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Ensaios-->Illuminati - A radicalização do Iluminismo -- 15/06/2009 - 09:58 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Trabalhos Maçônicos

ILLUMINATI A RADICALIZAÇÃO DO ILUMINISMO

Iluminismo radical

A partir dos finais do século XVII adotando um ritmo mais ou menos rápido consoante nos países, o primeiro período do Iluminismo libertou-se corajosarnente das premissas do pensamento barroco, postulando urna visão mais livre e lançando as primeiras pedras para construir uma época da razão. É evidente que tal alteração de mentalidades tinha de ocorrer num quadro tradicional de referencias. Daí que as modificações se tivessem processado tranquilamente, sem dar nas vistas, efetuando, contudo, um desvio nos centros de interesse. Em meados do século, o Iluminismo atingia o seu auge e a geração que lhe serviu de suporte pôde serenarnente continuar a tarefa de construção sobre estes alicerces. Foi nos bancos da escola que ela se familiarizou com o novo espírito e aprendeu que se podiam dissipar antigos preconceitos sem destruir arbitrariamente os valores tradicionais. Cautelosamente, os governos deram início ao seu programa de reformas. O sinal foi dado por Frederico II em 1740, ao ascender ao trono da Prússia. Durante a segunda metade do século, ou seja, na fase do iluminismo tardio, as opiniões dividem-se. Muitos mantém-se fiéis a um iluminismo moderado, mas outros provocam uma radicalização no seio do movimento. Contra ela ganha corpo uma atitude de medo perante um perigoso extravasar do Novo e os ânimos armam-se para a resistência. Um primeiro sinal de radicalização é dado por Rousseau, em 1754, com a pub1icação do Discurso sobre a desigualdade entre os homens. Para uns, Rousseau era o grande profeta de um mundo natural, mais livre e mais justo; para outros, um espírito confuso e utópico senão mesmo um perigoso extremista. Em breve, Rousseau iria ser rotulado de “socialista”, por iniciativa de um texto de refutação italiano. Durante o século XIX este termo — socialista — converteu-se na designação corrente atribuída a todos os que preconizavam uma igualdade radical.

Esta refutação das teses de Rousseau deu quase imediatamente origem a um conjunto de reações políticas. O cidadão de Genebra encontrou discípulos na sua cidade natal e os distúrbios de Genebra tiveram um efeito publicitário em acontecimentos semelhantes na América do Norte e nos Países Baixos.

Mais tarde, o radicalizar da franco-maçonaria através da fundação da Ordem dos Iluminados (que tinha o estatuto de uma sociedade secreta) iria causar polêmica. Os iluminados pretendiam ir mais longe do que as Lojas franco-maçónicas, que esgotavam a sua função em atividades meramente especulativas ou conviviais. Na qualidade de confraria secreta aspiravam a uma influência política concreta no estado respectivo. “O objetivo final da Ordem é que se faça luz e nós somos guerreiros contra o mundo das trevas: Este é o serviço do fogo. Adam Weishaupt, professor de Ingolstadt e o barão Adolf von Knigge fundaram em 1776, no eleitorado da Baviera, a liga secreta dos Erleuchteten (Iluminados). A ordem pretendia dirigir a sua atuação no sentido do Iluminismo e da moral, mas de uma forma mais clara do que a franco-maçonaria. Iria rapidamente encontrar adeptos no Reich alemão: primeiro, nos territórios católicos, depois nos protestantes. Os sócios, que por fim, rondavam os setecentos, recrutavam-se no mundo dos funcionários e do professorado, do clero e da aristocracia. A organização era semelhante à da franco-maçonaria. A hierarquia abarcava noviços, minervais e, no topo, o Illuminatus dirigens. Um areópago secreto — mesmo para os membros da Ordem — dirigia a organização que era extremamente ramificada. A atitude de secretismo ia ao ponto de atribuir nomes de código: Weishaupt era conhecido por Spartacus, Knigge, por Philo, o duque Karl August de Weimar, por Esquilo, Montgelas e Dalherg, (Vieram a ser eminentes políticos ao tempo de Napo1eão), respectivamente por Musaeus e Baco de Verulam. Pestalozzi tinha a nome do Alfred
Knigge planificou urn sistema de direções para o conjunto da Ordem dos Iluminados.

A Alemanha foi dividida em provincias da Ordem, igualmente designadas por nomes de código: O circulo bávaro tinha a denominação de Grécia e subdividia-se em prefeituras (Acaia-ducado da Baviera; Calábria-arcebispado de Salzburgo; Caldeia-Regenshurgo, Passau, Ortenburga etc; Delta-Alto Palatinado). Os respectivos diretórios das províncias estavam sediados nas capitais: Atenas (Munique), Nicosia (Salisburgo), Corinto (Regensburg) e Tebas (Freising). Mais remotas são as províncias da Ilíria (Francónia) e da Panónia (Suábia). A totalidade da Alemanha está compartimentada em quatro inspeções:

Acaia (Alemanha meridional), Etiópia (Renânia), Abissínia (Saxónia) e Egito (Áustria). Com estas expressões fantasiosas transita-se do mundo arcaico de Damiata (Estugarda) para Capua (Braunschweig), passando por Delfos (Karlsruhe). Isto demonstra a disseminação geográfica dos Iluminados.

Nos estatutos da Ordem, de 1778, definem-se os seguintes objetivos: ... Interessar o ser humano pelo esforço de melhoria e aperfeiçoamento do seu caráter moral, difundir atitudes humanas e conviviais, impedir a livre ação das más intenções, apoiar a virtude reprimida contra a injustiça, estimular as pessoas dignas e por fim recompensar com deferência, fama e honrarias especiais, dentro e fora da sociedade, homens de excelência e mérito, que pelos seus talentos ou riqueza ou ainda consideração em que são tidos, tem grande utilidade para a Ordem. Em todo a caso, as superiores da Ordem prosseguiam com um outro objetivo e secreto. Para além da influência que um ser humano autônomo deveria exercer no seu círculo de relações. Planejavam qualquer coisa como minar a estado vigente no sentido de uma abertura mais radical aos valores iluministas. Tendo surgido pouco depois da extinção oficial da Ordem dos Jesuítas, a liga secreta dos Iluminados combateu as influencias duradouras da reação católica e veio deste modo, a representar um misto de instituição moral burguesa, sociedade erudita e associação política secreta.

Animada da intenção de intervir nos centros de decisão política, a Ordem vai mais longe do que as vulgares Lojas franco-maçonicas, cuja atividade está genericamente mais virada para a filantropia e ao bem comum, não cabendo nos seus planos a alteração do estado e da sociedade e dedicando-se, por via de regra, aos interesses particulares de cada uma das Lojas e ao aperfeiçoamento individual. A atividade dos iluminados desenrola-se num tempo de polarização das questões fundamentais, pouco antes da eclosão da Revolução Francesa e no momento em que a confronta entre a Revolução e a Contra-Revolução adquire contornos mais nítidos. Os Iluminados sabem onde estão o inimigo: Padres, príncipes e as constituições políticas tal coma existem nos nossos dias representam verdadeiros obstáculos a realização dos nossos propósitos. O que é que devemos fazer?

Apoiar a Revolução? Derrubar tudo?

Afugentar a violência com a violência, trocar um tirano par outro?

Nada mais distante dos nossos propósitos! Toda a reforma violenta é condenável, pois não se registrará melhoria alguma enquanto os homens continuarem sujeitos as suas paixões, como é a caso atual e porque a sabedoria não carece dessa violência. Ainda não tinham decorrido dez anos de existência da Ordem e já os eclesiásticos inimigos dos Iluminados conseguiam a sua interdição.

Seguiu-se, na Alemanha, uma perseguição generalizada e severa e que atingiu relativamente a franco-maçonaria.


ADAM WEISHAUPT & Barão ADOLF FRANZ FRIEDERICH KNIGGE

Adam Weishaupt nasceu em 6 de fevereiro de 1748, morreu 18 de novembro de 1830.

Entrou na sua carreira profissional em Ingolstadt após uma experiência educativa, que tinha feito dele um fervoroso inimigo do clericalismo. Seu pai morreu quando ele tinha apenas sete anos.

O seu padrinho, nada menos que Barão Ickstatt, curador da universidade de Ingolstadt. Pela necessidade do caso, foi compelido a entregar o início da formação do menino para os jesuítas. O processo através do qual ele passou na adolescência, em função de certas influências que penetrou em sua vida.

Foi atribuída a liberdade à biblioteca privada do seu padrinho, onde o garoto aprende a interrogar o espírito. Ele ficou profundamente impressionado, com a brilhante e embora pretensiosas, obras dos franceses 'filósofos' com que as prateleiras estavam estocadas.

Quando tinha 27 anos tornou-se reitor da faculdade de direito da universidade de
Ingolstadt. Logo entra em litígio com alguns professores jesuítas.

O efeito após esta contenda Weishaupt estabeleceu firmemente em sua mente a convicção de que na universidade era o mais influente líder contra a causa do obscurantismo eclesiástico. Ele se sentia feito um mártir para a liberdade de expressão. De qualquer forma a animosidade, de inimigos cujo poder ele muito subestimou, fez com que chegasse à conclusão de que uma ofensiva geral contra o partido clerical deveria imediatamente ser empreendida. Uma associação secreta era necessária que, crescendo mais e mais poderosa, através do aumento dos seus membros e os seus progressos na iluminação, deverá ser capaz de despistar as manobras dos inimigos da razão, não só em Ingolstadt, mas em todo o mundo. Apenas por uma coligação dos amigos secretos de pensamento liberal e progressista poderiam as forças da superstição e erro, serem derrotadas. Durante o regime de tal associação consagrada à causa da verdade e da razão, a auto-estima de Weishaupt acendeu novamente quando ele contemplava nada menos que ele próprio, na sua cabeça de tal associação. Sua imaginação foi tomada de um calor, a partir de suas reflexões sobre o poder atrativo dos mistérios de Elêusis e a influência exercida pelo segredo ao culto do Pitagóricos.

Esteve em primeiro lugar no pensamento em Weishaupt de ir buscar nas instituições maçônicas, a oportunidade para ele cobiçada na propagação de seus pontos de vista.

A partir desta, intenção inicial, porém, ele foi logo desviado, em parte devido à dificuldade que ele experimentou em arregimentar fundos suficientes para ganhar admissão a uma loja de pedreiros.

De outra parte porque obras maçônicas caíram em suas mãos. Seus estudos destes, fez com que ele se persuadisse que os 'mistérios' da Maçonaria eram demasiado pueril, e também facilmente acessíveis ao público em geral, para torná-los válidos.

Ele considerou, portanto, necessário lançar-se em linhas independentes.

Ele seria um modelo a formular a organização secreta.

Esta deveria incluir 'escolas de sabedoria,' escondidas do olhar do mundo atrás de paredes de isolamento e mistério, onde as verdades que a loucura e o egoísmo dos sacerdotes que proibiam nas cadeiras de educação do público, poderia ser ensinado com perfeita liberdade a jovens suscetíveis.

Através da constituição de uma ordem cuja principal função deveria ser a de ensinar, seria um instrumento na mão para alcançar a meta do progresso humano, a perfeição da moral e da felicidade da raça.

Em 1 de maio de 1776, a nova organização foi fundada com o nome da Ordem dos Illuminati, Com uma adesão de cinco membros. O extremamente modesto começo da ordem em relação à sua composição original foi mais que compensada pela confusão que existia na mente Weishaupt, quanto à forma exata, a que a organização tinha de tomar. Começou apenas com três graus elementares.

Para o grau de principiante, jovens foram convidados com a promessa de serem admitidos, visavam-se especialmente aqueles que eram ricos, ansiosos por aprender virtuosa e docilmente, mas com firmeza e perseverança. Quando a organização contava com sessenta membros, a ordem estava precária, pois faltava o principal, fundos. Barão Knigge (nasceu perto de Hannover, 16 de outubro de 1752, faleceu em Bremen, 6 de maio de 1796) foi um homem de grande distinção no seu dia. Ele estudou Direito em Göttingen e, mais tarde, tinha sido anexado aos tribunais de Hesse-Weimar e Casset. Posteriormente aposentando da vida privada, ele residiu sucessivamente em Frankfurt-on-the-Main, em Heidelberg, Hannover e Bremen. Ele foi, um escritor de romance, filosofia popular, poesia e dramáticidade. Seu trabalho mais conhecido, ueber Umgang mit den Menschen (Hannover, 1788), um volume preenchido com uma discussão de princípios e práticas máximas da vida que a caracteriza por uma perspectivas estreita e egoística, teve grande notoriedade no seu tempo. (Knigge`s obras completas foram reunidas e publicadas em doze volumes em Hannover, 1804-1806). Ele tinha um viés para decidir em sociedades secreta, e no mais breve momento que a sua idade permitiu se juntou uma apresentação da Estrita Observância, um dos ramos da maçonaria no período. A estrita observância foi especialmente dedicada à reforma da maçonaria, com especial referência para a eliminação das ciências ocultas que, na altura ram largamente praticadas nas lojas, bem como o estabelecimento de coesão e homogeneidade na maçonaria através da aplicação de uma disciplina rigorosa, a funções de regulação, etc. Uma nova virada decididamente na roda da fortuna veio dentro do compasso do ano 1780, Com a inscrição do Barão Adolf Franz Friederich Knigge Como um membro. No recrutamento deste proeminente do Norte e diplomata alemão Weishaupt e seus companheiros encontraram o rico e influente aliado que a organização estava esperando. Um homem dotado de um gênio para a organização e, portanto, amplamente conveniente para secreta associação. A ordem foi capaz de colher uma enorme vantagem a partir da sua adesão e aos prestígios que lhe são conferidos.

Duas importantes conseqüências seguiram imediatamente como o resultado da aquisição de Kinigge para o advento da ordem. Ao longo prazo, procurou graus mais elevados que foram trabalhados por fora, e uma aliança entre a Illuminati e Maçonaria foi efetuada. Essa foi a confiança que a presença da Knigge imediatamente inspirou em Weishaupt e seus associados que saudou com entusiasmo a sua admissão à ordem, e com prazer a ele abandonou a tarefa de aperfeiçoar o sistema, a sua própria impotência para os quais tinham sido forçadas a admitir. Manifestando um zelo e competência, que justifica plenamente o elevado propósito de seus irmãos, Knigge atirou em si próprio a tarefa de elaborar e tornar coerente o infantil, compacto e idéias de organização que Weishaupt tinha construído. O plano geral da ordem estava tão em forma como a lançar vários graus ou categorias em três classes principais. Para a primeira turma pertencim a classes Minerval e Illuminatus Minor; para o segunda (I) os habituais três primeiros graus da maçonaria, Apprentice, Fellow, e Master, (2) Illuminatus. Major, e (3) Illuminatus Dirigens, ou escocês Cavaleiro, e para a terceira classe eram reservadas aos Mistérios Superior, incluindo:

(a) Menor Mistérios, composto pelas fileiras do sacerdote e Príncipe, e

(b) Maior Mistérios, compreendendo as fileiras do Mago e King. Os antigos ressentimentos que existia entre Weishaupt e os Areopagitas, antes de Knigge,ter reconstruída a ordem não foi erradicada por meio da introdução do novo sistema, e no decorrer do tempo eles inflamarão de novo.

Mas o comportamento inadequado no temperamento e subversão de disciplina na ordem, que essas alegações provocaram, foram pequenas. Foram ainda de pouca importância em comparação com os desentendimentos mortais que surgiram entre Weishaupt e Knigge.

O antigo espírito de humildade que foi manifestado em 1780, em desespero quando ele precisou da assistência, de Knigge não foi levado em consideração. Despertado pelo perigo de ver o seu controle pessoal da ordem ser retiradas e de suas prerrogativas serem tratadas como um fator desprezível, Weishaupt procurou oportunidades de fazer valer estas. A ambição de Knigge sendo pouco menos egoísta do que a de Weishaupt, que exerce uma atitude discricionária ditada pelo desespero, Knigge retira-se de campo, deixando Weishaupt na posse incontestável da cobiçada chefia da ordem.

Colocando fim a querela, pois fim, ao amargo e implacável agir dos dois dirigentes.

A alma de Weishaupt tinha duas molas poderosas: “A sede de proselitismo, e o desejo de poder. '

Mas os frutos da sua vitória, Weishaupt teve pouca chance de desfrutar, em 22 de junho de 1784, Carl Theodor, lançou o primeiro dos seus decretos contra todas as comunidades, sociedades e irmandades em suas terras, que haviam sido estabelecidas sem a devida autorização do direito e da confirmação do soberano. Assim movidos pelos eclesiásticos e príncipes a ordem foi traída e destruída.

Sob a minha visão a respeito destes fatos históricos, tecerei alguns comentários.

O Illuminati foi uma sociedade secreta, constituída de alguns maçons, que a priori pretendia ser uma além-maçonaria. Uma maçonaria, mas atuante no que tange ao domínio do poder político, com a finalidade de destruir, através da inserção de seus membros altamente preparados, os tronos e os altares.

Em seus dez anos de existência, foi reconhecida como maçonaria e influenciou fortemente a maçonaria, principalmente a Franco-maçonaria pré-revolução francesa.

Por outro lado devido a se valer de um iluminismo chamado de radical ou tardio. A revolução francesa, em que pese à implantação de sua constituição baseada nos direito do cidadão, e cujo postulado nos é caro enquanto maçons. Postulados estes, que são o de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, desandaram no terror do jacobinismo. As massas não atendem o principio da razão, um clérigo local ou um demagogo carismático exerce domínio muito mais forte sobre elas, ao se valerem de suas paixões.

O Resultado foi ditadura Napoleônica, ainda que ele mantivesse vários dos princípios da revolução. Como a separação do estado Francês da Igreja e suas guerras com a finalidade de derrubar tronos, principalmente os despóticos e escravocratas. Conseqüência foi que a França veio a encontrar uma razoável estabilidade política na segunda metade do século vinte, passando por varias repúblicas.

Camus disse: “Todas as revoluções traíram fundamentalmente o sentido da revolta”.

Enfim o objetivo deste trabalho, na citação e em minha análise dos fatos históricos, é digamos um pano de fundo na busca de uma reflexão. Pois afirmo que a historia não se repete, pois somos únicos, assim como nossos momentos e caminhamos para o futuro enquanto humanidade.

Reflexão esta a respeito da recente criação do Grupo Maçônico de Inserção Política.

Em primeiro, duas surpresas, pois todos sabem que fomento em meus desejos, uma maçonaria una no Brasil (Em que pese a minha insignificância para tal). Bem um primeiro passo foi dado, boa surpresa e a segunda foi o motivo buscado nesta nascente união.

Inserção política?

O mais desagregador dos motivos?

Mas não é que pelo inusitado pode até vir a ser um motivador de união!

O Brasil hoje é um país que possui uma democracia de massas, onde a paixão sobrepõe à razão.

A paixão vigora, em virtude das promessas de felicidades imediatas a essas massas de educação prosaicas.

Em que pese o Brasil possuir, talvez, o segundo contingente de mações do mundo. Homens bons e tolerantes na liberdade de investigar a verdade, não são coesos.

Então de que adianta possuir irmãos vereadores, prefeitos, deputados, senadores, juízes, etc.

Isto me parece que nos faz ficarmos subjugados, pois sinto que a primeira coisa que eles fazem ao serem empossados, é esquecer-se da ordem.

Subjugados porque com relação a estes irmãos inseridos, temos de aplicar uma tolerância que não tem o significado maçônico que é a “disposição de praticar o bem” de não fazer mal aos outros.

A tolerância a eles quase sempre tem de ser em excesso, fazem-nos cerrar os olhos em trevas, devidos a seus egoísmos, imoralidades e outras praticas injustas.

A nossa tolerância! Eles a esperam, que seja sinônimo de leniência e frouxidão.

O pior é que eles a obtém, alcançando assim a eterna impunidade.

Diante desta minha visão, como deve proceder a maçonaria brasileira com relação aos irmãos inseridos na política? Eis ai um mote reflexivo!

Eles não são poucos, mas estão inseridos na mesma vala que os políticos profanos, no que tange a inoperância, a displicência e a inépcia para com a ordem e para com o país.

Pode haver exceções, mas se pode contá-las?

Os gregos criaram a democracia e a república há 2500 anos e os iluministas a redescobriram, em que pese a alguns destes philosopher não crerem que a democracia vingaria por causas das massas.

E a maçonaria como vertente iluminista se esforçou por propagá-las e implantá-las no mundo.

Hoje vemos somente dois países no mundo que a democracia tem idades próximas da criação da maçonaria. Que são Estados Unidos da America e Reino Unido, sendo o primeiro republicano e outro de regime monárquico parlamentarista. Como já ocorreu em vezes anteriores, e há sinais claros no horizonte.

Assim deveríamos saber que a democracia brasileira pode se findar a qualquer momento.

Em virtude de negligenciarmos a visível deterioração das instituições, quer sejam executivas, legislativas e judiciárias. E que pode a maçonaria fazer diante deste cenário de conjuntura difícil.

A minha sugestão é também inusitada, pois sugiro que a maçonaria sistematize um veiculo de comunicação de massas. Necessitamos estar na contemporaneidade.

Onde o nome maçonaria ficasse implícito, isto é em segredo, e se esforçaria com muita criatividade a passar os nossos valores.

Assim combateríamos e apontaríamos aqueles que estão ai, detratando e violando a democracia de nossa pátria. Prezados irmãos se quiserem continuar a viver em uma nação livre, eu vos conclamo a estar sempre em alerta e agindo, pois o descuidar propicia a aparição da centelha que provoca a chama usurpadora, que cresce incontrolavelmente, e quando dela nos percebemos, já nos queima, sem piedade.

Assim surge o usurpador que declara a sua vontade, a única lei.

Aceite o meu Tríplice e Fraternal Abraço (T.`.F.`.A.`.)

Irmão Vicente E. De Luca 3º (Mestre Maçom)

Fraternidade Paulista - Barretos, 29 de abril de 2009 E .`. V.`. (Era Vulgar)

Bibliografia:

A Europa no século das luzes; Ulrich Am Hof, Munique; 1993
Editora Presença; Lisboa; 1995.

Vernon [L.] Stauffer, New England and the Bavarian Illuminati. Studies in History, Economics and Political Law, edited by the Faculty of Political science of Columbia University. Volume LXXXII, Number 1. Whole Number 191. Chapter III, pp. 142-228. New York: The Columbia University Press, Longmans, Green & Co., Agents. London: PS King & Son, Ltd., 1918. (Dean and Professor of New Testament and Church History, Hiram College) 374 pages.


Obs.: Texto recebido de um amigo (F. Maier).



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