecimento de mais de 2. ° C na temperatura global.



Se continuarmos a queimar combustíveis fósseis no ritmo atual, atingiremos a cota, máxima em 2030. Dessa forma será inviável segurar o aumento da temperatura em 2. ° C .



Mesmo que se faça um corte drástico e se emitam no máximo 700 bilhões de toneladas ate 2050, ainda assim haverá uma chance de 25% de a temperatura aumentar mais de 2.° C .



Se nada for feito e as emissões de gases, principalmente do carvão continuarem crescendo, a emissão até 2050 poderá chegar a três trilhões de toneladas e o aquecimento pode chegar a mais de 5° C. (F S P, 30.04.2009, p. A-18).



Documento intitulado “Relatório de Energia e Emissões de CO2 na China de 2050, produzido por assessores do governo chinês, propõe que o aumento das emissões de CO2 desacelere acentuadamente em 2020 e passe a cair a partir de 2030. Se a meta for alcançada, daqui a quatro décadas, a produção de combustível fóssil no país” pode cair para o mesmo nível de emissões de 2005, ou até mais”.



O texto reconhece que “em 2008 a China se tornou o país que mais emite gases-estufa, e agora encara desafios sem precedentes”. Assim que possível, é preciso estudar e esboçar metas relativas e depois absolutas para limitar o volume total de emissões de CO2.



Até agora o governo chinês vem evitando assumir compromissos de cortes. (F S P, 18.08.2009, p. A-18).



EMISSÕES EM 2009



 



 



Segundo a Agência de Avaliação Ambiental da Holanda, 2009 foi o primeiro ano desde 1992, que registrou crescimento zero nas emissões de carbono vindos da queima de combustíveis fósseis, produção de cimento e atuação de indústrias químicas – fontes chaves de gases-estufa.



As emissões encolheram 7% nos países industrializados, o equivalente a 800 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Isso foi compensado, no entanto, por um aumento de 9% nas emissões da China o maior emissor mundial de carbono e de 6% na Índia o terceiro maior emissor. As emissões do Brasil (15° emissor) diminuíram um pouco - 20 milhões de toneladas de gás carbônico a menos que em 2009.



A China mais do que dobrou suas emissões desde 2000, chegando a 8.1 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, mesmo tendo dobrado, nos últimos cinco anos, anualmente, sua geração de energia eólica e solar.



As emissões da Índia cresceram 50% desde 2000. Os EUA são agora o segundo emissor mundial de carbono, mas emitem quase três vezes mais gás carbônico por pessoa do que os chineses.



As emissões dos países ricos estão 10% abaixo dos níveis de 1990, mas este quadro deve mudar com o fim da recessão e a retomada da produtividade industrial nessas nações.



As emissões globais totais em 2009 foram de 31,3 bilhões de toneladas, 40% a mais do que os níveis de 1990. (F S P, 2.7.2010, p. A-16).



CÚPULA DO G-8 JULHO DE 2009



Nas várias cúpulas de Áquila, houve consenso em colocar no papel a meta de conter em no máximo 2° C o aumento da temperatura ara que se contenha o aumento da temperatura em 2° C, em relação aos níveis da era pré-industrial, mas não houve acordo quanto a uma data e também de quem deve reduzir quanto as suas emissões.



Os 2° C é o teto que uma ampla base de cientistas considera o máximo para evitar conseqüências catastróficas para o planeta. Para ficar neste limite é preciso reduzir à metade até 2050, o nível das emissões de gases causadores do efeito estufa, em relação a 1990.



Em razão da falta de acordo sumiu do texto final qualquer menção a 2050, número que havia sido aprovado pelo G8, isto porque principalmente China e Índia não concordar em submeter-se a este nível de redução.



No final, ficou apenas o compromisso de os países desenvolvidos “assumirem a liderança”, na adoção de “reduções agregadas e individuais no médio prazo, consistentes com os nossos ambiciosos objetivos de longo prazo”. A decisão final será tomada na cúpula de Copenhague em dezembro de 2009. Entretanto , os EUA , agora com  Barak Obama  também irão se empenhar no corte às emissões de gases estufa . O Reino Unido já cortou 25% das emissões e a Alemanha segue o mesmo caminho. (F s p, 10.07.2009, p. A-12).



 



 



EMISSÕES EM 2010



 



Segundo a AIE (Agência Internacional de Energia), que compilou dados no relatório “Global Energy Outlook”, a liberação de gás carbônico na atmosfera em 2010 alcançou a marca de 30,6 bilhões de toneladas. Para evitar o risco de aquecimento de 2 graus Celsius até o final do século, as emissões até 2020 teriam que parar nos 32 bilhões de toneladas de CO2. (F S P, 1.6.2011, p. C-7).



 



O LIMITE É 350



 



Para o escritor e ambientalista americano Bill McKibben, o número 350 foi tirado de um estudo de James Hansen, da NASA e sua equipe. Quando o gelo do Ártico derreteu tão rápido no verão de 2007, cientistas constaram que qualquer quantidade de carbono na atmosfera que exceda 350 partes por milhão é demais. E isso é uma má notícia, porque agora já estamos em 387 partes por milhão e em crescimento constante. O mundo é como um paciente que vai ao médico e ouve: ’sua pressão está muito alta’. Sem reduzi-la pode ocorrer acidente vascular cerebral. E o planeta já começou a ter AVCs – e por isso que o Ártico está derretendo, que grandes secas já atingiram muitas partes do mundo n, que os mosquitos da dengue têm se alastrado tão rápido. (F s P, Mais, 3.5.2009, p. 9).



Nicholas Stern , ex-economista chefe do Banco Mundial especializado em questões de desenvolvimento publicou “A Blueprint for a Safe Planet”, Editora Bodley Head onde insiste cada vez mais numa estratégia radical e imediata e cortar 50% das emissões de CO2 , até 2050, sendo que as primeiras reduções já seriam cobradas dos países a partir de 2020 . As reduções defendidas por ele usam como parâmetro os níveis de emissão de carbono do ano de 1990.



Segundo Stern para alcançar esta meta o mundo precisaria investir anualmente 2% do PIB mundial, ou cerca de US$ 1 trilhão, em pesquisa e desenvolvimento de matrizes energéticas limpas, como energia eólica, solar, células elétricas, além de novas gerações de biocombustíveis.



“Não dá mais para esperar”. O custo de começarmos desde já a cortar as emissões de carbono será bem menor do que o da inércia. De fato, qualquer atraso nessa missão será uma estratégia anticrescimento global.



Stern usa o princípio clássico da precaução. Em face dos riscos crescentes, é melhor agir com cautela e proatividade. Em 1970, os prêmios pagos por danos meteorológicos eram de US$ 5 bilhões. Em 2009 chegam a US$ 34 bilhões. (Exame, 20.05.2009, p. 108-110).



O número é contestável. Outros climatologistas acreditam ser possível conviver com uma atmosfera com concentrações de CO2, duas vezes maiores do que as da era pré-industrial, cerca de 550 partes por milhão. ( F S P , 22.07.2012, Ilustríssima , p. 5) .



Para o hidrólogo sueco Johan Rockstrom, diretor do Centro de Resiliência de Estocolmo, a Terra está no limiar de um futuro no qual o risco de colapso ambiental é inédito. E , segundo ele, os governos não escutam. “hoje nós vemos que essa era chegou ao fim. E nós não sabíamos disso em 2005, não sabíamos disso em 2002, certamente não sabíamos disso em 1992. É uma situação tão nova que nós perdemos qualquer liberdade... Se você adiar a ação para 2020, o ritmo da redução terá de ser de 7% a 8% por ano. Mas fazer 200 países reduzirem emissões de 7 a 8% por ano não é viável, não consigo enxergar a revolução tecnológica que permitiria que isso acontecesse”. (F S P, 25.06.2012, p. C-5).



ESPAÇO DE OPERAÇÃO ESTÁ SE ESGOTANDO



 



Um grupo de 29 cientistas publicou artigo na revista “Nature” afirmando que a humanidade pode estar tirando o planeta da excepcional estabilidade ambiental em que ele se encontra há 10 mil anos e lançando-o numa zona de turbulência com conseqüências “catastróficas”.



Eles identificaram nove fatores-chave do funcionamento do planeta que não deveriam ser perturbados além de certo limite para que a estabilidade ambiental continue por milhares de anos.



Acontece que dos nove “limiares planetários”, três já foram excedidos de longe: a mudança climática, a perda da biodiversidade e a alteração do ciclo do nitrogênio.



O ciclo do nitrogênio, a quantidade desse gás removida da atmosfera para uso humano já é quatro vezes maior do que o limite proposto. Nos fertilizantes, o nitrogênio é convertido a uma forma reativa e acaba no ambiente, poluindo rios e zonas costeiras e formando óxido nítrico, um gás-estufa. Outro nutriente importante, o fósforo, também está tendo o seu ciclo alterado, embora haja “grandes incertezas” sobre qual seria o limite. ”Transgredir a barreira do nitrogênio-fósforo pode erodir a resiliência de alguns ecossistemas marinhos , potencialmente reduzindo a sua capacidade de absorver CO2, afetando assim a  barreira climática “. (F S P, 26.09.2009, p. A-23).



Sobre dois deles, a poluição química e o lançamento de aerossóis na atmosfera, não há informação suficiente.



Outros três – uso de água doce, mudança no uso da terra e acidificação dos oceanos ainda não tiveram seus limites ultrapassados, mas terão se as atividades humanas mantiverem o ritmo e o caráter atuais.



Um único limiar, a destruição do ozônio estratosférico, está sendo revertido aos valores pré-industriais.



 



AQUECIMENTO EM 2011.



 



Duas pesquisas feitas em 2011 reafirmam o consenso científico de que o aquecimento global é uma realidade, embora mostrem também as incertezas do fenômeno. Estudo coordenado pelo físico Richard Muller, da Universidade da Califórnia em Berkeley verificou os dados das estações meteorológicas, constatando que 70% delas nos EUA, possuem uma margem de erro superior à estimativa de aumento da temperatura da Terra de 0,64 graus Celsius nos últimos 50 anos. Mesmo assim, com a análise dos dados com só as confiáveis, também há aumento de temperatura.



Julia Crook e Piers Forster, da Universidade de Leeds (Reino Unido), concluíram que as simulações de computador usadas para prever o futuro do clima tem um nível de precisão grosseiro demais. (F S P, 7.11.2011, p. C-7).



Estudo realizado pela Comissão Européia, em conjunto com a Agência Holandesa de Avaliação Ambiental concluiu que em 2011 cada chinês emite em média 7,2 toneladas de gás carbônico por ano como resultado da queima de combustíveis fósseis. Os europeus produzem 7,5 toneladas por pessoa queda de 18% em relação a 1990, enquanto na China houve aumento de 227% no mesmo período. Em números absolutos o país já é o maior emissor de gás carbônico. O governo chinês chegou a estabelecer metas de redução das emissões, mas a forte expansão da indústria pesada que demanda muita energia, o fato do país ter a terceira reserva mundial de carvão mineral – matéria prima barata para a produção de energia, e altamente poluente e o caráter autoritário da hierarquia administrativa que leva às autoridades provinciais a aprovar empresas sem muitos critérios para conseguir desempenhos econômicos elevados são fatores que dificultam o controle das emissões . (Veja, 25.07.2012, p. 69).



 



AQUECIMENTO EM 2012



 



Dados da Organização Meteorológica Mundial indicam que o ano de 2012 vai ser um dos mais quentes da historia. O janeiro a outubro de 2012 foi o nono período mais quente desde que as medições foram iniciadas, em 1850. A temperatura entre maio e outubro foi a quarta mais alta já registrada para esse período. O documento ressalta as altas temperaturas na América do Norte, Europa e parte da África, além de secas que castigaram boa parte do globo, inclusive a região Nordeste do Brasil. No Ártico o degelo registrou recorde, com a cobertura chegando à menor quantidade já registrada desde que a medição por satélite começou: 3,41 milhões de quilômetros quadrados. De uma maneira geral a temperatura média no planeta ficou 0,45 C mais quente do que a de 1961 a 1990. (F S P, 29.11.2012, p. C-9).



O ano de 2012 provavelmente ficará na história como um período de eventos climáticos extremos, tendência que tem se mantido nas primeiras semanas de 2013.



A China vem enfrentando o pior inverno dos últimos 30 anos; a Austrália sofre com queimadas por todo o país e teve nos quatro últimos meses de 2012 os mais quentes de sua história; o Paquistão foi inundado por enchentes inesperadas em setembro; o Brasil teve uma de suas primaveras mais quentes e, nos EUA, o ano teve a temperatura média mais alta na parte continental.



Estimativas da Organização Meteorológica Mundial mostram que, entre janeiro e outubro de 2012, a temperatura média foi cerca de 0,5° C acima da média do mesmo período entre 1961 e 1990, o que deve levar 2012, a ser o oitavo ou nono mais quente desde 1850. ( F S P , 12.01.2013, p. C-6) .



Novo estudo da NASA confirmou que a temperatura na Terra mantém uma tendência firme de alta, com 2012 sendo o nono ano mais quente desde 1880, quando os registros começaram.



O Giss ( Instituto Goddard para Estudos Espaciais ), com base em mais de mil estações meteorológicas em todo o mundo , além de observações de satélite e centros de pesquisa, monitorou a temperatura de 2012 e a comparou com a de todos os anos anteriores.



A média da temperatura em 2012 foi de 14,6°C , cerca de 0,6°C mais quente do que em meados do século 20. A temperatura mundial já subiu 0,8°C desde 1880 . Excluindo-se 1988, os nove anos mais quentes dentro os 132 avaliados aconteceram desde o ano 2.000, com 2010 e 2005 encabeçando a lista de recordes de calor.



A década atual está mais quente  do que a anterior e anterior foi mais quente do que a sua anterior. Portanto o planeta está esquentando e a causa são as crescentes quantidades de dióxido de carbono jogadas na atmosfera, segundo o climatologista do Giss, Gavin Schmidt. ( F S P , 16.01.2013, p. C-6) .



 



AQUECIMENTO É INEVITÁVEL



 



Segundo pesquisadores americanos se e Terra parasse seu ritmo de expansão e nenhuma nova usina ou veículo capaz de emitir carbono fossem construídos, ainda assim a temperatura do planeta aumentaria 1,3°C até 2060, em relação ao período pré-industrial. O aumento, cerca de 0,5°C mais do que hoje foi considerado até “modesto” pelos pesquisadores, que esperavam crescimento de pelo menos 2° C. A concentração de carbono na atmosfera, no mesmo período, deve ficar em 430 ppm, valor também abaixo do esperado inicialmente pelos pesquisadores. (F S P, 10.09.2010, p. A-14).



O cientista britânico James Lovelock, criador da hipótese Gaia segundo a qual a Terra se comportaria como um imenso organismo vivo, em 2012 em entrevista à rede americana MSNBC moderou suas previsões dizendo que o comportamento do clima da Terra desde o ano 2.000 contrariou as previsões mais pessimistas, e que serão necessários mais estudos para entender o futuro do planeta. Para ele, é estranho que a temperatura global da Terra não tenha passado por algum aumento nos últimos 12 anos, enquanto os níveis atmosféricos de CO2 continuam subindo a batendo recordes. (F S P, 5.5.2012, p. C-10).



 



AQUECIMENTO EM 2013



 



Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon  e da Universidade Harvard, dos EUA, reconstruiu a temperatura média da Terra nos últimos 11,3 mil anos para compará-la aos níveis atuais.



Constatou-se que a Terra hoje está mais fria do que em sua época mais quente desse período. Mas se os modelos dos climatologistas estiverem certos , atingiremos um novo recorde de calor até o final do século.



O trabalho, publicado na revista “Science” reuniu dados de 73 localidades ao redor do mundo para estimar a temperatura global e local no período geológico conhecido como Holoceno , que começou ao final da última era de gelo , há 11 mil anos.



Os dados confirmam que a Terra passou por um período de aquecimento que começou há 11 mil anos atrás. Em 1,5 mil anos, o planeta esquentou cerca de 0,6° C e assim se estabilizou , durante 5.000 anos.



Então, 5,5 mil anos atrás, começou um novo processo de resfriamento – que terminou há 200 anos, como o que ficou conhecido como a “pequena era do gelo”. O planeta ficou 0,7°C mais frio.



Com a industrialização no século XVIII o planeta volta a se esquentar, ainda não bateu o recorde de temperatura visto no início do Holoceno, mas já está mais quente que em 75% dos últimos 11 mil anos.



O estudo confirma que a temperatura está subindo em tempos recente e mostra que a subida é muito mais rápida do que se pensava e pelas estimativas mais otimistas, quando chegarmos a 2.100 , se nada for feito, provavelmente estaremos vivendo o período mais quente dos últimos 11 mil anos. ( F S P , 8.3.2013, p. C-7) .



 



 



CORTE DE CO2 EM 2020



 



 



Um grupo de ONGs formado pelo Greenpeace, WWF, IndyACT, Germanwatch, Fundação David Suzuki, Centro de Ecologia Nacional da Ucrânia e especialistas divulgou em Bonn em oito de junho de 2009 em evento preparatório para a Conferência de Copenhague que os países industrializados precisam reduzir suas emissões de gases estufa em 40% até 2020 e 95% até 2050. Devem ainda prover no mínimo US$ 160 bilhões por ano entre 2013 e 2017 para financiar a redução das emissões e a adaptação á mudança do clima nos países em desenvolvimento.



Os países em desenvolvimento devem ter metas voluntárias de limitar as emissões de gases estufa a 84% acima dos níveis de 1990 até 2020, e 51% até 2050. As emissões de desflorestamento devem ser reduzidas em 75% ou mais até 2020. (F S P, 9.6.2009, p. A-16).



O Japão, quarto maior emissor mundial de gases-estufa, anunciou em 10 de junho uma meta de reduzir em apenas 8% a emissão de gases estufa até 2020. No Protocolo de Kyoto o país já havia assumido o compromisso de diminuir as emissões em 6% entre 2008 e 2012. Para Kim Carstensen, da ONG WWF, a meta “é uma vergonha, e traz um tom errado para as negociações em Bonn. A decisão de Aso [primeiro-ministro do Japão], influenciada por poluidores em vez de pelo público, torna mais difícil chegarmos a um bom acordo”. (F s P, 11.06.2009, p. A-17).



 



PROPOSTAS DA NASA PARA 2050.



 



Estudo coordenado pela NASA sugere estratégias contra o metano e a fuligem, como meio de combater o aquecimento, em vez de centrar esforços só em CO2. Isso reduziria o aquecimento global de 2,2 ° C para 1,7° C em 2050.



Se o planeta adotar 14 medidas contra essas substâncias, combateria a mudança climática, evitaria mortes por doenças respiratórias e aumentaria a produtividade agrícola.



Propostas contra o metano:



1.Estender técnicas que evitam o vazamento de gás em minas de carvão;




  1. Eliminar as perdas e queimar o gás que hoje escapa em campos de petróleo;


  2. Reduzir vazamentos em gasodutos;


  3. Separar o lixo biodegradável para reciclagem, compostagem e uso de biomassa;


  4. Aprimorar o tratamento de esgoto para capturar o metano que escapa das estações;


  5. Controlar emissões da pecuária, usando um tratamento especial para o esterco;


  6. Arejar as plantações de arroz para reduzir as emissões em plataformas alagadas.



Propostas contra a fuligem:




  1. Substituir a frota de veículos muito antigos que emitem poluição demais;


  2. Instalar filtros especiais nos veículos a diesel;


  3. Banir a queima de resíduos da agricultura ao ar livre;


  4. Substituir fornos a lenha por fornos a gás ou combustíveis de queima limpa;


  5. Levar os países pobres a tecnologia de fornos por queima de biogás;


  6. Substituir tijolos de barro por vigas verticais ou por tijolos de fornos mais eficientes;


  7. Substituir fornos a queima de coque por fornos mais eficientes. (FS P, 13.01.2012, p. C-7).



 



 



AQUECIMENTO DE 4° C ATÉ 2060.



 



Relatório encomendado pelo Banco Mundial, coordenado pela equipe do Instituto de Pesquisa sobre Impactos Climáticos de Potsdam (Alemanha), um dos grupos mais importantes da área no mundo conclui que, se nada for feito, um aumento de até 4° C na temperatura média do planeta pode ocorrer até 2060.  Esse aumento pode ocorrer, com chance de 20% até o fim do século, mesmo que as reduções de gases do efeito estufa sejam implementadas.



O aumento de 4° C implicaria em aumento de 150% na acidez dos mares, levando a sérios danos aos recifes de corais e teria fortes consequências para as várias espécies dependentes deles e para as populações que exploram turismo nessas áreas, além de causar aumento de até um metro no nível do oceano.  Haveria ainda uma tendência maior ao clima extremo, com mais seca no sul da Europa e em partes das Américas do Sul e do Norte e grande umidade nas altas latitudes do Hemisfério Norte, podendo “levar os ecossistemas da Terra a um estado desconhecido na experiência humana”.



Para Daniela Onça, da Universidade do Estado de Santa Catarina, “O objetivo desse e de muitos relatórios semelhantes é manter a população amedrontada por uma ameaça irreal, manter os cientistas na sua posição de destaque na sociedade, manter os governos elaborando leis e arrecadando impostos envolvendo o clima, manter ONGs ambientalistas arrebatando adeptos”. Para ela a projeção de aumento da temperatura, “não é uma previsão, é um cenário, que tem tanto valor quanto qualquer outra. É fato que o homem afeta o clima em escala local, mas não tem a capacidade de alterar os fluxos de matéria e energia em escala planetária”. (F S, 20.11.2012, p. C-7).



 



MUNDO 6°C MAIS QUENTE 2.100



 



Estudo publicado na revista “Nature Geociência” com novos dados sobre as emissões mundiais de CO2 indicam que o planeta está a caminho de esquentar 6°C neste século, se não houver um esforço concentrado para diminuir a queima de combustíveis fósseis.



Segundo Corinne Le Quere, da Universidade de East Anglia, coautora do estudo “Existe um abismo claro entre o caminho que estamos seguindo e o que é necessário para limitar o aquecimento global a 2°C. (F S P, 18.11.2009, p. A-16)”.



 



 



CORTE TOTAL DE CO2 EM 2100



 



Estudo de um grupo de pesquisadores da Universidade de Victoria no Canadá, publicado na revista Geophysical Reseaech Letters, concluiu que é necessário cortar 60% na emissão de gases até 2050 para evitar que até 2100 a Terra aqueça 2°C além do normal, nível classificado como “perigoso”. E se a humanidade quiser uma solução duradoura para o problema do aquecimento global, será preciso cortar em 100% a emissão de gases do efeito estufa e isto estabilizaria o aumento da temperatura em 1,5°C, abaixo do nível perigoso. Se nada for feito a temperatura deverá subir em até 2,6°C em 2100, acima do limite de perigo. (F S P, 15.10.2007, p. A-15). 


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