Usina de Letras
Usina de Letras
131 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62145 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13566)

Frases (50551)

Humor (20021)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140784)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6175)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->O socialismo é amigo da tirania e inimigo do federalismo -- 07/04/2009 - 08:59 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Socialismo é Amigo da Tirania e Inimigo do Federalismo

Análise escrita por Robert Mark Richeson, em 06/04/2009.

Tradução: Fabio Lins Leite

http://www.if.org.br/analise.php

Quando a maioria das pessoas se lembra de Roma, têm em mente o império dos Césares; entretanto, Roma não era um império até o ano 27 AC, depois da derrota de Marco Antônio e Cleópatra. Roma era um governo federalista com uma classe senatorial de patrícios (S.P.Q.R. - Senatus Populesque Romanus), e dois cônsules que compartilhavam o poder. Durante este período, Roma cresceu, prosperou e experienciou liberdade econômica.

Roma tornou-se um império 22 anos depois de Júlio César ter cruzado o Rubicão em 49 A.C. Esse teste do poder do senado revelou-se um desafio do sistema de direitos dos estados, o qual fundava-se em uma combinação de teorias democráticas e republicanas derivadas dos gregos. O governo livre e descentralizado, conhecido como os quarto maiores líderes mundiais na história, veio à existência de modo similar à forma pela qual os Estados Unidos conquistaram sua independência da Inglaterra, ou seja, derrotando o rei etrusco cerca de cinco séculos antes. Naturalmente, como toda grande civilização, a centralização que ocorreu marcou o início do fim. Cerca de 5 séculos depois da centralização, os romanos caíram perante o guerreiro germânico Odoacer, no século V D.C.

Israel declarou sua independência do Egito e cresceu para se tornar uma sociedade descentralizada e federalista governada por juízes selecionados e representantes locais. O ponto sem volta foi quando o povo exigiu um rei ( I Samuel 8)(*). Tal fato era uma negação explícita da responsabilidade individual e uma negação de Deus, da moralidade, de todos os requisitos para se ter uma sociedade livre; além disso, era uma decisão de desistir de todo poder e confiança para entregá-lo ao governo central. Em pouco mais de um século, o governo central dividiu-se em duas monarquias, Israel e Judá. A imoralidade tanto de Israel quanto de Judá foram ambas bem documentadas nos livros históricos e proféticos da Bíblia. Israel, o mais tirânico, caiu em três séculos, e Judá, cai para a Babilônia em 576 A.C. A maior parte desta decadência moral foi imposta por ditadores implacáveis que não permitiam a liberdade individual; ainda assim, a imoralidade do povo servia como catálise ignorando a responsabilidade individual para com a sociedade e permitindo ao governo central ter mais controle, o que terminou em corrpução pela ganância e poder.

A Grécia também manteve uma considerável autonomia por cerca de quatro séculos, como uma república, até que Felipe da Macedônia, o pai de Alexandre, o Grande, começou a agir como um governante central da Grécia. Antes de Felipe, Draco teve que deter um aumento da imoralidade através da criação de um código com leis excessivas. Cerca de três séculos depois, Atenas era saqueada e a Grécia estava sob domínio romano em 86 A.C.

Em todos os três casos o povo estava subjugado por um pesado governo tirânico e a ele resistiram até conquistarem ou reconquistarem a independência. Em todos os três casos, estas sociedades elevaram-se à grandeza como repúblicas descentralizadas através de um povo que aceitava a responsabilidade individual por suas ações. Todas as três civilizações entraram em colapso depois de uma decadência moral geral do povo e do governo, permitindo que um ditador as governasse; era um ato explícito de abandono da responsabilidade individual, um requisito da liberdade. Quando as pessoas não mais estão dispostas a serem responsáveis por seus atos, a porta fica aberta para a tirania. Todas as três sociedades caíram por causa da decadência moral.

Sobre estas três civilizações, ergueu-se 99% da civilização ocidental. Mais de 70% da Constituição dos Estados Unidos vem da Bíblia, a qual fora o exemplo colocado para Israel em 1000 A.C. e o motivo de nossas culturas serem tão unidas hoje. Nós tomamos os modelo de estruturas governamentais administrativas de Roma, filosofia, lógica e democracia como idéais da Grécia.

Os Estados Unidos, o qual se constituía principalmente de pessoas fugindo da Europa e suas tiranias e perseguições religiosas, cresceu sob o guiamento de líderes de igreja. Enquanto o povo crescia com responabilidade moral individual, claramente viam as leis do Rei George III como hostis e imorais; para completar, os britânicos capturavam líderes religiosos americanos que eram tratados da forma mais dura nas prisões. Depois de conquistar a independência através da resistência à tirania, os EUA se tornaram uma potência econômica mundial.

O exemplo americano de “passar dos limites” foi Lincoln eviando tropas contra seus próprios cidadãos. Não se trata de um debate sobre se esta ação foi justificada ou não. Em todos os três casos históricos, haviam justificativas. Em Israel, eram os filhos de Eli e Samuel aceitando propina e abusando do poder. Na Grécia, era o caso de várias cidades-estado, especialmente Atenas, usando guerras como uma ferramenta para coletar impostos. Em Roma era a corrupção do governo central e o fato de Júlio César estar sob investigação por ter feito conquistas ilegais sem a autorização do senado, o que for a provocado pela perda de valor do câmbio do ouro que afetara a riqueza das classes senatoriais e equestres.

Com o apoio do povo, uma forte mão militar e um vilão (os líderes corruptos de Roma), Júlio César tomou o controle de Roma, e foi então assassinado. Logo seu enteado Augusto tornou-se o ditador. Júlio não chegou a ser imperador, apenas seu filho, mas foi ele quem abriu a porta para que isso acontecesse. A redistribuição de riqueza, infalivelmente, dá mais poder para o governo central. O povo deixara de ter força de vontade para resistir. Logo a autonomia estaria perdida e Roma conquistada.

Embora ter enviado tropas para o sul tenha sido justificado pela maioria no norte, nunca teria acontecido se o sul tivesse atendido às exigências que o norte centralizado realizava.
Em todos os casos, a tomada de poder foi resultado de um oportunista explorando a falta de vontade do povo em resistir à tirania e a corrupção devido a sua própria decadência moral. Se o sul tivesse feito o que era moralmente correto, o norte nunca teria conjurado a vontade do povo para lutar contra a escravidão a todo custo.

Este “passagem do Rubicão” americana derrotou o Partido Democrata que se opunha à centralização do poder desejada pelos republicanos na época. Foi neste ponto que o padrão-ouro foi derrotado e o governo central, agora controlado pelos aristocratas de Nova York, poderia tributar as áreas rurais conforme desejasse.

Como em Roma, Franklin Roosevelt utilizou a economia artificalmente inflada para justificar o socialismo. Embora houvessem outros fatores tais como barreiras de comércio, e condições de seca, não teria havido uma quebra da bolsa se estas condições artificiais não houvessem sido criadas e, mesmo que houvesse, não teria se prolongado por dez anos se os poderes centralizados não tivessem explorado as condições econômicas que derrubaram os mercados.

Hoje, com boa parte do norte perdendo seu poder devido à decadência moral e social, há uma curva descendente na responsabilidade individual e um aumento da corrupção política. Com esta corrupção vem a decadência na educação. O capital humano é reduzido e, ao invés de empreendedorismo e da criação de riqueza, temos a dependência gerando uma atitude subserviente que acredita que os outros é que são responsáveis por nos darem um emprego. Os empregos que foram mantidos, o foram artificialmente, subsidiados por uma tributação excessiva das áreas rurais, especialmente no sul. A Ford, GM e Chrysler não foram capazes de competir, não porque o sul pagava salários baixos, mas porque o norte havia tornado-se tão ineficiente devido à degradação do capital humano e regulamentação excessiva, “conquista” dos sindicatos.

Enquanto as indústrias sulistas ainda eram capazes de adaptar-se às mudanças do mercado e pagar salários decentes aos empregados capacitados, as indústrias do norte tinham que empregar funcionários improdutivos protegidos pelos sindicatos, pagar contribuições para estas organizações corruptas e manter uma estrutura de negócios que não era, afinal, competitiva no mercado de hoje. Além disso, devido aos mercados livres do sul, estes salários mais baixos do sul tinham maior valor de compra, já que o custa de vida ali é mais baixo, uma vez que os preços de mercado ajustam-se a um verdadeiro equilíbrio de oferta e demanda.

O socialismo nunca ajuda os pobres. O dinheiro é sempre utilizado pelas classes mais ricas para esmagar as demais. Na maior parte dos casos, a classe média é a mais poderosa e a elite a ataca por isso. Entretanto, como a classe média coletivamente possui a maioria do capital e cria mais riqueza agregada, ela reverte para medidas defensivas de não gastar e não expandir. A classe mais pobre, então, é a que sofre o maior impacto em todos os casos de socialismo por ser a menos produtiva e a de mais baixa prioridade dos que buscam capital humano. Também são as que menos sabem criar seu próprio capital. No fim das contas, o federalismo é destruído pelo socialismo através de líderes centrais que usam a riqueza geral para controlar as populações locais.

Hoje, muitos dos estados dos EUA não estão aceitando o dinheiro de estímulo de Obama porque sabem que isso dará maior controle a Washington sobre sua liberdade. O federalismo é o único método historicamente comprovado de evitar tiranias e promover a prosperidade a todos os cidadãos. A Suíça tem mantido 500 anos de paz na condição de um país íntegro, com um governo central muito limitado, muito embora tenha três línguas distintas – francês, alemão e italiano – e, mais impressionante, não foram invadidos por seus vizinhos da Alemanha durante a 1a e a 2a Guerras Mundiais, graças às milícias de cidadãos. Uma república federalista não pode ser derrotada, exceto por seus próprios cidadãos, caso permitam um governo central ter mais poderes que os estados.

(*) Nota do Tradutor: Esta passagem bíblica é muito interessante porque demonstra a 'opinião' de Deus sobre governos centralizados. Pouco importa que depois Deus haja abençoado Davi e Salomão, porque vemos que Ele transforma água evenenada em água potável. Deus sabe que faremos opções erradas e não nos condena peremptoriamente por elas, mas busca nos ajudar a retornar a Ele a despeito dessas escolhas erradas. É de se notar, entretanto, que mesmo Davi, o maior dos reis segundo a Bíblia, e mesmo Salomão, o mais sábio do homens, o perfeito rei-filósofo, acabaram cumprindos as profecias macabras de Deus ao povo sobre o fato de que o governo central iria subjugá-los e causar-lhes grandes desgraças. Vale a pena ver estas profecias:

I Samuel 8
7 E disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles.
(...)
10 E falou Samuel todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedia um rei.
11 E disse: Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós; ele tomará os vossos filhos, e os empregará nos seus carros, e como seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros.
12 E os porá por chefes de mil, e de cinqüenta; e para que lavrem a sua lavoura, e façam a sua sega, e fabriquem as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros.
13 E tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras.
14 E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos.
15 E as vossas sementes, e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais, e aos seus servos.
16 Também os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores moços, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no seu trabalho.
17 Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de servos.
18 Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia.
19 Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui